SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

ORDEM DAS APRESENTAÇÕES

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INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO
1. Para a apresentação de trabalho nos STs, exige-se a condição mínima de graduando. Cada inscrito poderá apresentar apenas um trabalho em apenas um ST (tanto como autor quanto como coautor). A avaliação, aceitação e eliminação de trabalhos serão realizadas pelo(s) coordenador(es) dos STs.

2. O pagamento da inscrição para envio de Trabalho em Simpósio Temático deve ser efetuado até às 23h59min. do dia 02/10/2024.

3. No formulário de inscrição, na opção "Apresentador de trabalho", duas caixas podem ser visualizadas: uma para inclusão do título do trabalho e outra para inclusão do resumo. O título deve ter até 200 caracteres com espaços e o resumo até 2.500 caracteres com espaços. Pode ser utilizada qualquer fonte, pois o sistema a padronizará. Não utilize caixa alta no título e nem no resumo.

4. Os participantes que desejarem inscrever trabalhos em coautoria devem observar as seguintes normas:
• O autor que não realizar todos os passos da inscrição não será considerado inscrito.
• Cada trabalho poderá ter, no máximo, dois autores (todos com titulação mínima de GRADUANDO);
• Os autores devem realizar cada um a inscrição individual e pagar cada qual sua taxa;
• Somente receberá certificado e terá direito a publicar o texto completo nos Anais o autor/coautor que participar das atividades propostas pelos coordenadores. Será disponibilizado online um certificado para cada autor;
• O certificado estará disponível na área do inscrito após o evento.

5. Os textos completos apresentados nos Simpósios Temáticos serão publicados pela Revista Espacialidades (e-ISSN: 1984-817X, Qualis B1, Área: Ciências Humanas). Os critérios e normas de publicação podem ser acessados AQUI. A revisão de escrita e gramatical do texto é de responsabilidade do autor. O prazo final para entrega do artigo completo, via e-mail (anpuhrn@gmail.com), será dia 15 de novembro de 2024, sem possibilidade de prorrogação.

IMPORTANTE: Os valores pagos não serão reembolsados caso ocorra alguma desistência

 

 

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
 

ST-01: OS ESPAÇOS DA ANTIGUIDADE E MEDIEVO: FONTES ANTIGAS, NOVOS OLHARES E PERSPECTIVAS FUTURAS
Coordenação
: Me. Pedro Hugo Canto Núñez (PPGH-UFRN) | Me. Ruan Silva (PPGH-UFRN)

Este Simpósio Temático tem como objetivo congregar pesquisas acadêmicas e produções didáticas, reunindo profissionais em História e buscando a consolidação de diálogos que promovam reflexões entre os estudiosos dos mundos Antigo e Medieval no Rio Grande do Norte. Seguindo o tema do evento da ANPUH-RN de 2024, “desafios ao ofício do(a) historiador(a) na contemporaneidade”, entendemos que tanto a Antiguidade quanto o Medievo não estão isolados de uma prática contemporânea e problemáticas atuais dos historiadores. Tanto a nível mundial quanto nacional e local, as pesquisas e os seus desdobramentos sobre os distintos locais e temporalidades dessas antigas sociedades refletem sobre muitas preocupações da humanidade em geral, funcionando, por muitas vezes, como um grande laboratório de análises sobre a própria compreensão humana atual. Podemos destacar como exemplos as pesquisas atuais sobre mudanças climáticas no Mediterrâneo, fluxos migracionais na Rota da Seda desde o Neolítico, assim como identidades e alteridades em diversos casos da Antiguidade e Medievo. Dessa forma, pretendemos reunir estudos em torno da História da Cultura, História da Religião, História Econômica, História Política, Cultura Material, Memória Cultural, Gênero e História, Usos do Passado, Identidades, entre diversas outras temáticas. Englobamos tanto as sociedades asiáticas quanto as mediterrâneas, nórdicas e africanas, assim como os contatos entre elas. Com isso, busca-se pensar amplamente o tratamento relegado aos vestígios documentais advindos do passado, sua vinculação ao presente e alternativas para um tratamento teórico-metodológico e/ou didático-pedagógico atento às relações históricas com o Brasil, refletindo constantemente sobre as nossas fontes, aprimorando nossas análises e consolidando cada vez mais a História Antiga e Medieval no Rio Grande do Norte.


ST-02: ENSINO DE HISTÓRIA: PRÁTICAS, SABERES E DESAFIOS DA PESQUISA
Coordenação
: Me. Danilo Silva (PPGH-UFRN) | Me. Matheus Silva (PPGH-UFRN)

O ensino de história é um campo de pesquisa da História que se apresenta como um espaço historiográfico relevante para reflexão sobre práticas e saberes históricos, advindos de diferentes experiências e fundamentados na teoria da História. No intuito de reunir trabalhos que se preocupem em demonstrar caminhos percorridos na pesquisa e no ensino, e que apontem novas perspectivas para o campo, convidamos pesquisadores do ensino de história, professores e professoras de história da educação básica e do ensino superior para compartilharem  neste simpósio temático projetos de pesquisa e de ensino (concluídos ou em andamento), experiências pedagógicas mobilizadas a partir do método histórico, investigações sobre aprendizagem histórica em diferentes contextos e com diferentes públicos, espaços de ensino formais e não formais. Este simpósio temático tem como objetivo reunir trabalhos sobre/do ensino de História, que tenham como objeto pesquisa experiências pedagógicas; livros didático; currículo; história do ensino de História; aprendizagem histórica; em diferentes contextos (Pibic, Pibid, PET, Residência Pedagógica, Mestrados e Doutorados profissionais e acadêmicos).


ST-03: NARRAR, ESPACIALIZAR E TECER O ESPAÇO: COMPLEXIDADE E DIVERSIDADE DOS SUJEITOS HISTÓRICOS E SUAS TRANSFORMAÇÕES NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Coordenação: Me. Sarah Karolina Sucar Ferreira (PPGH-UFRN) | Me. Karine Maria Lima Lopes (PPGH-UFRN)

Este simpósio temático objetiva discutir acerca de variadas formas de construção espacial, narrativa, midiática, historiográfica, literária e imaginada da sociedade norte-rio-grandense e de outras regiões e estados do Brasil, entre os anos de 1889 e 1930. No intento de compreender o modo como sujeitos, indivíduos e classes distintas narraram, imaginaram, e teceram espaços por meio das crônicas, da literatura, das práticas esportivas, dos conflitos e interações sociais, tanto na dinâmica das cidades, da imprensa e da intelectualidade quanto na produção discursiva espacializante. Partimos da perspectiva de que a fermentação e as criações de leituras, seja da sociedade, seja dos espaços físicos e imaginados, e dos usos desses por diferentes sujeitos, produzem concepções de tempo e de espaço, seja o público inscritas nos monumentos e nas formas de convívio social, seja por meio plano imaterial da vida coletiva. De modo que, concordamos com Martha Abreu e   ngela Gomes (2009), acerca da diversidade de produções historiográficas e formas de poder que foram sendo criadas/ressignificadas na chamada Primeira República por intermédio do Estado e dos homens letrados, seja no âmbito político, científico, artístico, social e da intelectualidade. Nesse sentido, analisaremos pesquisas que demonstrem a produção (material e imaginada) das cidades e de suas classes como espaços sociais; as maneiras como cidadãos e cidadãs construíram e compartilharam narrativas/imagens acerca das experiências sociais (como: imprensa, literatura, fotografias, xilogravuras, festas populares e oficiais, esportes, eventos cívicos, dentre outros); a formação, a ocupação e transformação de territórios ao longo da Primeira República e a (re)construção e delimitação do(s) espaço(s), por grupos e/ou intelectuais ou sujeitos que refletiram e imaginaram essa(s) espacialidade(s). Procuramos ainda as reflexões sobre a presente temática no Ensino de História.


ST-04: PODER, SOCIEDADE E ADMINISTRAÇÃO NO RIO GRANDE DO NORTE DO OITOCENTOS
Coordenação: Dr. Nuno Camarinhas (UFRN) | Dr. José Evangelista Fagundes (UFRN)

Este Simpósio Temático propõe um espaço de discussão e apresentação de pesquisas inovadoras na História do Rio Grande do Norte do século XIX. O evento será uma oportunidade única para que estudantes de graduação e pós-graduação apresentem seus trabalhos, destacando novas perspetivas e abordagens historiográficas que têm emergido nas décadas mais recentes, nomeadamente à luz do fôlego criado pelas celebrações do Bicentenário da Independência. Em particular, o ST terá um foco temático nas dinâmicas de poder, sociedade e administração, no contexto de construção do estado brasileiro e da sua expressão no RN, ao longo dos oitocentos. As pesquisas a serem apresentadas explorarão aspetos como a estrutura administrativa, as relações de poder entre diferentes grupos sociais, e as transformações institucionais e políticas que marcaram a região durante o período. As recentes comemorações do bicentenário da Independência do Brasil abriram novas oportunidades para a reflexão crítica e a revisão historiográfica. Pesquisadores têm utilizado esta ocasião para reavaliar fontes históricas, questionar narrativas estabelecidas e propor novas interpretações que enriquecem nosso entendimento sobre o processo de independência e suas consequências. Este simpósio buscará promover um diálogo pedagógico com o intuito de estimular os estudos sobre a realidade geográfica do RN e a sua inserção nos contextos mais alargados do Nordeste e do Brasil em construção.
Os temas a abordar, incluem: 
- A Administração do Brasil Império no Rio Grande do Norte
- Dinâmicas Sociais e Relações de Poder
- Fontes e Metodologias
Ao criar um espaço para a apresentação de pesquisas de jovens pesquisadores, este simpósio visa não apenas celebrar os avanços recentes na disciplina, mas também incentivar a continuidade de investigações inovadoras que possam contribuir para um entendimento mais aprofundado e dialogante sobre a história do RN.


ST-05: HISTÓRIA DAS MULHERES E AS MULHERES NA HISTÓRIA: NOVOS DEBATES, NOVOS DESAFIOS
Coordenação: Me. Maiara Juliana Gonçalves (Esc. Agrícola-UFRN) | Me. Janaína Porto Sobreira (Esc. Agrícola-UFRN)

O presente simpósio temático tem como proposta reunir estudantes de graduação e de pós-graduação, professoras e professores e demais pesquisadoras (es) dedicadas aos estudos sobre mulheres, gênero e feminismos. Nosso intuito é promover um intercâmbio intelectual que envolvam a temática em torno de diferentes perspectivas sobre história das mulheres em suas variadas temporalidades e localidades. A partir da década de 1980, a emergência de uma epistemologia feminista proporcionou uma melhor compreensão das lutas e das trajetórias de indivíduos e de grupos atravessados por recortes de gênero, classe e raça, bem como das políticas públicas em busca da emancipação das mulheres. Esse novo cenário vem ganhando força em diversos campos fazendo necessária a promoção de um diálogo constante sobre as atuações das mulheres enquanto sujeitos políticos na construção de saberes e de teorias. Entendemos a história das mulheres não como apenas as histórias delas, mas também aquela do trabalho, da mídia, da educação, da imprensa, da literatura, do seu corpo, da sua sexualidade, da família, da criança, da violência (que sofreram e que praticaram), das suas lutas, do poder, das suas resistências, das suas conquistas, da sua trajetória de emancipação, dos feminismos, dos seus sentimentos, dos seus amores, de seu cotidiano, das políticas públicas, de seus múltiplos extratos sociais e das suas relações com os homens. Por isso, convidamos todas e todos interessados a compartilharem suas produções sobre o campo de pesquisa e debruçados sobre as mais variadas fontes históricas.


ST-06: PESQUISA EM HISTÓRIA – MEMÓRIAS, TRABALHADORES E MODOS DE VIDA
Coordenação: Me. Daniel Francisco da Silva (UFRGS)
Este Simpósio Temático pretende reunir pesquisadores que articulem suas pesquisas históricas, de modo a privilegiar o campo de atuação com ênfase na memória, nos trabalhadores e trabalhadoras desse país, enfocando na cultura e nos modos de vida desses sujeitos sociais. O Simpósio, igualmente, intenciona agrupar, investigações/estudos que dialoguem com as lutas por direitos sociais, direitos trabalhistas e com a democracia ao longo da história contemporânea brasileira. Nesse sentido, trata-se de um convite para refletir acerca dos desafios do ofício da profissão do historiador e das temáticas que a sociedade brasileira contemporânea nos impõe a debater, enquanto profissionais da história.


ST-07: AGÊNCIAS, TRAJETÓRIAS E PROTAGONISMOS INDÍGENAS NAS CAPITANIAS DO NORTE (SÉCULO XVII AO XIX)
Coordenação: Dr. Tyego Franklim da Silva (SEEC-RN) | Me. Pedro Pinheiro de Araújo Júnior (PPGH-UFRN)

O presente simpósio temático tem por objetivo reunir e discutir pesquisas que se proponham a analisar as mais diversas problemáticas envolvendo a agência, as trajetórias e os protagonismos indígenas nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil, no período que se estende do século XVII ao XIX. Acolheremos trabalhos que busquem estabelecer o indígena como elemento central de sua história, compreendendo-os como sujeitos determinantes nos processos de conquista e formação dos espaços coloniais. Serão bem-vindas pesquisas que abordem a agência indígena nos eventos bélicos dos séculos XVII e XVIII, a saber: a guerra contra os holandeses, o processo de Restauração das Capitanias do Norte; e as guerras de conquista dos sertões, sobretudo nos contextos das guerras contra Palmares e a chamada “Guerra dos Bárbaros”. Igualmente, trabalhos que discorrem sobre o protagonismo de indígenas na formação e administração dos aldeamentos e missões nos territórios sob jurisdição das Capitanias do Norte, incluindo trajetórias de vida de sujeitos indígenas (homens e mulheres) que atuaram de forma ativa na formação desses espaços coloniais. Serão aceitos, também, pesquisas que contemplem o período da vigência do Diretório dos Índios (1757), em relação aos conflitos fundiários e nas mudanças da legislação indigenista, ao trabalho compulsório, nas relações envolvendo os povos vilados com os diretores, colonos e os vigários das freguesias de índios e na atuação política e militar dos principais indígenas que ocupavam os cargos de oficiais das companhias das ordenanças dos índios e de oficiais camarários nos Senados da Câmara das vilas de índios até as primeiras décadas do século XIX. Ademais, na participação dos indígenas nas rebeliões e processos políticos como a Revolução de 1817, as Guerras da Independência do Brasil e na Confederação do Equador.


ST-08: FONTES PARA A HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA, INDÍGENA E INCLUSIVA
Coordenação: Dra. Tainá da Silva Bandeira (SME-Natal) | Me. Jammerson Yuri da Silva (PPGED-UFRN)

A História constitui campo fértil de múltiplas possibilidades para investigação científica. Nesse sentido, as pesquisas sob a ótica de tal campo apresentam a necessidade do trabalho com as fontes históricas, que por sua vez representam uma parte vital da operação historiográfica. Como afirma Barros (2020), não é possível falar cientificamente de história sem lançar mão de fontes históricas. Propomos simpósio temático com o objetivo de compreender o conceito de fontes e seus usos para a História com temáticas sobre diversidades (história afro-brasileira, indígena e inclusiva). Dessa maneira, no simpósio temático se encaixam pesquisas que investigam variadas fontes históricas disponíveis para a operação historiográfica. Tomamos como base os estudos de Barros (2020) e Bacellar (2006). Nossa proposta de simpósio temático tem como justificativa a relevância em fomentar pesquisas com temáticas das diversidades no campo da História, entendendo que o ofício do historiador é compreender as múltiplas possibilidades de objetos de estudo, assim como variadas fontes históricas, que por sua vez se materializam como parte central do processo da escrita acadêmica e historiográfica. Além disso, primar por pesquisas que direcionem as análises para as questões das Diversidades no que contribui nas reflexões dos desafios enfrentados pelos historiadores nas últimas décadas diante da preocupação em dar voz aos silenciados até então. Serão realizados diálogos envolvendo os pesquisadores que possibilitará construir um panorama de possíveis fontes para as pesquisas da história afro-brasileira, indígena e inclusiva, como expressão das diversidades. Esperamos com esse simpósio que os participantes encontrem subsídios para o trabalho com as fontes, bem como encontrem roteiros para o desenvolvimento do seu olhar crítico-reflexivo a respeito deste trabalho.


ST-09: HISTÓRIA PÚBLICA: COMO DIVULGAR HISTÓRIA?
Coordenação: Dr. Lenin Campos Soares (IHGRN | Natal das Antigas)

Desde a pandemia, a questão da divulgação do conhecimento científico se tornou centro do debate. A experiência demonstrou a distância que o público em geral estava do conhecimento produzido pela ciência e do entendimento de seu método. Isso ficou flagrante às ciências da natureza, mas também às humanidades. Em História, especificamente, os inúmeros negacionismos pipocaram entre o público, instigados por “influenciadores”, e seu combate se tornou um importante tema para os historiadores. O objetivo deste embate varia: a defesa do patrimônio histórico (“conhecer para proteger”), dos direitos humanos (especialmente da diversidade sexual e étnica) e da democracia. É necessário, portanto, repensar este fazer historiográfico dado as problemáticas impostas pelos meios escolhidos para divulgação e do próprio lugar do historiador neste métier. E, para isso, propomos o ST para congregar trabalhos quem estejam pensando sobre a divulgação do conhecimento histórico e seu método de pesquisa, passando pelo suporte no qual este trabalho se dá, desde os mais tradicionais como o livro didático, às atualíssimas redes sociais, focando sempre no lugar ocupado pelo profissional de História nesse processo.


ST-10: MESTIÇAGENS E ESCRAVIDÃO NO CONTEXTO COLONIAL E IMPERIAL DO BRASIL
Coordenação: Dr. Helder Alexandre Medeiros de Macedo (UFRN) | Me. Maiara Silva Araújo (UFRN)

Na História do Brasil, os debates sobre as mestiçagens e a escravidão não são recentes. Desde o século XIX, por exemplo, o fato de o nosso país ter sido um espaço construído a partir das mestiçagens entre indígenas, africanos e europeus, em específico, esteve em pauta. Nesse contexto, onde buscava-se entender quem era historicamente e socialmente o brasileiro, algumas instituições se destacaram, como o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil – IHGB, a Faculdade de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro e a Faculdade de Direito do Recife. Para Raimundo Nina Rodrigues, por exemplo, médico formado pela Faculdade de Medicina da Bahia, a mestiçagem era um problema de ordem biológica e social, que engendrava pessoas sem valor mental e com tendência à criminalidade. Nesse sentido, ao longo dos anos, as discussões sobre as mestiçagens, a escravidão e as pessoas não brancas foram ganhando novas abordagens, a partir de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas, como foi o caso do estudo de Gilberto Freyre, Casa Grande & Senzala, na década de 1930. Os anos de 1970 e 1980 foram de grandes avanços nos estudos sobre as temáticas citadas, onde, destacamos, a pesquisa da historiadora Silvia Hunold Lara sobre as vivências cotidianas dos escravizados e suas diferentes formas de resistência ao cativeiro. Partindo desse debate, o nosso simpósio tem como finalidade acolher trabalhos que discutam as temáticas das mestiçagens e da escravidão na história do nosso país. Estamos interessados, sobretudo, em pesquisas que problematizem trajetórias de vidas de pessoas não brancas, consideradas como mestiças, sejam estas escravizadas, libertas ou livres, no contexto colonial e imperial. Abordagens micro-históricas, quantitativas, qualitativas e seriais sobre as vivências cotidianas de pessoas identificadas nas fontes como mestiças (sob as qualidades, por exemplo, de pardos, mulatos, cabras, curibocas, mamelucos), dentro ou fora dos limites da escravidão, serão bem-vindas nesse ST.


ST-11: A CIDADE EM PERSPECTIVA: HISTÓRIAS, MEMÓRIAS E REPRESENTAÇÕES URBANAS NA CONTEMPORANEIDADE
Coordenação: Dr. Giovanni Roberto Protásio Bentes Filho (PPGH- UFRN) | Me. Álvaro Luis Lins de Paiva (PPGH- UFRN)

Lugar do encontro e da concentração de pessoas, das manifestações culturais, do trabalho, da produção, das trocas e dos fluxos de mercadorias, a cidade é uma realidade social dinâmica, complexa e multifacetada no tempo e no espaço. Feita de pedaços, de fragmentos, de partes desiguais, de trechos apagados, rasurados ou que jamais serão reconstituídos, ela é uma obra inacabada, um livro que não se deixa ler por completo, de modo que aqueles que buscaram lê-la ou apreendê-la de forma definitiva trilharam, fatalmente, o caminho do engano, do devaneio e da ilusão. Por essa razão, quando falamos em cidade, estamos, na verdade, nos referindo às suas representações, aos discursos, aos olhares, às percepções, isto é, às formas pelas quais os indivíduos, com suas práticas e valores, integrados em seus respectivos grupos sociais, experienciaram e produziram esse espaço. Em outras palavras, a cidade é uma forma que admite conteúdos variados e simultâneos; é o resultado de um emaranhado de experiências humanas, de desejos e de interesses – nem sempre convergentes – de seus produtores/consumidores. Assim, este simpósio pretende discutir a cidade como fenômeno histórico a partir de suas mais variadas dimensões, de modo que os trabalhos a serem propostos devem atentar para as negociações envolvidas no desenvolvimento, na organização e no processo de significação dos espaços urbanos, considerando as disputas de poder, as práticas políticas, culturais e simbólicas dos diferentes grupos sociais envolvidos na produção da cidade, bem como as memórias produzidas por esses agentes, as relações com o patrimônio material e imaterial, as formas públicas de expressão, as sociabilidades e as sensibilidades. Esperamos, portanto, que este simpósio se configure como um espaço aberto ao diálogo, à reflexão, bem como de troca de conhecimentos sobre novas abordagens e metodologias no tocante ao estudo da cidade e do urbano.


