A histologia é a ciência que estuda organização tecidual do corpo e é uma parte fundamental da educação médica, mantendo seu lugar de destaque no currículo médico por muitos séculos. Desde os primeiros protótipos do microscópio no fim do século XVI até a atualidade, com a histologia in vivo, esta ciência vem passando por transformações tecnológicas que revolucionaram o estudo dos tecidos. Objetivo: descrever o desenvolvimento dos estudos da histologia desde a invenção do microscópio até a evolução para histologia in vivo. Realizou-se um levantamento bibliográfico nas bases de dados PUBMED e Scielo nos idiomas inglês e português, de artigos publicados entre os anos de 2012 a 2017. O estudo da histologia tem sido influenciado pelos avanços tecnológicos que transformaram as ciências médicas em uma forma mais moderna e menos invasiva. No final do século XVI, Jannsen descobriu que ao inserir lentes em um cilindro os objetos eram ampliados, o que seria o primeiro protótipo da microscopia moderna. Anthony van Leeuwenhoek desenvolveu um microscópio de uma maior ampliação e melhor qualidade de imagem no ano de 1670, a partir de então, a histologia foi se devolvendo até o que conhecemos hoje, com microscópios 3D de células em movimento. Ademais, houve a introdução de alguns artefatos que aperfeiçoaram os estudos histológicos, como o uso da parafina para infiltração no século 19, as técnicas de coloração, sendo uma das mais antigas o Azul de Prússia introduzida em 1774. A hematoxilina e a eosina, técnica amplamente utilizada nos dias de hoje, foram descritas por Wissowzky em 1875-1878. Mesmo assim algumas limitações permaneciam: a necessidade da biópsia do tecido, tempo necessário para o laudo do material e limitação própria dos tecidos. As técnicas baseadas em ressonância magnética são bastante atrativas para solucionar estas limitações, pois oferecem alta resolução espacial, contraste único de tecidos moles, alta especificidade química entre outros. Imagens in vivo não invasivas podem fornecem informações morfológicas, fisiológicas e metabólicas tridimensionais abrangentes. Histologia e histopatologia testemunharam grandes mudanças com o decorrer do tempo, desenvolvendo múltiplos meios de métodos confiáveis e rápidos de interpretação, colocando o estudo dos tecidos com uma ferramenta diagnóstica fundamental e um campo insubstituível para a interpretação correta dos casos clínicos, seu diagnóstico e prognóstico.
É com enorme satisfação que apresentamos à comunidade científica os Anais da XXVI Jornada de Parasitologia e Medicina Tropical do Maranhão, tradicional evento que reúne profissionais e acadêmicos de diferentes áreas da saúde ao longo de 46 anos. Nesta edição, realizada simultaneamente com o VI Congresso Maranhense de História da Medicina, trouxe como tema central: Determinantes Socioambientais na História das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Este evento foi organizado pela Sociedade de Parasitologia e Doenças Tropicais do Maranhão, pela Sociedade Maranhense de História da Medicina e pelo Departamento de Patologia da UFMA. Agradeçemos a confiança dos Professores Andrea Marques da Silva Pires e Aymoré de Castro Alvim, Presidentes das Sociedades. Incluímos nesse agradecimento o chefe do Departamento de Patologia, o Prof. José Eduardo Batista.
Nesta oportunidade, fazemos uma menção honrosa póstuma ao Professor Dr. Warwick Estevam Kerr, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à ciência. Entomologista e geneticista reconhecido internacionalmente, considerado uma das autoridades mundiais em genética de abelhas, a ponto de ser eleito o primeiro cientista brasileiro na Academia de Ciências dos Estados Unidos. Era muito querido em nosso Estado. Foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão, de 1988 a 1989 e Fundador do Curso de Biologia desta Universidade. Seu legado permanece aqui!
