Microbiota fúngica hidrocarbonoclástica produtora de biossurfactantes em manguezais impactados por petróleo do estado de Pernambuco.

Microbiota fúngica hidrocarbonoclástica produtora de biossurfactantes em manguezais impactados por petróleo do estado de Pernambuco.

• Autor
• Matheus da Rocha Veríssimo da Silva
• Co-autores
• Nazareth Zimiani de Paula , Luciana de Oliveira Franco , Marcos Antônio Barbosa de Lima
• Resumo

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       Em 2019 a costa do Nordeste brasileiro foi impactada por um grande vasamento de petróleo que contaminou muitos ecossistemas marinhos e costeiros. Entre os ecossistemas costeiros, os manguezais são os mais sensíveis a derrames de petroderivados, e dentro do mangue o sedimento é o ambiente mais susceptível a esse tipo de contaminação. Assim sendo, a pesquisa objetivou a caracterização da micobiota nativa, com potencial de degradação de hidrocarbonetos e produção de biossurfactantes, de sedimentos de mangue do Cabo de Santo Agostinho - Pernambuco. Para tanto, amostras de sedimentos do mangue contaminado por petróleo foram coletadas em 5 pontos aleatórios na praia de Suape e submetidas aos ensaios de isolamento e quantificação dos fungos totais em meio ágar Sabouraud e YEPD, determinação dos fungos hidrocarbonoclásticos através do cultivo em meio Bushnell Haas suplementado com petróleo, gasolina e diesel como fonte de carbono; seleção dos isolados degradadores de petróleo e derivados usando o indicador de oxi-redução DCPIP, bem como dos isolados produtores de biossurfactantes por meio da medição da tensão superficial. Os parâmetros físico-químicos pH, temperatura e salinidade, também foram determinados no sedimento. Observamos pequena variação dos parâmetros físico-químicos entre os pontos analisados. Em relação as análises micológicas obtivemos um total de 27 isolados, destes 24 foram de fungos filamentosos e 3 de leveduras. Os fungos filamentosos foram predominantes correspondendo a cerca de 89 % dos isolados. Destaca-se entre os fungos filamentosos, o gênero Aspergillus spp. o qual foi o mais frequente, com frequência relativa de quase 71% do total de isolados. Em relação aos fungos hidrocarbonoclásticos foram obtidos 6 isolados de fungos filamentosos e 4 isolados de leveduras distribuídos em função da fonte de carbono. O petróleo e a gasolina apresentaram maior número de isolados, com 3 fungos filamentosos e 2 leveduras em cada placa. 3 fungos hidrocarbonoclásticos apresentaram resultado positivo para degradação do óleo diesel e para a redução da tensão superficial. O gênero Penicillium sp. apresentou maior potencial de redução da tensão superficial, com valor de 48,7 N/m possibilitando seu uso em processos de biorremediação.

   

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• Palavras-chave
• Fungos hidrocarbonoclásticos; hidrocarbonetos; biossurfactantes; biorremediação.
• Área Temática
• Biologia (SEDE)