Proto-Fantasia oitocentista: manifestações do gênero na literatura brasileira

Proto-Fantasia oitocentista: manifestações do gênero na literatura brasileira

• Autor
• André Karasczuk Taniguchi
• Resumo

• O século XIX foi o período aproximado do surgimento de inúmeros gêneros literários comumente considerados como “de entretenimento”, tais como o Horror, o Fantástico, a Ficção Científica e o Romance Policial, a Fantasia não foi exceção disso, embora tenha seu nascimento mais tardio. Com Phantastes (1858), de George Macdonald, como um dos romances inaugurais, a Fantasia se popularizou entre escritores e leitores até tornar-se um dos gêneros contemporâneos mais importantes na cultura pop. Entretanto, também é de senso comum que a maioria das produções de Fantasia consumidas e discutidas são de autoria anglófona, com menos exemplos surgindo de outros países. Nesse sentido, a proposta desta comunicação é refletir acerca de uma aparente presença da Fantasia na literatura brasileira oitocentista. Partindo de uma breve contextualização histórica sobre o panorama literário no Brasil do século XIX e expondo alguns momentos importantes, discutiremos uma possível linha do tempo que engloba três textos: As Bruxas (1861), de Fagundes Varela, O País das Quimeras (1862), de Machado de Assis, e A Ilha Maldita (1879), de Bernardo Guimarães. Com efeito, essas ocorrências não se tratam de Fantasias, mas sim protótipos, uma vez que antecipam alguns aspectos do gênero sem se comprometer totalmente às convenções. Juntamente à discussão dos textos, também estabeleceremos alguns aspectos teóricos da Fantasia para justificar nossos argumentos, pautando, principalmente, as considerações de Todorov (2019), Attebery (2022), Auerbach (2019), Propp (2002) e Tolkien (2020).

• Palavras-chave
• Insólito, Fantasia, Literatura Brasileira, Historiografia Literária, Século XIX
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Estudos Literários