Desenvolvimento de micorriza arbuscular em milho (Zea mays L.) inoculado com bactérias promotoras de crescimento de plantas em condições de estresse salino

Desenvolvimento de micorriza arbuscular em milho (Zea mays L.) inoculado com bactérias promotoras de crescimento de plantas em condições de estresse salino

• Autor
• Maria Gabriella Rodrigues Pundrich
• Co-autores
• Marina Isabel Lima de Oliveira Reis , Yure Romero Oliveira da Silva , Stella Jorge de Carvalho Neta , Giselle Gomes Monteiro Fracetto
• Resumo

• Os constantes crescimentos populacionais devem aumentar gradativamente a produção de alimentos. Com o processo de salinização dos solos, sobretudo no semiárido nordestino, há redução das áreas agricultáveis e, consequentemente, queda na produção de alimentos. As plantas apresentam dificuldade no crescimento e desenvolvimento em locais salinos, causando estresse e, com isso, a produção de grandes quantidades de etileno, hormônio que em grande quantidade pode ocasionar danos ao crescimento das plantas. Os estudos sobre as bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP) vêm mostrando que seu uso pode aliviar sintomas causados por estresses. Um dos mecanismos usado pelas BPCP é a produção da enzima ACC deaminase, podendo clivar o precursor do etileno. Além das BPCP, as plantas interagem com outros micro-organismos benéficos, como os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). Os FMA podem aumentar a capacidade das plantas em lidar com o estresse salino, aumentando a absorção de nutrientes e água. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento das micorrizas arbusculares em condições de estresse salino na cultura do milho inoculado com BPCP. O trabalho foi dividido em dois experimentos, o primeiro avaliando apenas as BPCP e o segundo a inoculação de BPCP+FMA. As plantas de milho inoculadas com BPCP foram submetidas às doses de 0mM, 40mM e 80mM de Nacl, sendo a seleção realizada pelas variáveis: altura das plantas, comprimento do caule, número de folhas, biomassa seca da parte aérea e biomassa seca da raiz. Foram selecionadas, para serem avaliadas no segundo experimento, as melhores BPCP (28-7, 43, 46-1, 70 e 79-1). No segundo experimento, as plantas apresentaram micorrização mesmo na maior dose de NaCl, onde as cepas 28-7 e 70 apresentaram valores significativamente maiores que o controle. Também foi observado que, mesmo em 80 mM de salinidade, as cepas 70 e 79-1 tiveram mais de 50% de colonização. Para os valores de matéria seca da parte aérea (MSPA), as cepas 28-7, 43, 46-1 e 70 apresentaram, nas doses de 40 e 80 mM de NaCl, valores maiores que os controles não inoculados com FMA. Assim pode-se dizer que a associação tripartite entre planta, fungo e bactéria deram resultados positivos

• Palavras-chave
• BPCP, FMAs Salinidade, Etileno
• Área Temática
• Agronomia (SEDE)