AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E VASCULAR DO CORPO LÚTEO E ENDOMÉTRIO DE ÉGUAS RECEPTORAS POR PARÂMETROS ULTRASSONOGRÁFICOS, CONCENTRAÇÃO DE PROGESTERONA, TONICIDADE UTERINA E TEMPO DE OVULAÇÃO

AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA E VASCULAR DO CORPO LÚTEO E ENDOMÉTRIO DE ÉGUAS RECEPTORAS POR PARÂMETROS ULTRASSONOGRÁFICOS, CONCENTRAÇÃO DE PROGESTERONA, TONICIDADE UTERINA E TEMPO DE OVULAÇÃO

• Autor
• Guilherme Andrade Lima de Araújo
• Co-autores
• Kamila Giffoni Sales Michiles , Lucas Facundo Moura Tobal , Gilvannya Gonçalves de Sobral , Maria do Carmo Rodrigues Medeiros , Gustavo Ferrer Carneiro
• Resumo

• Objetivou-se com esse estudo avaliar os aspectos morfológicos e vasculares do CL por parâmetros ultrassonográficos, concentração de progesterona e tonicidade uterina para uma melhor seleção de receptoras equinas em um programa de transferência de embriões. Foram selecionadas 10 éguas, por palpação retal e ultrassonografia. Foi registrado diâmetro folicular, momento da ovulação, tonicidade uterina, concentração de progesterona e perfusão vascular (PV) em diferentes momentos (24, 48 horas e D8 pós-ovulação). As éguas foram monitoradas por ultrassonografia modo B e Doppler (MINDRAY Z5 Medical International Co., China). A ovulação foi induzida com acetato de deslorelina, quando os folículos atingiram 35mm. Na avaliação da PV, os CLs foram examinados de maneira lenta e contínua, permitindo a visualização dos sinais coloridos correspondentes a PV em todo o parênquima luteal. O tônus uterino foi avaliado observando a firmeza a palpação pontuando de 1 a 3. As dosagens de progesterona foram realizadas por ensaio imunoenzimático (ELISA) utilizando-se teste comercial (Progesterona Sym, Symbiosis Diagnóstica Ltda., Brasil). Os dados foram analisados de forma descritiva. Das 10 éguas selecionadas, 2 encontravam-se com prenhez positiva, 3 encontravam-se em fase transicional e 2 em anestro e foram descartadas do experimento. Foi realizado controle folicular das 3 éguas restantes. Todas as éguas responderam a indução de ovulação com média de 39 ± 1,6 horas pós indução. Todas 3 éguas apresentaram CL funcionais com concentração de progesterona superior a 1,0 ng/mL e tonicidade uterina superior a 2. Não foi observada alterações numéricas entre tempo de ovulação, diâmetro do CL e tônus uterino. Entretanto foi observada uma tendência no aumento da vascularização luteal e concentração sérica de progesterona entre 24 e 48 horas comparado ao D8 pós-ovulação. O padrão da tonicidade uterina demonstrou estreita relação com a perfusão vascular do CL e a concentração sérica de progesterona. Nesse estudo foi possível observar os aspectos morfológicos e vasculares do CL. É importante frisar a importância da avaliação uterina e do CL durante a escolha de uma receptora ideal. Essas características podem afetar a taxa de prenhez pós-transferência de embriões. Entretanto, maiores estudos serão necessários, com um maior número de animais avaliados, para confirmação desses dados.

• Palavras-chave
• Equinos, ultrassom, corpo lúteo.
• Área Temática
• Medicina Veterinária (SEDE)