A escolha da temática veio ressaltar a endemicidade elevada das Doenças Infecciosas e Parasitárias nas áreas rurais e urbanas menos favorecidas do país e principalmente do nosso Estado. Apesar do baixo investimento em pesquisa nos últimos anos, é notório o avanço científico que esta linha de pesquisa suscita, há muitos anos, no Maranhão. Nesta edição destacamos os 167 trabalhos aprovados para apresentação oral e em forma de pôster nas áreas de História da Medicina e Parasitologia e Medicina Tropical; os 17 palestrantes que, gentilmente, aceitaram nosso convite para compartilhar conosco seus conhecimentos e suas últimas pesquisas, e os 426 inscritos, sem os quais o evento perderia o sentido. Ele foi feito para vocês!
Este congresso não seria possível ainda sem a contribuição de muitas pessoas e instituições. Agradecemos especialmente a Universidade Federal do Maranhão, Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), e aos membros da comissão organizadora, científica e os monitores. Ao nos reunirmos neste evento, buscamos ter uma visão mais crítica dos problemas sanitários do nosso Estado para, assim, podermos contribuir com o Poder Público na busca de soluções e prepararmos profissionais dentro da nossa realidade. Também visamos fortalecer o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre grupos de estudiosos e de pesquisadores das doenças infecciosas e parasitárias.
Nós, da equipe organizadora, agradecemos a participação de todos. Os resultados alcançados nestes Anais demonstram o sucesso científico do evento. Que o compromisso firmado seja útil para o desenvolvimento da Ciência e promova saúde e qualidade de vida mais digna para todos.
São Luís, dezembro de 2018.
Comissão Organizadora
PRAZO DE SUBMISSÃO: até 30 de setembro de 2018 (Prorrogado até dia 15 de outubro de 2018).
TIPO DE PESQUISA: Estudo de caso, Levantamento e Pesquisa bibliográfica, Pesquisa experimental, Prospecção tecnológica, Relatos de experiência.
ÁREA TEMÁTICA: História da Medicina, Parasitologia e Medicina Tropical.
MODALIDADE: Comunicação Oral, Pôster.
ARQUIVO DO RESUMO:
1. Software tipo Word. Não serão aceitos arquivos em formato PDF.
2. Fonte “Times New Roman”, tamanho 12, espaçamento simples (1,0), margens justificadas em 2 cm e página em formato A4.
3. TÍTULO centralizado, em negrito e letras maiúsculas (exceto os nomes científicos).
4. Nomes completos do autor e dos coautores, separados por ponto e vírgula. Os nomes deverão ser numerados e logo abaixo deverão estar as instituições às quais pertencem. Ordem obrigatória para os autores: autor, coautores e orientadores.
5. Texto do resumo: 2500 caracteres
6. O resumo deverá constar de: Introdução, Objetivos, Métodos, Resultados e Conclusão. Relato de Caso ou Relato de Experiência, poderão constar de Introdução, Descrição do Caso ou Experiência e Considerações Finais.
7. Palavras-chave: mínimo 3 e máximo de 5 palavras.
8. Para as pesquisas que envolvem seres humanos ou animais devem estar aprovadas por um Comitê de Ética em Pesquisa, e esta aprovação declarada no item Métodos.
9. Não serão aceitos ilustrações (gráfico, tabela, quadro etc.) referência bibliográfica, citações, menção a agências financiadoras ou apoiadoras no resumo. Entretanto, podem ser usadas no momento da apresentação do trabalho.
OUTRAS INFORMAÇÕES, CONFIRA O EDITAL!
