INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DO MARANHÃO

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DO MARANHÃO

• Autor
• Maqcielle Ferreira Lopes
• Co-autores
• Ana Luisa Pereira Brasileiro , Vanessa Virginia Lopes Ericeira
• Resumo

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  A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do Treponema pallidum, da gestante infectada não-tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária. A transmissão pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou durante o parto através de lesões na região genital da mãe. Apresenta quadro clinico variável, a depender: da virulência do treponema; da carga treponemica materna; do tempo de exposição fetal ao treponema (duração da sífilis na gestação sem tratamento); do tratamento da infecção materna; da coinfecção materna pelo HIV ou outra causa de imunodeficiência. Objetivos: descrever a situação epidemiológica, correlacionando os fatores de risco de mais evidência da sífilis congênita no estado Maranhão, entre 2007 a 2017. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e descritiva, realizada através do levantamento de dados do estado do Maranhão. Os registros de casos de sífilis congênita foram obtidos através do Departamento de Informações do SUS (DATASUS), com base nos casos confirmados, analisando fatores como: escolaridade da mãe, evolução dos casos, diagnóstico da sífilis materna, tratamento do parceiro, realização do pré-natal e classificação final. No quesito escolaridade da mãe, a maior taxa registrada foi da 5ª a 8ª série do ensino fundamental incompleto, com 29,47% ao longo de 2007 a 2017, em segundo lugar o ensino médio completo com 17,21% e em terceiro, o ensino médio incompleto com 11,59%.  Quanto a evolução dos casos, 90,46% das crianças obtiveram uma evolução positiva, enquanto apenas 2,20% vieram a óbito pela patologia. Sobre o diagnóstico de sífilis materna, 39,33% registrados foram diagnosticados durante o parto/curetagem, 34,18% durante o pré-natal e 16,08% após o parto. A respeito do tratamento parceiro, os dados apontam que 57,25% não realizaram e apenas 20,28% concluíram o tratamento. A realização de pré-natal foi observada em 81,13% das gestantes, enquanto 15,82% não realizaram. A partir dos dados coletados, foi possível observar um aumento nas taxas de sífilis congênita no estado do Maranhão nos últimos 10 anos, tendo como fatores de maior risco o desconhecimento da mãe sobre a doença e o tratamento do parceiro. Esse cenário pode ser revertido através de estratégias como: organização do serviço e garantia do cuidado aos pacientes, oferta de rotina mínima de exames preconizados e a garantia de tratamento adequado, inclusive dos parceiros.

• Palavras-chave
• sífilis congênita, epidemiologia, fatores de risco.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Parasitologia e Medicina Tropical

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