ESTRUTURA E DINÂMICA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM ÁREA DE CAATINGA.

ESTRUTURA E DINÂMICA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM ÁREA DE CAATINGA.

• Autor
• Cláudio Clementino Pereira Neto
• Co-autores
• Anderson Francisco da Silva , Júlia Andresa Freitas da Silva , Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira
• Resumo

• O presente trabalho objetivou analisar no tempo a estrutura da regeneração natural em nível de comunidade e espécie. A pesquisa foi realizada no município de Floresta – PE e a área utilizada é considerada com vegetação mais preservada e com pouco histórico de cortes. Para estudo foram utilizadas 40 subparcelas de 5 x 5m localizadas nas parcelas de 20 x 20m, implantadas em 2008 para levantamentos de indivíduos adultos. Foram mensurados os indivíduos lenhosos em estágio de regeneração classificados nas classes de tamanho: I = 20 – 50 cm; II = 51-100 cm; III = 101 – 150 cm; e IV = > 151 cm de altura e < 6 cm de CAP e es cálculos de densidade, frequência e regeneração relativas foram realizados conforme Finol Urdaneta (1971). Foram utilizados os dados coletados nos anos de 2014, 2016, 2018 e 2020 e considerados quatro períodos: 2014-2016; 2016-2018; 2018- 2020; 2014-2020. Em 2014 havia 8 famílias, 15 gêneros e 15 espécies e em 2020 houve redução de táxons que passaram a ser 2 famílias, 6 gêneros e 6 espécies que ocorriam em apenas 11 parcelas. Nas análises dos períodos foi observada predominância das famílias Fabaceae e Euphorbiaceae e dentro destes táxons, as espécies Bauhinia cheilanta, Jatropha mollissima e Cenostigma bracteosum. Tais espécies mostraram caráter dominante em relação às demais, permitindo dizer que essas têm mais chances de atingir a fase adulta de permanecerem na floresta, além disso C. bracteosum mostrou valores crescentes de RNR% quando comparados os anos 2014 e 2020, o que indica que esta foi a única espécie que contribuiu com indivíduos para a regeneração. Quanto às classes de distribuição em altura em todos os anos houve mortalidade significante dos indivíduos das menores classes, o que pode ser explicado pela baixa resistência destes a ação antrópica no local e a adversidades. Conclui-se que no intervalo de tempo analisado, mudanças observadas na regeneração natural são poucas, as famílias predominantes apresentaram maior contribuição no ingresso de indivíduos no povoamento e que as espécies com caráter dominante manifestam potencial expressivo para sucessão à fase adulta para futuramente se tornarem dominantes na floresta.

• Palavras-chave
• Regeneração natural, caatinga, classes de regeneração, mortalidade, comunidade florestal.
• Área Temática
• Ciência Florestal (SEDE)