Perfil epidemiológico do câncer de pele em cães e gatos atendidos em clínicas e hospitais veterinários do Recife-PE

Perfil epidemiológico do câncer de pele em cães e gatos atendidos em clínicas e hospitais veterinários do Recife-PE

• Autor
• Beto Cherles Coral Rodrigues
• Resumo

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  As neoplasias da pele e seus anexos são muito comuns em países de clima tropical, como o Brasil, devido à exposição crônica dos animais à radiação ultravioleta (HENRY, 2013). Em algumas situações, quando não devidamente diagnosticadas, as lesões cancerígenas podem ser erroneamente tratadas como dermatites crônicas, dificultando assim a terapia. As formas malignas mais comuns nos cães são mastocitoma, hemangiossarcoma, carcinoma de células escamosas (CCE), fibrossarcoma, melanoma, carcinoma de células basais e linfomas cutâneos. Já nos gatos, carcinomas de células basais, mastocitomas, carcinomas espinocelular e fibrossarcomas (FINEMAN, 2004). A citologia é um exame considerado pouco invasivo, seguro, baixo custo e de rápida confecção, podendo ser realizado na diferenciação de processos inflamatórios, hiperplásicos e neoplásicos (MAGALHÃES et al, 2014). O histopatológico é uma ferramenta para confirmação do diagnóstico, por possuir boa especificidade e baixo custo (ROCCABIANCA, 2018). Objetivou-se com este estudo, realizar um levantamento epidemiológico de pacientes caninos e felinos com diagnóstico de câncer de pele, atendidos em clínicas e hospitais veterinários do Recife-PE, entre setembro de 2020 a junho de 2021. Os dados coletados foram oriundos da rotina dermatológica, oncológica de veterinários fixos e volantes; do hospital veterinário da UFRPE; além de laboratórios veterinários vinculados a clínicas/hospitais particulares. Foi realizada a análise descritiva do banco de dados, sendo averiguada a distribuição de frequências e prevalências. Também foram feitas associações com a espécie, sexo, raça, idade, localização das lesões e tipo de câncer. Dos 476 animais atendidos com suspeita de câncer de pele, 46% foram confirmados. Os cães foram mais diagnosticados (80%), comparado aos gatos (20%); não havendo diferença significativa entre os sexos; a raça mais acometida foi a SRD, tanto em cães, quanto em gatos; a média de idade desses pacientes foi 8 anos; localizações mais frequentes foram dorso, membros, cabeça e abdome. Os exames diagnósticos utilizados foram citologia e/ou histopatologia. O câncer de pele mais frequente em cães foi o mastocitoma e em gatos, o CCE. Com esses resultados, demonstra-se a marcante presença do câncer de pele em cães e gatos; a importância dos exames diagnósticos como confirmação ou exclusão da suspeita diagnóstica, auxiliando no direcionamento da conduta terapêutica.

   

• Palavras-chave
• Cancerologia, Canino, Felino, Pele
• Área Temática
• Morfologia e Fisiologia Animal (SEDE)