IMPACTO DA EPIDEMIA DA COVID-19 NO EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO, NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO ESTADO DO PARÁ

  • Autor
  • Bárbara Waléria Gonçalves Alves
  • Co-autores
  • Lucas Guimarães Dias , Ana Paula M. Rodrigues Viana , Emerson André Negrão do Nascimento , Gabriel Jersermi Rodrigues Costa , Iris da Silva Barros , Marissol Miranda Alves Reis , Waltair Maria Martins Pereira
  • Resumo
  • Durante a pandemia de Covid-19, o sistema de saúde do Brasil ficou sobrecarregado devido a emergência de atendimento aos quadros sintomáticos da SARS-Cov-2 que se multiplicavam exponencialmente, ocorreu atraso, em todo o páis, na prestação de cuidados preconizados à saúde das demais necessidades da população, como a realização do exame citológico para o câncer de colo de útero, preconizado para o diagnóstico precoce de câncer do colo do útero. Esse trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da pandemia da Covid-19 a partir do perfil epidemiológico de exames citológico de colo realizados nas Unidades Básicas de Saúde, no Estado do Pará. Métodos: Estudo descrito do tipo transveral. Os dados dos anos de 2018 a 2022, foram coletados do Sistema de Informação do Câncer - SISCAN(colo do útero e mama) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSus), de domínio público, das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado do Pará. As variáveis analisadas foram o número total de exames realizados e a faixa etária da mulheres. No período estudado foram registradas 1.058.256 citologias do colo do útero, sendo 232.631 em 2018; 249.936 em 2019; 130.012 em 2020; 194.397 em 2021 e 251.280 em 2022. Demonstrando menores registros nos anos de 2020 (12,28%) e início da pandemia em 2021 ( 18,37%), com retomada de crescimento no número de exames, a partir do ano de 2021 (18,37%). No ano de 2022, a ocorrência de exames (23,71%) foi ligueiramente maior que no ano de 2019 (23,62%), ano anterior ao início da pandemia. Foi observado que a faixa etária de maior demanda de exames de citologias foi a de 25 a 49 anos com 70,80% (745.234/1.058.256) seguido pela faixa etária de 30 a 39 anos com 26,01% (275.225/1.058.256). Em todo o periodo do estudo, Belém, capital do Estado, apresentou a maior ocorrência de realizaçao de exames com 14,12% (149.435/1.058.256). O estudo apontou um nítido impacto negativo dos 2 primeiros anos da ocorrência da pandemia da Covid-19, nos exames citopatológico do colo do útero, com redução de 47,98% na comparação entre os anos 2019 e 2020. Nos anos de 2020 e de 2021, correspondentes ao período de grande circulação e tranmissão do SARS-Cov-2, ocorreu a menor realização de exames citológicos de colo de útero, possivelmente devido ao isolameto social instituido para evitar a propagação do vírus entre os habitantes e da grande demanda as UBS para atendimento de quadros de Covid-19. No ano de 2022 o crescimento da ocorrência de exames citopatológicos, pode ter sido associado a maior flexibilização das medidas restritivas referentes a Covid-19, ao avanço da imunização da população, fatos que proporcionaram o retorno dos pacientes, com maior segurança, nas UBS. Quanto as faixas etárias de maior frequência, concorda com o recomendado pelo Minisitério da Saúde, para inciar a coleta a partir dos 25 anos de idade. Quanto a cidade de Belém, capital do Estado,é importante frizar que existe demanda de outros cidades proximas e até mesmo de cidades do interior do Estado que pode indicar os maiores registros

  • Palavras-chave
  • Câncer de colo de útero; Citologia; Covid-19; Epidemiologia
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Epidemiologia e estatística
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Comissão avaliadora dos trabalhos:


Presidente:

Dra. Sônia Fátima da Silva Moreira (PA)


MEMBROS:

  • Dra. Cláudia Coelho Campos
  • Dra. Cynthia Mara Brito Lins Pereira (PA)
  • Dr. Edson Ferreira (SP)
  • Dr. Fernando Bastos (PA)
  • Dr. Arivaldo Meireles (PA)
  • Dra. Verena Butzke (PA)