FIBRILAÇÃO ATRIAL E POLIFARMÁCIA NOS IDOSOS E SUAS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES: UMA REVISÃO LITERÁRIA

  • Autor
  • Leonardo Rangel Saunders
  • Co-autores
  • Michel Harlon Meneses Silva , Gabriela Barbosa Torres Bitu , Rafael Barroso de Vasconcelos
  • Resumo
  • Objetivo: Investigar as principais complicações observadas na interação entre  polifarmácia e fibrilação atrial (FA) em pacientes idosos.

    Método: Foi realizada uma revisão literária baseada em 5  artigos publicados entre 2019 e 2022, na língua inglesa, obtidos da base de dados MEDLINE. Os descritores utilizados na pesquisa estão de acordo com o Medical Subject Headings (MeSH) e são respectivamente “atrial fibrillation”, “polypharmacy” e “elderly”.

    Resultados: Com o envelhecimento populacional e o aumento progressivo do risco cardiovascular em pacientes idosos, observa-se uma maior incidência dos casos de FA nessa faixa etária, tendo risco de desenvolvimento acima de 30% em pacientes com mais de 55 anos de idade. Associado a isso, há uma maior incidência de polifarmácia, definida como o uso contínuo de cinco ou mais medicamentos por um indivíduo, na população idosa com FA, devido à maior prevalência de comorbidades nessa faixa etária. A prevalência de polifarmácia entre pacientes com FA varia de 40-75%. Segundo a literatura vigente,  diversas complicações decorrem da polifarmácia, como aumento de taxas de mortalidade, eventos hemorrágicos, Acidente Vascular Cerebral (AVC), quedas, hospitalizações e piora da qualidade de vida. Além disso, a polifarmácia pode ter impacto negativo na eficácia dos tratamentos de FA, incluindo anticoagulação, terapias de controle de frequência ou ritmo. Vale destacar que os desfechos clínicos desfavoráveis, como distúrbios cardiovasculares, progressão clínica das comorbidades, aumento da mortalidade e hospitalizações, decorrem potencialmente de interação medicamentosa, efeitos adversos às medicações e da não adesão ao tratamento de anticoagulantes, tais como apixabana, rivaroxabana e varfarina.

    Conclusão: Atesta-se uma prevalência mais significativa de complicações em pacientes idosos com FA associada à condição plurimedicamentosa, ao predispor fortemente a interações medicamentosas, efeitos colaterais adversos e diminuição de adesão ao tratamento de anticoagulantes. Isso, efetivamente, leva a impactos consideráveis na saúde e qualidade de vida desses pacientes, à exemplo de quedas, hemorragias e hospitalizações. 

  • Palavras-chave
  • Polimedicação. Fibrilação atrial. Idoso.
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