Identificação de bactérias e o seu perfil de sensibilidade frente a antibióticos em amostras clínicas de cães remetidas ao Laboratório de Doenças Infectocontagiosas do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE.

Identificação de bactérias e o seu perfil de sensibilidade frente a antibióticos em amostras clínicas de cães remetidas ao Laboratório de Doenças Infectocontagiosas do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE.

• Autor
• Marcella Ribeiro Tiné
• Co-autores
• Samuel Souza Silva , Renata Pimentel Bandeira de Melo , Gabriela Gonçalves da Silva , Rinaldo Aparecido Mota
• Resumo

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  A resistência bacteriana é um grande problema de saúde única. As taxas de resistência aos fármacos antimicrobianos em animais de companhia cresceram, acompanhando a elevada utilização de fármacos no tratamento destes animais, que é conduzida geralmente de forma empírica, pois exames para a identificação do agente bacteriano normalmente não são feitos. O objetivo do trabalho foi isolar e identificar bactérias, bem como avaliar a susceptibilidade dos isolados frente aos antibióticos mais utilizados nas amostras clínicas de cães enviadas ao Laboratório de Doenças Infecciosas do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE. As amostras clínicas dos cães remetidas ao LDIC foram semeadas em ágar base acrescido de sangue ovino a 5% e incubadas em estufa a 37ºC por 24h e analisadas quanto às características morfológicas, presença de hemólise e realizada coloração de Gram. O perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos foi realizado por técnica de difusão em discos. Foram utilizados discos antimicrobianos comumente utilizados na rotina clínica veterinária para os testes. Das 197 amostras coletadas de cães, 84 (42,63%) tiveram crescimento bacteriano, 113 (57,37%) não houve crescimento de nenhum microrganismo ou crescimento de microrganismos contaminantes. Dos isolados, Staphylococcus spp. e Proteus spp. foram os microrganismos de  maior prevalência, com 29,70%,  e 23,76%, respectivamente. Para os microrganismos Gram negativos, observou-se resistência de 100% nos antibióticos: Aztreonam, Cefazolina, Clindamicina e acima de 50% nos fármacos: Amoxicilina, Ampicilina, Azitromicina, Ceftriaxona, Ciprofloxacino, Clorafenicol, Doxiciclina, Eritromicina, Estreptomicina, Neomicina, Penicilina G, Polimixina B, Sulfa com Trimetoprim, Tetraciclina e Vancomicina. Nos Gram positivos observou-se resistência acima de 70% em: Azitromicina, Clindamicina, Doxiciclina, Eritromicina e Tetraciclina e acima de 50% em: Amoxicilina, Cefalexina, Ceftriaxona, Ciprofloxacino, Clorafenicol, Enrofloxacino, Gentamicina, Penicilina G. Diante do estudo, é possível considerar que houve resistência significativa dos microrganismos estudados, em relação aos fármacos antimicrobianos testados, os quais são largamente utilizados na rotina da clínica veterinária. Dessa forma, já se vislumbra a necessidade de um trabalho de conscientização e sensibilização dentro da Medicina Veterinária para iniciar uma disseminação de informações quanto às práticas recomendadas para realização do correto diagnóstico das infecções bacterianas, para assim minimizar este grande problema da resistência bacteriana.

   

• Palavras-chave
• resistência bacteriana, medicina preventiva, antibióticos, bacteriologia
• Área Temática
• Medicina Veterinária (SEDE)