Comparação da Qualidade do Sono durante a Pandemia de COVID-19 em Corredores de Rua Amadores com Diferentes Tipos de Cronotipo

Comparação da Qualidade do Sono durante a Pandemia de COVID-19 em Corredores de Rua Amadores com Diferentes Tipos de Cronotipo

• Autor
• Gabriela Melinda Campos Silva
• Co-autores
• Pedro Paulo Simões de Siqueira
• Resumo

• Introdução: A necessidade das horas do sono é individualizada e, nesse aspecto, dois fatores são relevantes: o ritmo circadiano e o cronotipo. A presença de distúrbios do sono tem se intensificado ao longo da pandemia da COVID-19, pois o contexto pandêmico e as medidas de controle preconizadas afetam a população em muitas dimensões das condições de vida e de saúde. Com isso, inúmeras mudanças nos hábitos de vida aconteceram, tanto em indivíduos insuficientemente ativos, como naqueles que já eram ativos. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é comparar a qualidade do sono em corredores de rua amadores com diferentes tipos de cronotipo durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Os dados foram coletados de forma on-line através de e-mail e de plataformas que permitiam a orientação áudio visual dos respondentes. Para coleta de dados, foram avaliados os dados gerais, para avaliação da qualidade do sono utilizou-se o índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) e para classificação dos tipos de cronotipoo o morningness-eveningness questionnaire (MEQ). Para comparação entre os grupos foi empregado o teste ANOVA de 1 VIA e valores de p < 0,05 foram considerados como significativos. Os dados foram expressos em média, desvio padrão e percentual. Resultados: Foram avaliados 101 voluntários. Em sua maioria, os voluntários apresentam cronotipo intermediário (50/49,5%). Na amostra total, 98 (97%) voluntários apresentaram qualidade do sono ruim (PSQI ? 5). Não houve diferença na comparação da qualidade do sono entre os voluntários com diferentes tipos de cronotipo (p=0,692): cronotipo intermediário (PSQI: 8,8±2,6), cronotipo matutino (PSQI: 7,9±1,8), cronotipo parcialmente matutino (PSQI: 8,9±3,0), cronotipo parcialmente vespertino (PSQI: 8,2+3,9). Conclusão: De acordo com os nossos resultados, os corredores de rua amadores apresentam como predominante o cronotipo intermediário e, em sua maioria, tiveram qualidade de sono ruim. Os corredores com diferentes tipos de cronotipo não apresentaram diferença com relação à qualidade do sono. Sugere-se que, em estudos futuros, os voluntários sejam acompanhados até o fim da pandemia, a fim de avaliar como as alterações nos hábitos de vida causadas pela pandemia e sua posterior regularização poderiam interferir no relógio biológico e nos padrões de sono desta população.

• Palavras-chave
• cronobiologia, sono, corrida
• Área Temática
• Educação Física (SEDE)