Síndrome overtraining em equinos de Vaquejada, através do monitoramento de células leucocitárias

Síndrome overtraining em equinos de Vaquejada, através do monitoramento de células leucocitárias

• Autor
• Igor Masterson de Farias
• Co-autores
• Luís Artur Cordeiro Costa , Andreza Correia da Silva , Caline Angélica de Menezes Sá Nascimento , Helyanna de Siqueira Pereira , Maria Beatriz Rodrigues de Miranda , Jorge Eduardo Cavalcante Lucena , Juliano Martins Santiago
• Resumo

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  Nos equinos de corridas de trote, a síndrome overtraining foi considerada como uma das principais causas de baixo desempenho, podendo também estar associada a sinais de fadiga, perda de peso, inapetência, sinais de estresse psíquico, taquicardia, nervosismo, tremor muscular, sudorese, diarréia e alterações no hemograma e leucograma de repouso. Nesse sentido, objetivou-se verificar a existência de overtraining em equinos submetido a um protocolo muito utilizado no Nordeste brasileiro para treinamento de cavalos de vaquejada, através do monitoramento dos leucogramas de repouso. Durante 12 meses foram monitorados 52 equinos da raça Quarto de Milha competidores de Vaquejada, de ambos os sexos e com idades entre dois e 11 anos. O protocolo de treinamento dos equinos consistiu na realização de exercícios de segunda a sábado durante 12 meses, com exercícios dentro da pista de vaquejada e em áreas externas, com duração variável de 30 a 60 minutos. Utilizou-se delineamento inteiramente ao acaso, composto por seis tratamentos: meses em que foram realizadas as coletas e análises sanguíneas (fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro). As análises de leucograma foram realizadas de acordo com guia diagnóstico de procedimentos em hematologia e a contagem diferencial de leucócitos foi realizada em esfregaço sanguíneo corado por panótico rápido, utilizando-se microscópio óptico. Observou-se que durante o ano de treinamento, todos os parâmetros do leucograma dos equinos estiveram dentro dos limites normais, com médias para contagem de leucócitos de 10608 µL, contagem de monócitos de 49,08 µL, contagem de linfócitos de 4334 µL, contagem de basófilos de 0,0 µL, contagem de eosinófilos de 193,83 µL e contagem de neutrófilos segmentados de 5739 µL. Analisando o comportamento dos parâmetros leucocitários ao longo dos 12 meses de treinamento, no décimo mês de monitoramento houve aumento da contagem de monócitos. Embora as contagens de eosinófilos e neutrófilos segmentados também tenha apresentado alterações durante o ano de avaliação, os valores desses três parâmetros oscilaram muito, inviabilizando interpretações mais precisas. Baseado nos parâmetros leucocitários, os equinos de vaquejada submetidos ao protocolo de treinamento avaliado não desenvolvem a síndrome overtraining.

   

• Palavras-chave
• cavalos, leucograma, treinamento
• Área Temática
• UAST - Zootecnia