Resposta da joaninha predadora resistente a piretroides, Eriopis connexa, a exposição sequencial de inseticidas com diferentes modos de ação.

Resposta da joaninha predadora resistente a piretroides, Eriopis connexa, a exposição sequencial de inseticidas com diferentes modos de ação.

• Autor
• Ellen Ketlen da Silva Ferreira
• Resumo

• O uso de inseticidas num programa de manejo de praga deve ser recomendado com base na sua eficiência no controle de pragas e, quando possível, de baixo impacto aos inimigos naturais. Assim, nosso trabalho avaliou o desempenho da joaninha Eriopis connexa (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae) em razão da aplicação sequencial de sete inseticidas de diferentes modos de ação utilizados na cultura das brássicas, e assim, gerar informações de recomendação de inseticidas em um programa de MIP. Para tal, foi avaliada a sobrevivência de larvas e adultos de E. connexa resistente (Res) e suscetível (Sus) a piretroides tratadas com os inseticidas: deltametrina e pimetrozina na fase de larvae, e espinosade, ciantraniliprole, metomil, clorfenapir e clorantraniliprole na fase adulta, correspondendo a quatro tratamentos: Res+Ins, Res-Ins, Sus+Ins e Sus-Ins. Além da sobrevivência das fases de larva e adulta, a fecundidade e a fertilidade foram monitoradas durante 30 dias, bem como a taxa de predação de pulgões em ambiente tratado com espinosade, metomil e clorantraniliprole. Entre os tempos de duração de larva, pupa e larva-adulto, apenas a duração de larva variou significativamente, de 11,5 a 11,8 dias, sendo menor no tratamento Sus-Ins. A sobrevivência da fase de larva e de adultos durante 30 dias não foi afetada significativamente pela sequência de exposições aos inseticidas, sendo de 89,1% a 91,9% para larvas e de 66,7% a 91,7% para adultos. A fecundidade não variou entre os tratamentos, com médias de 344,1 a 479,2 ovos/fêmea. A viabilidade de ovos variou de 48,1% a 66,3%, sendo inferior nos tratamentos Sus+Ins (48,1%)e Sus-Ins (50%) e superior em Res-Ins (66,3%). O consumo de pulgão foi afetado em função dos três inseticidas, mas não variou na interação do inseticida e população, com o maior consumo para joaninhas Sus (56 a 76 pulgões) comparada a Res (44 a 65 pulgões), independente da exposição aos inseticidas. Portanto, os resultados indicam que ambas as populações (Res e Sus) de E. connexa podem ser utilizadas em programas de manejo das pragas das brássica realizando a rotação dos inseticidas estudados, os quais oferecem diferentes modos de ação. 

• Palavras-chave
• Controle Biológico; Manejo de Resistência de Praga; Rotação de inseticidas.
• Área Temática
• Agronomia (SEDE)