ST-12: VISÍVEIS VIDENTES - IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DAS MULHERES NA HISTÓRIA
Coordenação: Dra. Susana Guerra (UFRN) | Dra. Fabíola Alves (UFRN)

Como se construíram as representações das mulheres ao longo da história? Essas imagens sedimentadas das mulheres que pesam sobre cada um dos seus destinos individuais? Através de que dispositivos se instalaram essas ideias redutoras e homogeneizantes (a primeira escrita da mulher), em que medida as imagens alternativas produzidas pelas próprias mulheres (artistas) questionam, desconstroem e relançam o que é e significa ser mulher (a segunda escrita)? Este simpósio pretende confrontar o modo em que as mulheres foram e continuam a ser vistas, com uma pluralidade de imagens singulares que funcionam ao modo de auto-representação. Articulando disciplinas próximas mas distintas, como a historiografia, a história da arte, a cultura visual, os estudos de gênero, etc., vamos procurar problematizar as representações históricas patriarcais das mulheres, analisar os modos em que as imagens da arte feita por mulheres reconstroem, contestam e renovam as representações das mulheres, indagar os procedimentos singulares que as artistas põem em ação para opor-se ao preconceito de gênero e raça, pensar o cânone acidental das mulheres artistas negligenciadas, silenciadas ou esquecidas. Em resumo, o nosso propósito é articular uma perspetiva feminista da história que não apenas introduza novos objetos historiográficos mas que obrigue a uma transvaloração da historiografia como um todo.


ST-13: SERTÕES: IDENTIDADES E REPRESENTAÇÕES
Coordenação: Me. Francisco Leandro Duarte Pinheiro (IFRN) | Me. Júlio César Vieira de Alencar (IFRN)

No Brasil, a palavra “sertão” apresenta sentidos variados, remetendo a um feixe de imagens e agregando definições múltiplas que diversos agentes sociais edificaram ao longo do tempo. Algumas destas definições ficaram sedimentadas no imaginário coletivo: tendo sido elaboradas há mais de um século, continuam ecoando hoje como nota dominante de uma pretensa identidade sertaneja. Outras perderam força evocativa, sendo substituídas no transcurso do tempo. Desde o período colonial, a categoria sertão aparece em narrativas inscritas em suportes tão diversos quanto os documentos escritos (oficiais, literários, jornalísticos), imagéticos e cartográficos. São narrativas, quase sempre, de alteridade, que definem o sertão como o “outro”: do litoral, da cidade, da civilização. Instituem-se, assim, hierarquias espaciais que se relacionam fortemente com as dinâmicas de poder. Seja com os colonizadores portugueses, no quadro da formação do território colonial, seja com os técnicos e engenheiros, no contexto das intervenções de combate às secas empreendidas a partir do início do século XX, a questão do poder se apresenta de maneira flagrante, testemunhando que as identidades espaciais não constituem dados autoevidentes da realidade. Do mesmo modo, ao espaço do sertão corresponde um sujeito, igualmente inventado pelas representações que o definem como bárbaro, atrasado, selvagem. Representações que vão do indígena (ainda) não aldeado ao sertanejo contemporâneo. Este simpósio temático, portanto, se propõe a agregar trabalhos que desnaturalizam o imaginário sobre os sertões e os sertanejos, que historicizam suas representações, articulando-as tanto com os mecanismos de poder, quanto com a cultura e as dinâmicas sociais. Não há, aqui, restrições de recorte temporal, pois privilegiamos a delimitação de caráter temático, enfatizando os deslocamentos de significados ocorridos no interior da categoria “sertão”.


