OBJETIVOS:
Esse estudo tem como objetivo abordar a epidemiologia dos casos de amebíase, no Brasil, em pacientes pediátricos com idade menor ou igual a 4 anos,com foco nos fatores referentes ao sexo e à região do país.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo epidemiológico de prevalência baseado na coleta de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre a amebíase, dividida por faixa etária, tendo como parâmetro sexo e região do país, no período de julho de 2017 a julho de 2022.
RESULTADOS:
Amostra composta por 1.221 indivíduos, sendo 346 menores de 1 ano e 875 entre 1 e 4 anos. Entre estes, 659 indivíduos são do sexo masculino, enquanto 562 são do sexo feminino, abrangendo a maior parte dos casos. A amebíase condiciona-se como uma enfermidade a qual a forma de transmissão está estreitamente ligada à noção de higiene. A prevalência da amebíase na pediatria está relacionada com a precária educação higiênica infantil, principalmente no presente coorte relacionado a idade. Entre 2017 e 2022, constatam-se 622 casos registrados na Região Norte, 377 casos na Região Nordeste, 108 casos na Região Sudeste, 38 casos na Região Sul e 76 casos na Região Centro-Oeste.Estes dados podem estar relacionados à questões socioeconômicas, devido a menor infraestrutura nas regiões menos desenvolvidas do país.
CONCLUSÃO:
Evidencia-se, portanto, diferenças discrepantes entre a prevalência regional da doença em crianças, aliada a fatores socioeducativos, evidenciados por faixa etária e pelo sexo.É elementar que se leve em consideração a interferência nos dados devido o contexto socioeconomico das regiões Sudeste e Centro-Oeste, as quais apresentam um melhor desenvolvimento financeiro e consequentemente educacional.
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio