O uso dos sujeitos nulos e plenos em redações escolares de alunos pernambucanos e moçambicanos: implicações da morfologia flexional

O uso dos sujeitos nulos e plenos em redações escolares de alunos pernambucanos e moçambicanos: implicações da morfologia flexional

• Autor
• ALICIA GITHER BEZERRA DA SILVA
• Resumo

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  O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise comparativa entre os dados da língua falada do português moçambicano (PM) produzidos por alunos da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) localizada no Ceará, sendo o corpus composto de 188 frases contendo sujeitos nulos e plenos, e os dados da língua escrita também do PM provenientes de redações produzidas por alunos moçambicanos para seu ingresso na UNILAB/ Ceará, sendo o corpus composto de 143 frases contendo sujeitos nulos e plenos. Para tanto, este estudo baseia-se na Teoria de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1981) no que concerne, especificamente, ao Parâmetro do Sujeito Nulo (PSN) que tem a ver com as estratégias de preenchimento da posição sujeito nas línguas naturais (se categoria plena ou categoria nula). Os resultados, em geral, mostram que sujeitos plenos são muito produtivos no PM, um resultado que pode ser explicado pelo enfraquecimento da morfologia de flexão verbal. Mesmo tendo os sujeitos desta pesquisa um maior grau de escolarização (concluintes do ensino médio e estudantes universitários), é possível que haja interferência de sua língua banta sobre o português, reflexo do intenso contexto multilinguístico vivenciado em Moçambique. Vale dizermos ainda que esta pesquisa se apresenta relevante aos estudos linguísticos sobre a morfossintaxe das variedades africanas do português, em particular, do PM, pois, até onde temos verificado, não há um estudo comparativo entre a língua falada e a língua escrita como o que aqui realizamos.

• Palavras-chave
• Sujeitos, Flexão Verbal, Variedades do Português, Parâmetro
• Área Temática
• Letras (SEDE)