Resgate de plântulas de Tapirira guianensis Aubl. como estratégia de produção de mudas em viveiro florestal.

Resgate de plântulas de Tapirira guianensis Aubl. como estratégia de produção de mudas em viveiro florestal.

• Autor
• Joseph da Silva Soares
• Co-autores
• Lidiana Nayara Ralph
• Resumo

• O uso de plântulas da regeneração natural é recomendado como estratégia para produção de mudas, contudo muitos aspectos técnicos desse método ainda carecem de investigação científica. A técnica de resgate de plântulas é comumente utilizada para a recuperação de áreas degradadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da classe de altura e os níveis de redução foliar em plântulas de Tapirira guianensis Aubl. A coleta foi feita na Reserva Biológica de Saltinho, entre os municípios de Tamandaré (93,66%) e Rio Formoso (6,34%), Estado de Pernambuco, Brasil. Após a coleta, as plântulas foram levadas para o Viveiro Florestal do Departamento de Ciência Florestal da UFRPE, transplantadas para sacos de polietileno contendo como substrato na proporção 1:1:1, um composto de solo coletado no fragmento, substrato comercial e vermiculita. As plântulas foram mantidas em casa de sombra, coberta com sombrite de 50% com redução de luminosidade, rega automatizada de hora em hora, das 09h00 às 17h00, com uma rega extra às 12h30, 1 minuto por vez. Os indivíduos foram divididos em duas classes de altura (Classe I: 8,0 a 13 cm e Classe II: 14 a 19 cm) e submetidos a três intensidades de redução foliar (0%, 50% e 100%). As medições de altura, diâmetro, incremento em altura e diâmetro, emissão foliar, brotações e sobrevivência foram avaliadas em 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180 e 210 dias. O crescimento em altura e diâmetro, como também os seus incrementos, foi superior para as plântulas da classe II de altura, com remoção de 50% da área foliar. A emissão de folhas foi maior também nos indivíduos que sofreram redução foliar de 50% na classe II, observando-se um aumento ao longo dos 210 dias de avaliação. As plantas que tiveram 100% da área foliar removida mostram resultados superiores para a variável do número de brotações. Em relação à taxa de sobrevivência entre as classes e por redução foliar, a classe II apresentou também melhores resultados. Portanto, recomenda-se que o resgate de mudas de Tapirira guianensis Aubl. seja realizado para plantas com tamanho entre 14 e 19 cm, com redução foliar de 50%.

• Palavras-chave
• Regeneração natural, áreas degradadas, redução foliar, sobrevivência.
• Área Temática
• Ciência Florestal (SEDE)