ST-14: HISTÓRIA, ESPAÇOS E DEMOGRAFIA HISTÓRICA: PROCESSOS DE TERRITORIALIZAÇÃO E ESTUDOS SOBRE POPULAÇÕES NO TERRITÓRIO DO BRASIL (SÉCULOS XVI-XIX)
Coordenação: Dra. Gracineide Pereira (UFRN) | Me. Mario Sélio Ferreira de Brito (UFRN)

Desde a primeira metade do século XVI, as terras do Brasil passaram por processos de ocupação e colonização oriundos de acordos, guerras, conflitos entre os portugueses e os povos indígenas, tendo como propósito a geração de riquezas e implantar o poderio da Coroa Portuguesa sobre esses espaços. Em todos os espaços - da costa aos Sertões - muitos sujeitos (portugueses, mestiços, indígenas e africanos escravizados) participaram, de forma direta ou indireta, implantando nesse território economias diversas ligadas à exploração, às plantações, à criação de animais e do comércio, dinamizando a vida das populações que chegaram com muitas outras que já viviam por essas terras. Nesse sentido, foram se originando demarcações denominadas de sítios, fazendas, currais de gado, arraiais, povoados, vilas e cidades. Nessa empreitada, junto à Coroa Portuguesa, esteve presente a Igreja Católica com a missão de expandir a fé pelos espaços do além-mar, catequizando os povos originários e administrando o território cristão representados pelos aldeamentos, as missões, as capelas, as igrejas e as circunscrições eclesiásticas das freguesias. Desta última, foi produzindo-se a principal fonte da Demografia Histórica, permitindo-nos investigar e conhecer as populações do passado através de informações assentadas nos registros paroquiais como os livros de Batismos, Casamentos e Óbitos. Destarte, é importante frisar que os processos de territorialização não ocorreram de forma pacífica e linear no decorrer dos séculos, mas sim, de particularidades administrativas e de interesses oriundos do Poder Real e de sujeitos que detinham cabedal, patentes militares, cargos administrativos ou estavam a serviço da Igreja Católica. Contudo, é evidente que não se pode desvincular o sujeito do espaço na apropriação e formação do território. Por isso, o presente simpósio tem como objetivo analisar e discutir estudos ligados ao processo de territorialização e aos estudos populacionais no território do Brasil entre os séculos XVI ao XIX. Isto posto, é de interesse deste simpósio, estudos que tratem da apropriação dos espaços concernente a formação territorial de povoados, de vilas, de territórios cristãos, ocupação das ribeiras, estudos de toponímia, estudo de cartografia, fontes e metodologias que contribuam para tal discussão. Além destes, estudos sobre as variáveis demográficas (natalidade, nupcialidade, mortalidade e migrações), bem como, os estudos sobre ilegítimos e outras investigações que utilizem como fonte principal, os registros paroquiais. Desse modo, pretendemos ampliar as discussões sobre a apropriação dos espaços e estudos populacionais, proporcionando discussões, olhares e perspectivas sobre a organização espacial e social do território do Brasil, somados aos desafios encontrados pelos historiadores(as) no desenvolvimento de suas pesquisas.


ST-15: ANTROPOCENO E HISTORIOGRAFIA: MUDANÇAS CLIMÁTICAS, HISTÓRIA AMBIENTAL E NOVAS PERSPECTIVAS HISTORIOGRÁFICAS
Coordenação: Dra. Paula Rejane Fernandes (UFRN) | Me. Dikson de Almeida Freire (UERN)

Tendo em vista as recentes discussões a respeito do Antropoceno, isto é, a época em que os humanos adquiriram capacidade de alterar as condições físicas, químicas e biológicas do planeta e se transformaram na principal força geológica em atuação (Freyesleben, 2022). Este simpósio temático visa reunir trabalhos com a finalidade de discutir as narrativas construídas a respeito das mudanças climáticas, os humanos como agentes geológicos, os impactos ambientais, relação do humano com  a natureza. Somado a isto, buscamos compreender as demandas decorrentes da proposição do antropoceno como uma nova época geológica, e quais demandas são trazidas por isso nas construções dos tempos históricos, sobretudo a partir das provocações feitas pelo historiador Rodrigo Turin (2023). Pensar a respeito de tais questões contribuirá para inserir o trabalho do historiador dentro do campo das Ciências do Sistema Terra e, com isto, possa contribuir para a produção de representações e de futuros possíveis.


