Avaliação parasitológica em hortaliças comercializadas em feiras de orgânicos e pontos agroecológicos do Recife/PE.

Avaliação parasitológica em hortaliças comercializadas em feiras de orgânicos e pontos agroecológicos do Recife/PE.

• Autor
• Eduarda Pessanha de Assis
• Co-autores
• Edenilze Teles Romeiro , Amanda Rafaela Carneiro de Mesquita
• Resumo

• As hortaliças têm papel importante na alimentação humana, porém podem ser facilmente contaminadas durante qualquer etapa do processo produtivo, desde a plantação até a venda ao consumidor. Por esse motivo, tornam-se de grande importância estudos que analisem a segurança sanitária e parasitológica desses vegetais. 

  Objetivou-se com este projeto analisar hortaliças folhosas orgânicas comercializadas em feiras de orgânicos e pontos agroecológicos do Recife/PE, para pesquisa e identificação de formas parasitárias. Foram analisadas um total de 87 amostras de vegetais folhosos, 68 referentes às feiras e pontos agroecológicos e 19 de mercados orgânicos/sessão de orgânicos de mercados convencionais, sendo empregados dois métodos para análise parasitológica dos mesmos: sedimentação espontânea pela técnica descrita por Oliveira e Germano (1992) com modificações, proposta por Takayanagui et al. (2001), técnica de Hoffman e flutuação pela técnica de Willis. 

  Foram coletadas no geral amostras de alface, couve, rúcula, coentro, salsa,  hortelã, agrião, manjericão e acelga (em ordem decrescente de acordo com a quantidade de amostras obtidas de cada vegetal). Após as análises laboratoriais foi possível identificar a presença de larvas rabditóides de ambiente não infectante (hortelã), larvas de helmintos não identificadas (alface, couve, rúcula e acelga), larva Strongyloides sp. (coentro), ovos de parasitos (Dipilidium caninum na hortelã, e Ancylostoma spp na alface e rúcula), e Entamoeba spp. (alface). Outros elementos de menos relevância para o estudo também foram encontrados, como ácaro, ovos e fragmentos dos mesmos, insetos e suas larvas e fragmentos, além de contaminantes físicos como areia, pedras e pelos. 

   

  Apesar dos achados, a RDC nº 14/2014, legislação que classifica as matérias estranhas indicativas de risco à saúde humana, não nos ampara a afirmar que os vegetais analisados estavam aptos ou não para o consumo, pois a mesma não os abrange. Porém é importante frisar que as matérias estranhas encontradas podem oferecer risco à saúde e denotam falhas de boas práticas no processo produtivo. O consumo de orgânicos vem crescendo por entender serem alimentos mais saudáveis, porém é necessário o controle dos produtores para que estes vegetais cheguem à mesa do consumidor livres de resíduos químicos e isento de patógenos.

• Palavras-chave
• Parasitos, larvas, vegetais, insetos, saúde pública, sujidades
• Área Temática
• Tecnologia Rural (SEDE)