PRODUÇÃO DE SORGO IRRIGADO COM ÁGUA RESIDUÁRIA EM CONJUTO COM PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS E MODELAGEM HIDROLÓGICA

PRODUÇÃO DE SORGO IRRIGADO COM ÁGUA RESIDUÁRIA EM CONJUTO COM PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS E MODELAGEM HIDROLÓGICA

• Autor
• Giovanna da Cunha Aires
• Co-autores
• Abelardo Antônio de Assunção Montenegro , Ailton Alves de Carvalho
• Resumo

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  O semiárido brasileiro possui elevadas temperaturas e chuvas escassas, fazendo com que a água residuária juntamente as praticas conservacionistas sejam alternativas para minimizar a limitada disponibilidade de água na região, possibilitando assim melhor produção agrícola. Objetivou-se com este trabalho avaliar a produtividade do sorgo forrageiro irrigado com esgoto tratado, bem como avaliar a dinâmica temporal da umidade do solo. A pesquisa foi realizada entre maio a novembro de 2019, na área experimental da estação de tratamento de efluentes de Mutuca, Pesqueira-PE, em cultivo do sorgo-do-Sudão (Sorghum sudanense (Piper) Stapf), na presença e ausência de cobertura morta. Para análise do cultivo do sorgo avaliou-se altura e massa verde da planta. A ETo foi estimada com base no método de Penman-Monteith, a irrigação foi realizada com sistema de gotejamento, onde a lâmina de irrigação foi obtida através na demanda da cultura. A umidade do solo foi medida com Sonda de Nêutrons, bem como foi simulada com o modelo Hydrus. Em relação às condições locais durante o experimento, a ETo acumulada foi de 582,2 mm, a precipitação acumulada foi de 337 mm e a lâmina aplicada foi de 128,68 mm durante os dois ciclos. Constatou-se maior produtividade do sorgo nas parcelas com cobertura do solo, verificada através da altura da planta e massa verde, aos 70 dias após o corte, com valores de 2,68 m e 84,81 g para o 4º corte e 2,39 m e 82,25 g para o 5º corte. Com base nas simulações numéricas, o cultivo de sorgo apresentou média diária de potencial matricial do solo de -161,8 a -148,4 cm, para as camadas de 20 e 40 cm, respectivamente. O modelo mostrou-se eficiente através do RMSE, com valores de 0,042 e 0,069 para parcelas cobertas e 0,032 e 0,023 para solo descoberto para as duas camadas, entretanto apresentando baixo valore de R². A aplicação da cobertura morta contribuiu para maior desenvolvimento da cultura. O modelo Hydrus foi capaz de simular de forma adequada a dinâmica de umidade do solo no período avaliado, para a camada de 0-20 e 20-40 cm do solo.

   

• Palavras-chave
• Reuso de água, cobertura morta, Modelo Hydrus.
• Área Temática
• Engenharia Agrícola (SEDE)