TEMPO DE VIDA DE GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS SUBMETIDAS À CONDIÇÃO DE ESTRESSE HÍDRICO

TEMPO DE VIDA DE GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS SUBMETIDAS À CONDIÇÃO DE ESTRESSE HÍDRICO

• Autor
• Álefe Chagas de Lima Costa
• Co-autores
• Antonio Dennys Melo de Oliveira , Fredson Luan Queiroz dos Anjos , Igor Masterson de Farias , Mauricio Luiz de Mello Vieira Leite , Leandro Ricardo Rodrigues Lucena
• Resumo

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  As plantas forrageiras são consideradas um dos principais fatores para o desenvolvimento da pecuária, pois atuam como a fonte de alimento para os rebanhos causando participação expressiva na produção animal. O déficit hídrico provoca mudanças na anatomia, fisiologia e bioquímica das plantas sendo necessário o estudo sobre o tempo de vida de plantas forrageiras submetidas a condições de estresse hídrico. A pesquisa foi conduzida na Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST), Serra Talhada, Pernambuco, Brasil. O delineamento utilizado foi em esquema fatorial, sendo composto de duas gramíneas (Urochloa mosambicensis e Digitaria pentzii), e cinco níveis de reposição de água (0, 25, 50, 75 e 100% da capacidade de campo), com cinco repetições. Durante o período de experimento (240 dias) as gramíneas foram avaliadas diariamente, sendo considerada planta morta às com mais de 70% de área foliar em senescência. Para avaliar o tempo de vida das gramíneas foi utilizada a metodologia estatística de análise de sobrevivência. Todas as análises foram realizadas utilizando o pacote “survival” no software R-project, versão 2.13.1 for Windows. Observou-se que com 100 dias de exposição das gramíneas, 36% e 40% das plantas U.mosambicensis e D.pentzzi não sobreviveram. O tempo de vida de U.mosambicensis foi de 61 dias e 54 dias na D.pentzzi, para as gramíneas que não foram irrigadas (sem reposição de água), para as que receberam 25% e 50% da capacidade de campo, respectivamente, na U.mosambicensis foi 131 e 195 dias e na D.pentzzi foi 117 e 152 dias, para as que foram irrigadas com 75% e 100% da capacidade de campo o tempo de vida foi superior a 240 dias em ambas as plantas. A cada aumento de 1% da água de irrigação a chance da planta sobreviver é de 2,4% maior para U.mosambicensis e D.pentzii, respectivamente. A U.mosambicensis apresenta uma maior tolerância ao déficit hídrico, apresentando maior tempo de vida sob condição de irrigação deficitária. A irrigação com 25% e 50% da capacidade de campo aumenta o tempo de vida das plantas, irrigações com 75% ou mais da capacidade de campo, não promove mortalidade das espécies forrageiras estudadas.

   

• Palavras-chave
• Estresse Hídrico, Urochloa mosambicensis, Digitaria pentzii
• Área Temática
• UAST - Zootecnia