EFEITO INSETISTÁTICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Citrus aurantium var. amara sobre Sitophilus zeamais.

EFEITO INSETISTÁTICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Citrus aurantium var. amara sobre Sitophilus zeamais.

• Autor
• Maria Jéssica Pereira Alves
• Co-autores
• Carlos Romero Ferreira de Oliveira , Cláudia Helena Cysneiros Matos
• Resumo

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  O milho (Zea mays L.) é uma cultura de grande importância econômica e social, e apesar da sua grande produção, perdas significativas ocorrem principalmente por ataques de insetos. Dentre os insetos que atacam produtos armazenados merece destaque o coleóptero Sitophilus zeamais (Curculionidae), que pode causar danos qualitativos e quantitativos aos grãos. Primordialmente, são usados inseticidas sintéticos para o controle de pragas, mas devido aos altos riscos à saúde humana e ao ambiente, métodos naturais estão sendo cada vez mais estudados, como a utilização de compostos vegetais, nos quais se destacam os óleos essenciais. A laranja amarga, Citrus aurantium var. amara (Rutaceae), é rica em metabólitos secundários que são tóxicos a insetos, e seu óleo essencial vem despertando o interesse de pesquisadores. Desse modo, o presente trabalho visa analisar a atividade inseticida pelas vias de contato e fumigação do óleo essencial de C. aurantium var. amara sobre S. zeamais em milho armazenado, em diferentes concentrações. Para o teste de contato foram utilizadas diferentes concentrações (0, 5, 10, 15, 20, 25 µL/ 20g de milho) por um período de 48 horas, utilizando-se 10 insetos de até 8 dias de idade, em cinco repetições. Na avaliação do efeito fumigante foram montadas câmaras de fumigação, contendo 10 adultos de S. zeamais, utilizando-se diferentes concentrações de C. aurantium var. amara (0, 40, 60, 80, 100, 120, 140, 160, 180 ?L/ L de ar), em cinco repetições. Decorridas 48 horas de confinamento foi contabilizada a mortalidade dos insetos. Todos os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA). Para o teste de contato, observou-se diferenças significativas sendo que a partir da concentração 15 µL ocorreu mortalidade acima de 98%. Entretanto, a concentração 10 µL ocasionou 55% de mortalidade.  Já no efeito fumigante, os tratamentos não diferiram entre si, ou seja, o óleo essencial não foi tóxico para a população de S. zeamais, ocasionando mortalidades muito baixas (até 16%).  Estes resultados sugerem que o óleo essencial de C. aurantium var. amara apresenta potencial para o manejo de S. zeamais, mas ainda são necessários novos estudos para comprovar sua eficácia, inclusive sobre outras pragas de milho armazenado. 

• Palavras-chave
• Inseticidas botânicos, Óleos essenciais, Citrus aurantium, Sitophilus zeamais, Milho armazenado.
• Área Temática
• UAST - Ciências Biológicas