Parâmetros físico-químicos da carne de cordeiros alimentados com palma orelha de elefante mexicana associada à ureia.

Parâmetros físico-químicos da carne de cordeiros alimentados com palma orelha de elefante mexicana associada à ureia.

• Autor
• Maria Alice Figueiredo Morais dos Santos
• Co-autores
• Ruan Higor dos Anjos Neves , Fábio Santos do Nascimento , Érica Carla Lopes da Silva , Kelly Cristina dos Santos , Francisco Fernando R. de Carvalho
• Resumo

• A utilização da palma forrageira como uma excelente fonte de energia e água para ruminantes em regiões áridas e semiáridas está consolidada. No entanto, para alcançar maior eficiência de uso é necessária sua associação a uma fonte de proteína com alta disponibilidade e viabilidade econômica. Objetivou-se avaliar o efeito da palma forrageira – Orelha de elefante Mexicana (OEM) – associada à ureia, sobre as características físico-químicas da carne de cordeiros em crescimento. Foram utilizados 40 ovinos Santa Inês, machos inteiros, com quatro meses de idade e peso corporal médio inicial (PCI) de 20,0 ± 1,0 kg. As dietas experimentais foram compostas por feno de Tifton, palma OEM, milho moído, farelo de soja, ureia + sulfato de amônio (SA) e sal mineral; constituindo quatro dietas experimentais (quatro níveis de substituição: 0; 0,8; 1,6 e 2,4 do farelo de soja pela mistura ureia/SA). O experimento teve duração de 75 dias, sendo os 15 primeiros dias destinados à adaptação dos animais às instalações, às dietas e ao manejo, e os 60 dias restantes para avaliação e coleta de dados. As dietas foram fornecidas ad libitum na forma de ração completa, duas vezes ao dia, às 8h00 e às 16h00, ajustados diariamente em função do consumo do dia anterior, permitindo-se 10% de sobras. Após os 60 dias de confinamento, os animais foram abatidos, as carcaças foram resfriadas em câmera fria a 4° C por 24h, em seguida seccionadas ao meio e, da meia carcaça esquerda foi retirado o lombo (1ª a 6ª vértebras lombares). Após a dissecação do lombo para obtenção do músculo Longisimus lumborum foram realizadas análises físicas: coloração, capacidade de retenção de água (CRA), força de cisalhamento (FC), perda por cocção (PPC) e pH; e químicas: umidade, proteína, extrato etéreo e cinzas. Não houve efeito (P>0,05) da substituição sobre o pH e a coloração da carne. A PPC e a FC reduziram (P<0,05) linearmente, enquanto o teor de extrato etéreo da carne aumentou (P<0,05). A substituição do farelo de soja pela ureia até 2,4% em dietas a base de palma OEM melhora as características físico-químicas da carne ovina.

• Palavras-chave
• carne, cordeiros, ovinos, palma, ruminantes
• Área Temática
• Zootecnia (SEDE)