IMAGEM ANGIOGRÁFICA INCIDENTAL DE ÚLCERA AÓRTICA ENTRE ZONAS 2 E 3 – RELATO DE CASO

  • Autor
  • Erica Uchoa Holanda
  • Co-autores
  • Denyse de Oliveira Moraes Saunders , Marcio Wilker Soares Campelo , Adriano de Melo Oliveira , Ana Paula Bomfim Soares Campelo
  • Resumo
  • Objetivo: Úlceras aórticas (UAs) consistem em ulcerações focais da placa aterosclerótica que penetram na íntima arterial e podem progredir para a túnica média, caracterizando-se, nestes casos, como penetrante. Podem estar ou não associadas com hematoma intramural (HIM). Nenhuma técnica de imagem consegue distinguir as camadas íntima e média, somente estudos histopatológicos são capazes de identificá-las com certeza, evidenciando um ponto chave no diagnóstico diferencial de outras entidades. Podem estar presentes em toda a aorta, mas são mais comumente encontradas na aorta torácica descendente, afetando majoritariamente homens, em idade mais avançada e com comorbidades associadas. O curso clínico das UAs é variável, estas podem permanecer estáveis, aumentar ou progredir para HIM, dissecção, pseudo-aneurisma ou mesmo ruptura aórtica, caso rompa a adventícia. Diferentes etiologias têm sido descritas: infecciosa, inflamatória, traumática, iatrogênica, aterosclerótica ou secundária ao HIM. No entanto, a verdadeira incidência das UAs é desconhecida, pois algumas são assintomáticas e encontradas apenas incidentalmente em exames de imagem. O objetivo deste estudo será relatar um caso clínico de UA de apresentação assintomática e diagnóstico incidental. Relato de caso: Paciente de 70 anos, sexo feminino, hipertensa, dislipidêmica, assintomática. Ao exame físico: pressão arterial (PA) de 130/80 mmHg, ausculta cardíaca normal, ao exame cervical sem alterações. Durante exame de rotina, fez ecodoppler de carótidas e vertebrais, sendo evidenciada estenose de 75% em artéria carótida interna esquerda com placa tipo III. Realizou angiografia, não sendo confirmado o achado ultrassonográfico, porém foi identificada uma úlcera em aorta logo após a artéria subclávia esquerda. Foi optado por conduta conservadora com controle de PA e uso de estatina, além de orientações para alteração dos fatores de risco modificáveis para doença aterosclerótica. Já se passaram 5 anos e a paciente encontra-se viva e não apresentou intercorrências. Conclusão: A fisiopatologia, na maioria dos casos, está relacionada à ulceração e ao rompimento de uma placa aterosclerótica através da camada intimal da aorta. Tal situação causa hemorragia ao redor da úlcera, levando a anomalia no contorno da aorta que se projeta para além do limite da parede normal. Pode ser requerido tratamento invasivo urgente ou tratamento farmacológico e acompanhamento por exames de imagem, principalmente em úlceras menores, assintomáticas e menos aneurismáticas. O presente caso trata-se de uma UA na transição da zona 2 para 3, onde foi optado por tratamento conservador. Apesar da raridade do caso em questão e do seu achado ser acidental, é necessário enfatizar a importância do reconhecimento de tal enfermidade e seu correto acompanhamento quando diagnosticado, sendo fundamental avaliar a evolução da doença e personalizar estratégias para o manejo adequado.

  • Palavras-chave
  • Úlcera aórtica, Doença aterosclerótica, Angiografia.
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  • Cirurgia
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