Análise microscópica da estrutura retiniana do peixe Astronotus ocellatus

Análise microscópica da estrutura retiniana do peixe Astronotus ocellatus

• Autor
• Thais de Andrade Moraes
• Co-autores
• Fabrício Bezerra de Sá , Ana Paula Vieira Barbosa , Beatriz Santos da Costa , Stéphanie Ingrand Vieira de Araújo
• Resumo

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  Os peixes têm tido papel importante como modelo de estudo, a exemplo do  zebrafish, que é bastante utilizado nas pesquisas, mas a introdução de novos  modelos como o Astronotus ocellatus se faz necessária já que os roedores  ainda representam 95% da utilização de animais nas pesquisas. O Astronotus  ocellatus é um teleósteo pertencente à família chiclidea, sendo um modelo  interessante para estudo da visão, já que os ciclídeos apresentaram uma  expressiva evolução na sensitividade visual. O objetivo desse trabalho foi  compreender e descrever os parâmetros histomorfológicos da retina da espécie Astronotus ocellatus. A pesquisa foi realizada sob licença CEUA n° 118/2019,  onde foram utilizados 12 olhos de 6 exemplares do Astronotus ocellatus. Para  análise histológica os olhos foram impregnados e inclusos em parafina ou  historesina, posteriormente foram realizados cortes histológicos e as lâminas  obtidas dos blocos de parafina foram coradas em protocolo padrão de  hematoxilina eosina, já as lâminas dos blocos de historesina coradas com  fuccina básica 0,2% e azul de toluidina 0,1%, os cortes de retina foram  fotomicrografados e a análise histomorfométrica realizada com o auxílio  software Image j. Para montagem global, evidenciando as células ganglionares,  a retina foi totalmente dissecada e dividida em quadrantes, posteriormente  foram fixadas em paraformaldéido 4% e coradas em violeta cresyl 0,1%. Para o  cálculo da densidade de células ganglionares as retinas inteiras foram  fotografadas e também foram obtidas fotomicrografias de várias regiões. No  image j, a área total da retina foi calculada e as fotos das diversas áreas da  retina divididas em quadrantes de 10000 micrômetros para contagem das  células ganglionares. A espessura da retina neurossensorial foi de 178,78 ±  21,03 ?m e a densidade média de células ganglionares por milímetro quadrado  (C.G/mm²) 3418,65. Na camada fototorreceptora, observou-se o padrão de  mosaico quadrangular de cones e na margem ciliar, a zona germinativa  circunferencial. O conhecimento das características retiniana desse animal  favorece a utilização deste como modelo experimental em estudos sobre a  visão fotópica, já que é densamente composta por cones, e em pesquisas  sobre regeneração, visto que a retina apresenta a zona germinativa  circunferencial, responsável pela produção de novas células.

• Palavras-chave
• Cichilidea, Histologia, Oftalmologia, Peixes
• Área Temática
• Morfologia e Fisiologia Animal (SEDE)