AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DA CANNABIS SP. EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE ALZHEIMER EM RATOS WISTAR ADULTOS: PARÂMETROS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DAS LESÕES ENCEFÁLICAS

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DA CANNABIS SP. EM MODELO EXPERIMENTAL DA DOENÇA DE ALZHEIMER EM RATOS WISTAR ADULTOS: PARÂMETROS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DAS LESÕES ENCEFÁLICAS

• Autor
• Fernanda Barreto Afonso Menezes
• Co-autores
• Valdemiro Amaro da Silva Júnior , Maria Clara Santiago Cordeiro , Raíssa Nunes da Silva , Sandra Maria de Torres , Alluanan Adelson do Nascimento Silva , Fernanda Carolina Ribeiro Dias
• Resumo

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  A doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa progressiva, considerada a principal causa de déficit cognitivo em idosos. As lesões no sistema nervoso central caracterizam-se por morte neuronal, depósitos fibrilares de proteína ?-amilóde, e acúmulo anormal de proteína Tal. Os fármacos atuais utilizados para o tratamento da DA possuem apenas propriedades paliativas, custos elevados, e causam diversos efeitos colaterais. Em contrapartida, pesquisas têm mostrado que o Canabidiol (CBD) e o Tetrahidrocanabinol (THC), presentes no extrato da Cannabis sp, possuem inúmeras propriedades terapêuticas e estudos recentes sugerem que possuem potencial de reduzir a morte celular e a neurotoxicidade mediada pela ?-amilóide. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o uso de canabinoides como alternativa terapêutica em modelo experimental da doença de Alzheimer em ratos. O experimento foi realizado no biotério da UFRPE onde foram utilizados 30 ratos Wistar, divididos em cinco grupos de seis indivíduos. O grupo A, controle negativo, não recebeu qualquer tipo de tratamento. O grupo B, controle positivo para Alzheimer, recebeu apenas doses diárias via oral de AlCl3 (100mg/kg) uma vez ao dia por 21 dias para indução de lesões semelhantes às encontradas em pacientes com DA. Os grupos C, D e E foram igualmente induzidos, e logo após, tratados com o extrato de Cannabis sp via oral nas doses 150uc, 100uc e 150uc, respectivamente, duas vezes ao dia durante 60 dias. Após o tratamento, os animais foram submetidos a eutanásia para avaliação de SNC por análises histopatológicas, histomorfométricas e da deposição de proteína amiloide por microscópio de luz polarizada e coloração vermelho-congo. Os resultados não demonstraram lesões significativas no grupo A, ao contrário do grupo B onde a indução por AlCl3 foi satisfatória e observou-se marcante presença de morte celular, espaçamento entre as células e deposição de proteína amiloide. Nos grupos-tratamento ouve uma redução de mais de 80% de morte celular expressada principalmente nos grupos C e E além de, nos três grupos observar-se uma discreta deposição de proteína amiloide. Tais resultados promissores, sugerem que o extrato da Cannabis sp. se mostrou eficaz na redução de lesões induzidas experimentalmente da DA.

• Palavras-chave
• Alzheimer; Cannabis; neurodegeneração; proteína ?-amilóide
• Área Temática
• Medicina Veterinária (SEDE)