Desenvolvimento de protocolos de manejo e manutenção de corais brasileiros EX SITU.

Desenvolvimento de protocolos de manejo e manutenção de corais brasileiros EX SITU.

• Autor
• Tarciso Roberto Sena da SIlva
• Resumo

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  Corais são organismos marinhos bentônicos capazes de depositar esqueleto de CaCO3, sendo responsáveis pela construção e complexidade estrutural dos recifes. Os recifes têm importância evidenciada contra desastres naturais, a exemplo na desaceleração de ciclones e tornados; promovem a economia local, na gastronomia, no ecoturismo e mesmo na cultura. Os recifes são de extrema importância para a vida marinha, estipulada em cerca de 25% dos organismos, apresentando dependência deste em ao menos uma fase da vida. Nas últimas décadas, as anomalias térmicas provenientes da poluição têm provocado a maior recorrência de fenômenos de branqueamento, em decorrência da acidificação dos oceanos, da elevação da temperatura média e da poluição em si, bem como sua intensificação; consequentemente, é evidente a redução no sucesso reprodutivo de larvas e pólipos recruta, bem como corrobora  na incapacidade de recuperação de colônias coralinas. As estratégias in situ podem ser compreendidas como ineficazes quando evidenciado que dependem, determina terminantemente, da estabilidade das condições ambientais; em contraponto, sistemas ex situ promovem um microambiente controlado onde os animais podem ser recuperados e se desenvolver. Os atuais protocolos propostos objetivam atingir o ideal oligotrófico, possuindo organismos modelos oriundos do Indo-Pacífico, contudo, corais brasileiros encontram-se num contexto em que os nutrientes na água os favorecem tanto pela osmotrofia quanto pela heterotrofia. Na luz da necessidade de recuperação dos corais brasileiros e na formulação de sistema capaz de abrigar e atender suas demandas tróficas, o presente trabalho teve foco na formulação de protocolos de manejo e manutenção de corais nacionais em sistema fechado. Para tanto, os parâmetros mantidos no sistema tiveram similaridade ao ambiente de coleta dos animais; preferencialmente colônias branqueadas e/ou tombadas. Submetidos a regimes alimentares padronizados com variedade alimentar e incidência luminosa cíclica de: 12 horas luz e 12 horas escuro. Demonstraram estratégias reprodutivas por laceração pedal e brotamento, além de exibir comportamento alimentar pouco após a introdução no sistema. Houve o surgimento de algas filamentosas, mesmo com a filtragem superdimensionada, além de pequenas oscilações de NH3. Logo, concluímos que mais ensaios devem ser executados de modo a atingir um protocolo abrangente e eficaz para os corais nacionais.

• Palavras-chave
• Sistema fechado; corais; protocolos
• Área Temática
• Biologia (SEDE)