Primeiro levantamento dos macroinvertebrados bentônicos do Naufrágio Taurus (PE)

Primeiro levantamento dos macroinvertebrados bentônicos do Naufrágio Taurus (PE)

• Autor
• Jean Tácio Tôrres de Lira
• Co-autores
• Natanael Cicero Cavalcanti Bezerra , José Carlos Pacheco dos Santos , Carlos Antônio de Souza , Fernanda Maria Duarte Amaral
• Resumo

• Os recifes artificiais são estruturas que vêm sendo afundadas em ecossistemas aquáticos, especialmente marinhos, de forma intencional ou acidental, passando a ser classificados como ambientes recifais artificiais, que fornecem substrato para a colonização de diversos organismos, criando um ambiente artificial similar aos recifes naturais.

  Diante disso, sabendo da importância dos recifes artificiais e com 187 km de extensão de costa, o Estado de Pernambuco criou uma região batizada de Parque de Naufrágios Artificiais de Pernambuco, já que o estado é conhecido pelos seus vários naufrágios, principalmente os localizados na cidade de Recife, considerada como a “Capital Brasileira dos Naufrágios”.

  O naufrágio Taurus, pertencente ao parque, localizado a sete milhas náuticas do Porto de Recife (08°04,193’S e 034°45,196’W), a aproximadamente 25 metros de profundidade, com 15 anos de afundamento, teve toda sua estrutura observada através de mergulhos autônomos em dupla de mergulhadores com o auxílio de câmeras subaquáticas (GoHero Pro 7 e Navcity NG100), lápis e placas de PVC, que foram usados para anotar, fotografar e filmar os registros dos dados necessários durante os mergulhos, também foi feito uso do Censo Visual de Quadrado, com 50 cm² de área total e 25 subdivisões de 10 cm², para conseguir dados de distribuição e tamanho dos indivíduos e das colônias das espécies observada. Para reduzir o impacto ambiental, nenhum organismo foi coletado.

  A macrofauna bentônica encontrada no naufrágio Taurus compreendeu um total de 17 taxa classificados em seis filos. Porifera foi o filo dominante em termo de riqueza de espécies (46%), seguido por Annelida: Polychaeta (18%), Cnidaria (18%), Mollusca (6%), Bryozoa (6%) e Arthropoda: Crustacea (6%). As espécies que se destacaram em área de cobertura da superfície do naufrágio foram a esponja Desmapsamma anchorata e o octocoral Carijoa riisei. Alguns organismos não conseguiram ser classificados ao nível de espécie por falta de registros mais nítidos. Não foi encontrada a existência do invasor coral-sol Tubastraea spp. Se comparado a outros naufrágios em sua proximidade, o Taurus apresenta uma fauna típica, porém, por conta de sua idade relativamente nova, ainda está em processo de crescimento e diversificação.

   

• Palavras-chave
• Recifes artificiais, biodiversidade, inventário de fauna marinha, macroinvertebrados, naufrágio.
• Área Temática
• Biologia (SEDE)