Objetivo: Relatar a experiência de graduandos em Medicina após a realização de treinamento em Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) com enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas em hospital terciário da cidade de Fortaleza-Ceará.
Relato de experiência: Os acadêmicos de medicina e integrantes da Liga de Trauma, Emergência e Medicina Intensiva da Universidade de Fortaleza, em parceria com uma rede hospitalar privada de alta complexidade da cidade de Fortaleza-Ceará, realizaram um treinamento teórico-prático em Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (sigla do inglês, ACLS) voltado para os profissionais da área da saúde da instituição e integrantes das equipes de emergência do serviço, como enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. A unidade hospitalar, por perceber a demanda de tal treinamento, entrou em contato com os ligantes por intermédio do responsável pelo centro de estudos da rede e professor da universidade, convidando-os para ministrar um treinamento de etapas do ACLS, principalmente no que tange a parada cardiorrespiratória (PCR). O desenvolvimento da atividade foi realizado com turmas contendo cerca de 15 profissionais dos setores de emergência e contabilizou 4 horas de treinamento divididas em dois momentos subsequentes. Inicialmente, realizou-se discussão teórica baseada na Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, atualizada em 2019, abordando o reconhecimento da PCR, a técnica das compressões efetivas e da ventilação, seguida do momento de prática para treinamento de tais tópicos discutidos por meio da divisão em duplas da turma e realização do atendimento-simulado sob a supervisão e condução dos ligantes. Em um segundo momento, foi abordado o protocolo de atendimento avançado e de suporte à equipe médica durante a PCR, citando opções de monitorização durante a PCR, bem como instruções de manuseio do desfibrilador manual e sua adaptação para pacientes pediátricos. Durante os dois momentos de capacitação, como supracitado, os acadêmicos realizaram explicação teórica seguida de uma breve simulação situacional de atendimento e, por fim, a orientação prática com o treino dos profissionais.
Conclusão: Pode-se concluir que o treinamento foi importante tanto para revisitar conceitos e procedimentos basilares, como para aprender e atualizar os protocolos utilizados em situações de emergência, como é o caso da parada cardiorrespiratória. Desse modo, é possível constatar a relevância das simulações práticas quando correlacionadas com a curva de aprendizagem dos profissionais, os quais, durante o treinamento, puderam aperfeiçoar suas técnicas de compressões de boa qualidade e ventilação adequada. Assim, espera-se que as equipes atuem harmonicamente entre si e estejam aptas a agir diante de uma PCR, tendo em vista que, a depender do local de atuação, os trabalhadores da saúde podem lidar inúmeras vezes com esse tipo de situação e serem fatores decisivos para um prognóstico favorável do paciente.
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio