Morfometria e morfogeometria de otólitos Sagittae como ferramenta para distinção de espécies de peixes das famílias Haemulidae e Sciaenidae

Morfometria e morfogeometria de otólitos Sagittae como ferramenta para distinção de espécies de peixes das famílias Haemulidae e Sciaenidae

• Autor
• Amanda Menezes Ferreira
• Co-autores
• Cícero Diogo Lins de Oliveira
• Resumo

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  Otólitos são estruturas rígidas presentes na capsula auditiva dos peixes ósseos, e suas principais funções são o equilíbrio e a audição. Dos três pares de otólitos, o sagitta é o mais utilizado por ser o maior. Dos diversos estudos, a forma dos otólitos é importante para auxiliar na identificação das espécies de peixes em suas diferentes fases de vida, e por esta razão, o objetivo do presente estudo foi avaliar a morfologia dos otólitos sagitta de espécies de peixes das famílias Haemulidae e Sciaenidae, que ocorrem no litoral de Pernambuco, fornecendo suporte na identificação e classificação das espécies por grupos taxonômicos. Para isso, foram utilizados fotos de bancos de dados e de exemplares de peixes coletados no litoral norte (Itamaracá) de Pernambuco. De cada espécime foram realizadas medidas de comprimento total e retirado o par de otólitos para posterior morfometria (comprimento, largura e peso do otólito) e analise de forma. Foram analisadas morfometrias, contorno e índice de forma de 9 espécies de peixes, sendo três da família Haemulidae e seis da familia Sciaenidae. Utilizamos  imagens dos otólitos destas espécies que estão disponíveis em bancos de dados e outros estudos acadêmicos. Para análise dos contornos  dos otólitos foi utilizado as harmônicas dos descritores elípticos de Fourier (EFD), e a partir dos valores das harmônicas dos otólitos, foi realizado uma análise linear discriminante (LDA), para testar o poder de discriminação de formas por espécie e família. Por último, foi calculado os índices de forma: razão do aspecto, circularidade, redondeza, retangularidade e elipticidade. A análise dos contornos apontaram diferenças significativas entre os contornos dos otólitos por espécies (Permanova, F = 10,47; p-valor = 0,001), porém com baixo pode de classificação (61,9%). Quando comparado essas formas por família, o poder de classificação aumenta para 85,7%. Os índices apontaram que não existe diferença significativa paras espécies de Haemulidae (p-valor > 0,05). Já para a família Scieanidae, houve diferença significativa (p-valor < 0,05. O estudo permitiu  comprovar que as formas e relações biométricas dos otólitos podem auxiliar na distinção das espécies de peixes das famílias Haemulidae e Sciaenidae que ocorrem no litoral pernambucano.

   

• Palavras-chave
• Otólitos, Morfologia, Identificação.
• Área Temática
• UAST - Engenharia de Pesca