Cidadania em debate: conquistas e limites da luta feminista pelos direitos políticos para as mulheres em Pernambuco e na Bahia (1927-1932)

Cidadania em debate: conquistas e limites da luta feminista pelos direitos políticos para as mulheres em Pernambuco e na Bahia (1927-1932)

• Autor
• Talita Maria de Melo Coelho
• Resumo

• O trabalho intitulado “Cidadania em Debate: conquistas e limites da luta feminista pelos direitos políticos para as mulheres em Pernambuco e na Bahia (1927-1932)” vinculado ao projeto matriz Mulheres Subversivas: o movimento feminista no Nordeste na luta pela cidadania política (1927-1932)”, orientado pela Profª Drª. Alcileide Cabral do Nascimento, tem como principal objetivo compreender de que forma os movimentos feministas liberais em Pernambuco e na Bahia articularam-se para formar as bases de ampliação da luta por direitos sociais e políticos, como o voto, bem como a ampliação da cidadania e da participação das mulheres na cena pública, entre os anos de 1927 e 1932. Para desenvolver essas análises foram utilizadas as dissertações da pernambucana Emelly Facundes e da baiana Maria Almeida. Além desses trabalhos foram utilizados textos dos autores José Murilo de Carvalho, base para construir um entendimento em torno da cidadania no Brasil republicano. Foram usados também artigos da Alcileide Cabral do Nascimento, possibilitando a compreensão sobre a formação desses movimentos e das lutas feministas no contexto nordestino. Do ponto de vista metodológico, além das leituras de bibliografias importantes sobre o tema, foram realizadas também pesquisas de fontes históricas como cartas, recortes de jornais e relatórios, que nos possibilitou uma análise mais ampla sobre os posicionamentos e estratégias adotados pelas Federações nesse contexto. Assim, buscamos entender as trajetórias de suas lideranças em cada estado e como suas posições sociais contribuiram para um maior contato com setores de mulheres mais abertos ao debate feminista liberal. É possível concluir que de fato as feministas pernambucanas e baianas conviveram com uma forte onda antifeminista, empreendida e propagada especialmente por meio dos periódicos impressos, entretanto as mesmas, utilizando-se dos benefícios de integrarem um grupo intelectual, também foram capazes de levar o debate de políticas feministas para os jornais, que prontamente disseminaram as suas convicções. Nesse sentido, observamos que essas mulheres exerciam uma grande resiliência, pois apesar das barreiras impostas, elas foram capazes de criar várias estratégias para promover suas ideias em torno da defesa dos direitos fundamentais das mulheres brasileiras no século XX.

• Palavras-chave
• Relações de Gênero, Voto feminino, Feminismos, Nordeste, Cidadania.
• Área Temática
• História (SEDE)