ST-16: IMPÉRIOS IBÉRICOS NO ANTIGO REGIME: DINÂMICAS ADMINISTRATIVAS, POLÍTICAS, MILITARES, RELIGIOSAS, AGRÁRIAS E SOCIAIS
Coordenação
: Dra. Ana Lunara da Silva Morais (UFCG) | Dr. Leonardo Cândido Rolim (UERN)

Este simpósio temático tem o objetivo de congregar pesquisadoras e pesquisadores interessados(as) em expor resultados parciais e finais de seus estudos sobre as dinâmicas administrativa, política, militar, religiosa, agrária e social nos impérios espanhol e português na Época Moderna. Pretende-se discutir também metodologias de pesquisa que atentem para os sujeitos históricos produtores e partícipes de redes sociais envoltas pelas práticas políticas do Antigo Regime e as delineações de novos espaços de atuação destes sujeitos, caracterizados pelas singularidades que passaram a emergir a partir das expansões ultramarinas e das conquistas. Chamam atenção na atualidade os estudos que analisam as estratégias de articulação política e administrativa dos espaços tomados, da ação dos indivíduos nos modos de governar ou, ainda, no exercício político dos valores religiosos no cotidiano das sociedades ibéricas e coloniais. O fazer-se nobre nos espaços ibéricos propicia análises das dinâmicas socioculturais e da formação de lugares de poder capazes de dialogar ativamente com os reinos europeus. O governo dos povos e as práticas sociais e econômicas das populações coloniais permitem problematizar relações, muitas vezes tensionadas, entre a administração colonial e os agentes da colonização em seus diversos segmentos. As naturezas pluricontinental e compósita, respectivamente, das monarquias portuguesa e espanhola estimulam investigações que merecem maior atenção e, inclusive, possibilidades de intersecções conceituais sobre as práticas políticas e administrativas exercidas nas fímbrias dos impérios, em especial, nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil, alvo de muitas investigações na atualidade. Portanto, busca-se discutir temáticas relevantes e suas perspectivas de pesquisa nos impérios ultramarinos ibéricos durante o Antigo Regime, abrangendo diferentes aspectos da sociedade, da cultura, da política e da economia e a variedade de agentes sociais envolvidos.


ST-17: O USO DO PATRIMÔNIO CULTURAL, O ENSINO DE HISTÓRIA E OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO:  ENTRE A SALA DE AULA E OS LUGARES NÃO FORMAIS DE APRENDIZAGEM
Coordenação: Dr. Almir Félix Batista de Oliveira (PPGTUR-UFRN)

O simpósio temático ora apresentada à Comissão Organizadora do X ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA por objetivo congregar trabalhos que discutam o uso do Patrimônio Cultural nas suas perspectivas material (tangível) e imaterial (intangível), nos lugares formais de aprendizagem (a sala de aula) e nos lugares não formais (a exemplo dos lugares de memória), ambos como locus privilegiados para se refletir sobre o oficio dos profissionais da História na formação dos educandos, contribuindo nos papeis que serão desempenhados por estes para a defesa e proteção do patrimônio cultural. Estas discussões propostas mostram a vitalidade desse campo de pesquisa. Esta área do saber tem uma enorme importância nas discussões referentes a temática do Ensino de História tomando como exemplo trabalhos que se utilizam da Educação Patrimonial, dos Estudos de Meio, da metodologia da Aula-Oficina, de novas práticas como a do Turismo Pedagógico/Educacional, entre outros. Nas duas décadas finais do século passado e nos dois decênios desse século se observa um intenso desenvolvimento das estratégias educativas referenciadas nos diversos níveis da Educação Básica bem como a reflexão sobre elas nas graduações de História e em pós-graduações, a exemplo do PROFHISTÓRIA e dos mestrados e doutorados acadêmicos. Serão aceitos também trabalhos produzidos em outras áreas correlatas a História e que tomam o Patrimônio Cultural como objeto de estudo e de aprendizagem. Com tudo isso considero essencial a abertura desse espaço para o compartilhamento de saberes.


ST-18: TEORIA DA HISTÓRIA E HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA: TEMAS, PROBLEMAS E MÉTODOS
Coordenação: Dra. Fabíula Sevilha (UFRN) | Dr. Bruno Balbino (IFRN)

Seguindo a tradição do GT Teoria da História da ANPUH/RN, este Simpósio Temático busca reunir pesquisadores e pesquisadoras dedicados ao estudo da Teoria da História e da História da Historiografia em suas variadas matizes e diálogos interdisciplinares. São bem-vindos trabalhos que explorem questões epistemológicas, filosóficas e conceituais da escrita da História e do ofício do historiador e da historiadora. Muito especialmente, esperamos pesquisas que tratem de conceitos como tempo, memória, narrativa, espaço; que abordem as dimensões públicas e de gênero da construção do conhecimento histórico, as novas perspectivas sobre síntese histórica e história global, e os debates sobre descolonização epistemológica no século XXI.