Introduc?a?o: A doenc?a renal cro?nica (DRC) apresenta-se como um problema de sau?de pu?blica crescente no mundo, sendo de extrema importa?ncia o diagno?stico precoce e a otimizac?a?o no gerenciamento dos pacientes com essa doenc?a. Me?dicos da atenc?a?o prima?ria a? sau?de (APS) desempenham um papel fundamental na identificac?a?o, no gerenciamento e no encaminhamento dos pacientes com doenc?as renais cro?nicas ao nefrologista, cuidando de aproximadamente 95% desses pacientes. Estudos te?m demonstrado que pacientes e profissionais da assiste?ncia prima?ria continuam sem conscie?ncia do diagno?stico da DRC, ate? que ela esteja na fase avanc?ada. Atualmente, o atendimento adequado ao paciente com DRC na atenc?a?o prima?ria, pode ser um desafio Objetivos: investigar o grau de conhecimento de me?dicos da APS do munici?pio de Fortaleza na detecc?a?o precoce da DRC, seu manejo e refere?ncia a? atenc?a?o especializada. Me?todos: Trata-se de uma pesquisa natureza epidemiolo?gica, transversal, com abordagem quantitativa, utilizando questiona?rios para a coleta de dados dos profissionais me?dicos da APS. Foram inclui?dos me?dicos que trabalham ha? pelo menos doze meses nas unidades ba?sicas de sau?de (UBSs) do munici?pio de Fortaleza e que tem pelo menos um ano de graduac?a?o conclui?da. O questiona?rio da pesquisa foi enviado por whatsapp atrave?s de formula?rio do google docs, com termo de consentimento digital, e investigou varia?veis relacionadas a? identificac?a?o do perfil epidemiolo?gico/profissional e ao conhecimento teo?rico-pra?tico dos me?dicos na detecc?a?o precoce e manuseio da DRC, ale?m do referenciamento de pacientes com DRC ao nefrologista. Resultados: Participaram do estudo 36 me?dicos de 18 UBSs, com idade me?dia de 38,9 ± 12,3 anos, 58,3% do sexo feminino e com mediana do tempo de formac?a?o me?dica de 8,5 anos. O conhecimento foi insatisfato?rio sobre a definic?a?o de DRC (somente 38,9% de acerto), regular para o me?todo de escolha para estimativa da taxa de filtrac?a?o glomerular (TFG) (58,3% de acerto), e o?timo para exames e indicac?a?o de rastreio da DRC, varia?veis necessa?rias para estimativa da TFG pelo CKD-EPI (com excec?a?o da rac?a, que foi uma varia?vel recentemente exclui?da da fo?rmula), exames indicados para estadiamento da DRC e nu?mero de esta?gios da DRC segundo a TFG e albuminu?ria. A freque?ncia estimada do atendimento de paciente com DRC nas APS foi inferior a 10% segundo 61,1% dos me?dicos, sendo a HAS e a obesidade as comorbidades mais frequentes. As principais indicac?o?es de refere?ncia ao nefrologista foram TFG < 30 ml/min/1,73m2, hematu?ria persistente, relac?a?o albumina/ creatinina na urina > 1g/g e nefroliti?ase de repetic?a?o. Somente 38,9% e 44,4% dos me?dicos da APS afirmaram ter conhecimento das Diretrizes do Ministe?rio da Sau?de e da Sociedade Brasileira de Nefrologia para o cuidado do portador de DRC (insatisfato?rio). Conclusa?o: A necessidade de educac?a?o continuada para esses profissionais esta? evidente, bem como de ferramentas de consulta ra?pida e objetiva no seu cotidiano de atendimentos, como plataformas web ou aplicativos de cellular, que possam facilitar o gerenciamento adequado dos pacientes com DRC, com consequente melhora da progressa?o e progno?stico de sua doenc?a. Palavras-chave: Insuficie?ncia renal cro?nica, Acesso aos servic?os de sau?de, Atenc?a?o prima?ria a? sau?de.
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio