Aplicação in vitro de proteases fibrinolíticas de origem fúngica como potencial agente trombolítico.

Aplicação in vitro de proteases fibrinolíticas de origem fúngica como potencial agente trombolítico.

• Autor
• Maria Clara do Nascimento
• Co-autores
• Viviane do Nascimento e Silva Alencar , Thiago Pajeú Nascimento , Juanize Matias da Silva Batista , Ana Lúcia Figueiredo Porto
• Resumo

• Proteases fibrinolíticas são responsáveis pela clivagem da fibrina, proteína estrutural envolvida diretamente no processo de coagulação sanguínea na formação de trombos. Essas enzimas estão cada vez mais presentes em pesquisas científicas que visam superar o custo de produção e os potenciais de ação dos atuais agentes trombolíticos disponíveis no mercado. Com isso, o objetivo dessa pesquisa é realizar a purificação da protease fibrinolítica produzida por um fungo filamentoso e realizar testes in vitro da sua eficácia na degradação de trombos. A linhagem fúngica Aspergillus tamarii Kita UCP 1279 foi inoculada fermentação sólida com farinha de trigo durante 72h a 30°C. A extração da enzima foi realizada a partir do sistema de duas fases aquosas (SDFA) composto por PEG e sais de fosfato. Foram analisadas as variáveis do SDFA e a atividade fibrinolítica. A atividade fibrinolítica no extrato bruto foi de produção de 293,06 U/mL. As variáveis respostas do SDFA demonstraram que a protease fibrinolítica particionou para a fase rica em sal do sistema (K<1).  A variável mais significativas para o índice de recuperação e fator de purificação do sistema foi a interação entre a massa molecular do polímero e a concentração do sal. Os estudos  demonstram que a linhagem utilizada é ótima produtora de proteases fibrinolíticas. As variáveis respostas do sistema de duas fases aquosas demonstraram que, a protease fibrinolítica teve uma maior afinidade pelo meio rico em sal; os altos índices de recuperação da atividade da protease fibrinolítica e dos fatores de purificação na fase sal provam que o SDFA PEG-fosfato é uma técnica eficaz para a extração, concentração e  até mesmo a purificação dessas enzimas tornando até pouco necessária a técnica de cromatografia. Estes resultados encontrados até aqui estimulam a aplicação in vitro dessas enzimas para que suas características e ações sejam comprovadas e comparadas com outras proteases fibrinolíticas já em estudos e a confirmação do grande potencial que as proteases fibrinolíticas de origens fúngicas têm de serem utilizadas como um fármaco voltado para a degradação de trombos.

• Palavras-chave
• Enzimas fibrinolíticas, biotecnologia, Aspergillus sp.
• Área Temática
• Morfologia e Fisiologia Animal (SEDE)