INTRODUÇÃO
A atuação médica está voltada principalmente para a prática clínica com contato direto com o paciente na maioria das especialidades, sendo, essa proximidade humana precoce, fulcral não só para a prática médica desejada, como também para o desenvolvimento dos estudantes e futuro relacionamento com pacientes. Contudo, na maioria das universidades o acompanhamento ambulatorial é insuficiente durante o ciclo básico (geralmente 1° ao 4° semestre), dificultando a visão da atuação clínica médica desde o começo da faculdade.
OBJETIVOS
Desse modo, o presente trabalho tem como escopo tanto analisar a influência do acompanhamento clínico desde o começo da faculdade para a graduação dos estudantes, quanto promover a participação desses no ambulatório de genética, sob preceptoria e com a participação da Liga de Genética Médica, desde o primeiro semestre do curso, onde esse módulo se insere. Ademais, o presente trabalho também visa analisar a influência do acompanhamento nesse ambulatório e nos demais durante o ciclo básico, além da repercussão destes sobre os pacientes em atendimento.
METODOLOGIA
Foram coletadas opiniões de estudantes do 1° ao 4° semestre, da Universidade Federal do Ceará, por meio da plataforma “google forms”, com perguntas objetivas em relação ao acompanhamento precoce aos ambulatórios e sua influência na graduação e na qualidade do curso dos estudantes.
RESULTADOS
58 estudantes responderam ao formulário, sendo que 27 destes ainda não haviam frequentado nenhum ambulatório, e, desse espaço amostral, 26 alunos gostariam de participar de algum ambulatório, mostrando que muitos alunos, durante esse período, ainda não haviam tido essa oportunidade engrandecedora. Além disso, 96,8% dos estudantes que já acompanharam o ambulatório de genética ou de outra especialidade afirmaram que essa prática motivou-os para a realização das atividades obrigatórias da graduação e 100% dos entrevistados ressaltaram que o ambulatório é fundamental tanto para associar os conteúdos vistos em sala com a prática médica, quanto para conhecer melhor as atribuições de cada especialidade, além de estimular um melhor relacionamento com os pacientes, os quais se mostraram receptivos. Com isso, dos entrevistados que já acompanharam algum ambulatório, 100% relatou que o tempo lá investido fez bem para sua saúde mental e para seu bem-estar. Ademais, 72,4 % dos participantes da pesquisa acreditam que o ambulatório é mais produtivo para o aprendizado do que as aulas convencionais não associadas a essa prática, pois demonstram um pouco mais a realidade verdadeira da prática médica, motivando-os para a real função dos profissionais da saúde.
CONCLUSÕES
O acompanhamento ambulatorial é proveitoso desde o início da faculdade, o que torna fundamental o aumento da frequência dessas atividades para o ciclo básico das instituições de ensino, seja para consolidar conteúdos, seja para ressaltar a real função e atuação médica, sendo imprescindível para os estudantes de medicina na sua relação com a comunidade, tornando-os mais aptos para o exercício da medicina no futuro.
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio