ESTUDO DA VARIÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FOLHAS DE Piper marginatum SOB CONDIÇÕES DE ESTRESSE E AVALIAÇÃO DE SEU POTENCIAL INSETICIDA NO CONTROLE DA TRAÇA DAS CRUCÍFERAS (Plutella xylostella).

ESTUDO DA VARIÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS FOLHAS DE Piper marginatum SOB CONDIÇÕES DE ESTRESSE E AVALIAÇÃO DE SEU POTENCIAL INSETICIDA NO CONTROLE DA TRAÇA DAS CRUCÍFERAS (Plutella xylostella).

• Autor
• Ariadna Isis Oliveira de Arcelino
• Co-autores
• Marcílio Martins de Moraes , Claudio Augusto Gomes da Camara , Lucas Vitor Batista Rodrigues
• Resumo

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  Óleos essenciais (OEs) produzidos por plantas vêm sendo utilizados como alternativas aos inseticidas comercias, devido sua alta eficiência no combate a pragas e ao baixo impacto que causam ao ambiente. Porém, as composições químicas desses OEs podem sofrer variações em decorrência de fatores bióticos e abióticos. No presente trabalho mapeamos as variações na composição química do OE das folhas de Piper marginatum sob diferentes condições de estresse e seu potencial inseticida sobre a Plutella xylostella. As plantas foram coletadas e cultivadas através da técnica de hidroponia e expostas a estresses através de predação por Quadrus u-lucida, predação manual, adição de salicilato-de-metila, metil-jasmonato, estresse hídrico e estresse salino. Os OEs foram obtidos por hidrodestilação em aparelho do tipo Clevenger modificado, por um período de 2hr, todos os OES apresentaram uma coloração amarelada. Os óleos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada ao espectro de massas (CG-EM) revelando variações qualitativas e quantitativas em todas as condições de estresse empregadas. Em todas as amostras a classe dos fenilpropanoides foram encontradas em maiores percentuais (38,58-92,67%). O (Z)-asarona foi o principal constituinte identificado no OE da planta estressada com salicilato-de-metila (37,92%) e metil-jasmonato (35,86%). Por outro lado, (E)-asarona foi o principal constituinte identificado na planta submetida ao estresse hídrico (47,62%) e a exalactina (18,42 – 41,20%) foi o constituinte principal na planta sadia (21,11%), predada por Quadrus u-lucida (41,20%), predação manual (18,42%) e estresse salino (37,42%). A planta sadia apresentou o maior percentual (10,51%) de compostos pertencentes a classe dos monoterpenos. Por outro lado, as espécies estressadas com salicilato-de-metila, metil-jasmonato, Quadrus u-lucida e estresse salino não apresentaram a produção de monoterpenos. O bioensaio de toxicidade foi realizado com o OE das folhas da planta sadia sobre a Plutella xylostella, revelou uma Concentração Letal Média (CL₅₀) de 0,34 µL/mL. Este resultado mostrou que o OE é cerca de 14x mais toxico as larvas da Plutella xylostella do que o observado para o inseticida comercial Azamax^® (CL₅₀ = 4,85 µL/mL). Os testes inseticidas com os OEs das plantas estressadas estão sendo realizados para verificar se houve alguma variação no potencial inseticida no óleo da P. marginatum.

   

• Palavras-chave
• Piper, estresse, óleo essencial, Plutella xylostella
• Área Temática
• Química (SEDE)