Avaliação do potencial alelopático de extratos obtidos de materiais vegetais utilizados como cobertura morta no controle de espécies de plantas daninhas.

Avaliação do potencial alelopático de extratos obtidos de materiais vegetais utilizados como cobertura morta no controle de espécies de plantas daninhas.

• Autor
• Klenio Raphael Alves Lustosa
• Resumo

• As plantas daninhas são responsáveis em média por 30% de redução da produtividade em áreas de cultivo, mas a depender dos fatores tais como: capacidade competitiva e do nível de infestação das espécies daninhas, capacidade competitiva e do estádio de desenvolvimento da cultura, disponibilidade de recursos e tempo para execução das ações de controle, essa perda pode chegar a 100% da produção. A utilização de cobertura morta como ação de controle das plantas daninhas é uma realidade, contudo, é observada uma variação no nível de eficiência no controle de diferentes espécies. Estas diferenças estão correlacionadas principalmente a origem e a quantidade de resíduos utilizados e depositados sobre a cobertura do solo, bem como a possíveis substâncias alelopáticas que esses materiais podem vir a liberar no solo durante o processo de decomposição dos tecidos vegetais. Diante disso, os objetivos desse trabalho foram identificar e quantificar as espécies que podem ser utilizadas como cobertura morta e a espessura da camada vegetal colocada sobre o solo. O trabalho foi conduzido na Horta Didática da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife-PE. Foram avaliadas as espécies Canavalia ensiformis (Feijão-de-Porco) e Crotalaria spectabilis (Guizo-de-Cascavel) como fontes de cobertura morta e duas espessuras da camada de cobertura (2,5 cm e 5,0 cm). Como tratamento testemunha foram usadas parcelas desprovidas de cobertura morta. Os tratamentos foram distribuídos em quatro canteiros, cada um contendo nove parcelas de 1,0 m2 e três repetições por tratamento e canteiro. O experimento foi conduzido no delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial com seis repetições por tratamento e cinco tratamentos. Os tratamentos foram avaliados visualmente a cada semana durante 35 dias. Os resultados demonstraram baixa eficiência no controle das plantas daninhas dos tratamentos com cobertura morta de Feijão-de-Porco e Guizo-de-Cascavel para as duas espessuras testadas, tendo sido observado que a barreira física formada pelos restos vegetais só ofereceu controle das plantas daninhas nas três primeiras semanas, depois com a continuidade da decomposição dos materiais as daninhas voltaram a infestar as parcelas. Os resultados observados apontam para a necessidade de se avaliar novas espessuras e materiais vegetais como cobertura morta.

• Palavras-chave
• Alelopatia, Cobertura morta, Controle, Plantas daninhas.
• Área Temática
• Agronomia (SEDE)