Avaliação do efeito da melatonina exógena no cérebro após consumo crônico de álcool por ratas adolescentes

Avaliação do efeito da melatonina exógena no cérebro após consumo crônico de álcool por ratas adolescentes

• Autor
• Valeska Andrea Ático Braga
• Co-autores
• Bruno José do Nascimento , Érique Ricardo Alves , Lais Caroline da Silva Santos , Marina Gomes Pessoa Baptista , Ismaela Maria Ferreira de Melo , Alef de Moura Pereira , Carolina Arruda Guedes , Álvaro Aguiar Coelho Teixeira , Valéria Wanderley Teixeira
• Resumo

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  O consumo de álcool por adolescentes acarreta em efeitos tóxicos no sistema nervoso central. Estudos ligados à utilização de anti-oxidantes, como a melatonina, vêm ganhando importância para redução desses efeitos. Dessa maneira, esse trabalho objetivou avaliar se a aplicação da melatonina exógena intraperitoneal influencia as alterações ocasionadas pelo consumo crônico de álcool no lobo frontal do cérebro de ratas durante o período de adolescência. Para isso, 30 ratas com 40 dias de idade, virgens e pesando aproximadamente 130±10g foram igualmente divididas em 3 grupos: controle, álcool e álcool + melatonina durante 20 dias de experimento. O álcool foi aplicado na dose de 3 g/kg por gavagem intragástrica nos grupos tratados, enquanto o grupo controle recebeu apenas água destilada. A melatonina foi aplicada durante o início da noite no grupo álcool + melatonina na dose de 0,8 mg/kg por via intraperitoneal e os outros dois grupos receberam apenas solução salina. Após finalizado o período de tratamento, foi realizada a análise do peso dos animais, dos cérebros e a avaliação histopatológica e morfométrica do lobo frontal. Não houve diferença significativa entre o peso dos animais e dos cérebros entre os grupos analisados e não foram observadas alterações histopatológicas na região cortical do lobo frontal. Porém, a substância branca apresentou regiões com várias fibras nervosas desprovidas de axônio nos animais do grupo álcool, quando comparado aos animais dos grupos controle e álcool + melatonina. Nesse mesmo grupo, houve redução no número de neurônios no córtex cerebral quando comparado aos grupos controle e álcool + melatonina. Ademais, houve redução dos corpúsculos de Nissl no grupo tratado com álcool quando comparado aos demais grupos, indicando processo de lesão neuronal. No entanto, no grupo tratado com melatonina houve inibição dos efeitos teciduais. Dessa maneira, a melatonina demonstrou apresentar potencial de uso para prevenção dos efeitos tóxicos na região cortical do lobo frontal de adolescentes causados pelo consumo excessivo de álcool.

   

• Palavras-chave
• Alcoolismo, Neurônio, fibras nervosas, lobo frontal
• Área Temática
• Biologia (SEDE)