Estresse oxidativo durante a germinação de sementes

Estresse oxidativo durante a germinação de sementes

• Autor
• Sarah Aylana de Lima Almeida
• Resumo

• No ambiente natural, as espécies encontram condições favoráveis para germinar e se desenvolverem. A germinação ocorre numa sequência de eventos fisiológicos influenciada por fatores ambientais (luz, temperatura, disponibilidade de água e oxigênio) e internos (inibidores e promotores da germinação), que podem atuar por si ou em conjunto. Existe uma grande variação na resposta das sementes aos fatores externos, diante disso, estudos vêm sendo desenvolvidos no intuito de compreender os efeitos dos estresses ambientais sobre a germinação de sementes de espécies arbóreas. Entre as consequências dos estresses bióticos e abióticos, o estresse oxidativo tem sido objeto de diversas pesquisas no âmbito da fisiologia da germinação. O estresse oxidativo é resultado do acúmulo de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), substâncias produzidas naturalmente nas células. Apesar do aumento dos estudos com sementes florestais, são poucas as informações a respeito do comportamento fisiológico dessas espécies, principalmente em condições adversas. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura acerca do estresse oxidativo durante a germinação de sementes. A construção da revisão foi baseada em informações contidas em artigos científicos publicados em periódicos, dissertações e teses disponíveis para consulta. A consulta foi realizada em bases de dados como Periódico Capes, Scielo e Google Acadêmico. As Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) são formas reduzidas do oxigênio molecular que possuem uma maior facilidade em reagir com outras substâncias, podendo causar várias reações nas plantas. Tais substâncias são fundamentais para o metabolismo celular das plantas e sementes, além de funcionarem como moléculas sinalizadoras sob condições de estresses ambientais. Porém, quando os níveis excedem o tolerado, as células tendem a sofrer estresse oxidativo, gerando danos às mesmas. Para que não haja deterioração por intoxicação, as células possuem um mecanismo de enzimas removedoras de EROs, composto pela Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), Ascorbato Peroxidase (APX) e Peroxidase (POX), principais responsáveis pela eliminação dessas substâncias. As pesquisas envolvendo o estresse oxidativo em sementes exigem tecnologias (equipamentos, materiais e insumos) específicas, o que eleva o custo para realização de análises, sendo esse o maior obstáculo para o desenvolvimento de novos estudos com sementes florestais.

• Palavras-chave
• Germinação, Estresses Ambientais, Espécies Reativas de Oxigênio, Estresse Oxidativo
• Área Temática
• Ciência Florestal (SEDE)