Efeito do priming com ácido salicílico na aclimatação ao estresse hídrico em arroz: parâmetros morfológicos, pigmentação fotossintética, respostas bioquímicas e acidificação da rizosfera

Efeito do priming com ácido salicílico na aclimatação ao estresse hídrico em arroz: parâmetros morfológicos, pigmentação fotossintética, respostas bioquímicas e acidificação da rizosfera

• Autor
• Mirella Larissa Lima da Silva
• Co-autores
• Larisse Bianca Soares Pereira Nunes , Cláudia Ulisses
• Resumo

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  O estresse hídrico promove alterações nas características fisiológicas e bioquímicas vegetais, limitando o crescimento e produção das plantas. Para mitigar os efeitos do estresse hídrico, as plantas desenvolveram mecanismos que sinalizam a parte aérea e raiz da exposição à seca, podendo ser através da síntese de ácido abscísico (ABA), por mensageiros secundários, proteínas regulatórias e bombeamento de prótons (H⁺- ATPase). Uma alternativa que visa reduzir os efeitos deletérios do estresse e melhoria na aclimatação das plantas ao estresse hídrico é o priming. Usando plantas de arroz da variedade modelo Nipponbare, o objetivo do presente trabalho buscou avaliar os efeitos da aplicação foliar de Ácido Salicílico (AS) nas respostas ao estresse hídrico de acordo com o estresse oxidativo gerado e pigmentos fotossintéticos, assim como analisando o crescimento da raiz e parte aérea. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, onde aos 25 dias após a germinação (DAG) metade das plantas receberam aplicação foliar de solução contendo 1 mM de AS e outra metade recebeu aplicação com água (controle). O tratamento com o estresse hídrico iniciou-se 30 DAG com a suspensão total da rega no grupo tratamento e permanência normal da rega dos indivíduos controle. A coleta foi realizada aos 35 DAG com pesagem das plantas e posterior congelamento. Plantas que receberam aplicação de 1 mM de AS apresentaram maior crescimento quando submetidas ao estresse hídrico. O teor de clorofila foi maior em plantas com aplicação de 1 mM de AS sob condições de estresse, assim como menor concentração de malondialdeído, demonstrando uma melhor adaptação ao estresse hídrico. A aplicação de 1 mM de AS causou aumento nos teores de H₂O₂ nas plantas com estresse hídrico, indicando alteração no metabolismo antioxidativo. H₂O₂ pode atuar na sinalização celular e regulação do crescimento. O estresse hídrico promoveu maior extrusão de H⁺ pelas raízes, no entanto, não foi verificado alteração da extrusão de H⁺ pelas raízes com a aplicação foliar de 1 mM de AS. Dessa forma, a aplicação foliar com 1 mM de AS promoveu priming nas plantas quando expostas ao estresse hídrico, diminuindo o estresse oxidativo e promovendo maior crescimento vegetal.

• Palavras-chave
• Estresse oxidativo, clorofila, Oryza sativa.
• Área Temática
• Biologia (SEDE)