IZABEL CRISTINA PORTELA BOGÉA SERRA (Pitágoras - São Luís)
Presidente da Comissão Científica
RAYSSA DE OLIVEIRA DOMINICE (UFMA - Pinheiro)
Apoio Acadêmico-científico
COMISSÃO AVALIADORA
Aluísio da Silva Oliveira (UFMA - São Luís)
Ana Karlla dos Santos Sousa (IFMA - Barreirinhas)
Ana Paula Silva de Azevedo dos Santos (UFMA - São Luís)
Andrea Marques da Silva Pires (UFMA/UNICEUMA - São Luís)
Andressa Almeida Santana Dias (UNINASSAU - São Luís)
Anne Karine Martins Assunção (UFMA - Pinheiro)
Aramys Silva dos Reis (UFMA - Imperatriz)
Ariane Cristina Ferreira Bernardes Neves (UFMA - Pinheiro)
Carolyna Lopes Leitão Couto (Pitágoras - São Luís)
Cianna Nunes Rodrigues (UNICEUMA - São Luís)
Dayanne da Silva Freitas (UFMA - Pinheiro)
Diêgo de Sousa Arruda Lopes (UNICEUMA - São Luís)
Débora Luana Ribeiro Pessoa (UFMA - Pinheiro)
Eloisa da Graça do Rosário Gonçalves (UFMA - São Luís)
Geusa Felipa de Barros Bezerra (UFMA - São Luís)
Graciomar Conceição Costa (UFMA - São Luís)
Hiran Reis Sousa (Pitágoras - São Luís)
Hivana Patricia Melo Barbosa Dall'Agnol (UFMA - São Luís)
Igor Marcelo Castro e Silva (UFMA/UNICEUMA - São Luís)
Israel Viegas Moreira (UFMA - São Luís)
Ivone Garros Rosa (UFMA - São Luís)
Joicy Cortez de Sá (UNICEUMA - São Luís)
Joleen Lopes Machado (Laboro - São Luís)
José Eduardo Batista (UFMA - São Luís)
João de Jesus Oliveira (UFMA - Pinheiro)
Kardene Pereira Rodrigues (UFMA - São Luís)
Leticia Prince Pereira Pontes (Pitágoras - São Luís)
Lucilene Amorim Silva (UFMA - São Luís)
Ludmilla Santos Silva de Mesquita (Pitágoras - São Luís)
Luecya Alves de Carvalho Silva (UFMA - Imperatriz)
Luis Cesar Ferreira da Cunha (UFMA - São Luís)
Luzia Pimenta de Melo Dominices (Pitágoras - São Luís)
Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento (UFMA - São Luís)
Maria do Socorro de Sousa Cartágenes (UFMA - São Luís)
Marisa Cristina Aranha Batista (UFMA - Pinheiro)
Mayara Cristina Pinto da Silva (UFMA - Pinheiro)
Márcia Cristina Gonçalves Maciel (UFMA - Pinheiro)
Nadja Francisca Silva Nascimento Lopes (Pitágoras - São Luís)
Paulo Vitor Soeiro Pereira (UFMA - São Luís)
Pedro Satiro Carvalho Júnior (UNINASSAU - São Luís)
Thiare Silva Fortes Braga (UFMA - São Luís)
Walbert Edson Muniz Filho (UFMA - São Luís)
Walder Jansen de Mello Lobão (Pitágoras - São Luís)
V CONGRESSO MARANHENSE DE HISTÓRIA DA MEDICINA e
XXV JORNADA DE PARASITOLOGIA E MEDICINA TROPICAL DO MARANHÃO.
DATA:
19, 20 e 21 de outubro de 2017.
LOCAL: Conselho Regional de Medicina do Maranhão.
Rua Carutapera, 02, Qd 14 – Jardim Renascença
São Luís – Maranhão.
Patrono:
Aquilles Faria de Lisboa
Patronesse:
Luzimar Costa Sampaio.
Tema principal:
Doenças Infecciosas e Parasitárias, na Saúde Maranhense.
PROMOÇÃO:
Sociedade Maranhense de História da Medicina, Sociedade de Parasitologia e Doenças Tropicais do Maranhão, Conselho Regional de Medicina e Departamento de Patologia – UFMA.
SITE:
www.jornadaparasitologia.ufma.br
ANAIS DO EVENTO: