RELAÇÃO GERAL
NA SEQUÊNCIA, AS INFORMAÇÕES SOBRE CADA MINICURSO
- MINICURSO 1 - "A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA LITERATURA LATINO-AMERICANA CONTEMPORÂNEA";
- MINICURSO 2 - "CRIATIVIDADE DIGITAL: TÉCNICAS DE IA PARA ESCRITORES";
MINICURSO 3 - "FABULAÇÕES AMAZÔNICAS: DIÁLOGOS COM MEMÓRIAS E NARRATIVAS ORAIS" - INDISPONÍVEL
- MINICURSO 4 - "CONHECENDO OS ENUNCIADOS ADERENTES";
- MINICURSO 5 - "FIGURAÇÕES DE PERSONAGENS MONSTRUOSAS: A LITERATURA DE AUTORIA FEMININA LATINO-AMERICANA DO SÉCULO XXI";
- MINICURSO 6 - "ÉMILE ZOLA E L’AFFAIRE DREYFUS: LITERATURA E JORNALISMO";
- MINICURSO 7 - "A MEMÓRIA E IDENTIDADE NA LITERATURA ESTRANGEIRA";
- MINICURSO 8 - "A FRAGMENTAÇÃO DO HORROR NOS K-DRAMAS";
- MINICURSO 9 - "UMA AUTORA INTERSECCIONAL: GÊNERO, RAÇA E CLASSE NA TRAJETÓRIA DE MARIA FIRMINA DOS REIS";
- MINICURSO 10 - "INTRODUÇÃO À LITERATURA SUÍÇA ROMANDE".
- MINICURSO 11 - "ANÁLISE DO DISCURSO DE BASE ENUNCIATIVA (DOMINIQUE MAINGUENEAU): O QUE É E COMO SE FAZ"
- MINICURSO 12 - "SERTÃO E TERRITÓRIO: UMA ANÁLISE SOBRE A CONSTRUÇÃO DO SERTÃO NA LITERATURA DE RONALDO CORREIA DE BRITO";
- MINICURSO 13 - "A VELHICE FEMININA FICCIONALIZADA NA LITERATURA BRASILEIRA PRODUZIDA POR MULHERES: PERCURSOS E DIÁLOGOS"
- MINICURSO 14 - "POR UMA TEORIA NEUROCIENTÍFICA DA LEITURA DA FICÇÃO";
- MINICURSO 15 - "INSTÂNCIAS DO ETHOS E DA AUTORIA: ANALISANDO A IDENTIDADE SOCIODISCURSIVA DOS RACIONAIS MC´S";
- MINICURSO 16 - DIALOGISMO E LITERATURA;
- MINICURSO 17 - ESCRITORAS MARGINALIZADAS: POR UM RESGASTE DAS MULHERES MARANHENSES NA LITERATURA;
- MINICURSO 18 - FORMAÇÃO E SABERES DOCENTES: SOBRE ENSINAR E APRENDER COM O OUTRO.
MINICURSO 1 - "A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA LITERATURA LATINO-AMERICANA CONTEMPORÂNEA"
Ministrante: Carolina Montebelo Barcelos
Pós-doutoranda - Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
Bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO, mestre em Estudos de Literatura e doutora em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, ambos pela PUC-Rio. Tem artigos e capítulos de livros publicados em Literatura e Teatro, áreas em que também atua como parecerista ad hoc. Em 2024 inicia Pós-doutorado na UERJ com projeto intitulado "A representação da violência contra a mulher na literatura brasileira e argentina contemporânea".
O minicurso tem como objetivo discutir as representações de violência contra a mulher na literatura latino-americana. Para fins de recorte, serão consideradas produções literárias deste século XXI do Brasil e da Argentina. Tais países, segundo dados de 2021 do Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe, lideram, junto com o México, o ranking de violência de gênero na América Latina, incluindo o feminicídio. Destarte, a importância de um debate acadêmico acerca do tema em nossa literatura. Em um primeiro momento serão abordadas as considerações sobre a violência contra a mulher levadas a cabo pela antropóloga mexicana Marcela Lagarde y de Los Ríos, pela também antropóloga argentina Rita Laura Segato, pela teórica feminista sul-africana Diana Russell e, em uma perspectiva interseccional, pela socióloga e filósofa brasileira Lélia Gonzalez. Neste diapasão será apresentada a análise do feminicídio a partir das referidas teóricas. Em um segundo momento, para fins de uma visada panorâmica, será exposta uma variedade de obras que abordam a temática do curso, como aquelas escritas pelas brasileiras Conceição Evaristo e Patrícia Melo e pelas argentinas Selva Almada e Gabriela Cabezón Cámara. De acordo com o interesse dos ouvintes, serão escolhidas duas obras para uma análise e um debate mais aprofundado. Por fim, à guisa de fechamento do minicurso, serão apresentadas, em um sentido expandido de texto, outras reverberações da violência contra a mulher na música e nas artes visuais dos países latino-americanos cotejados.
Palavras-chave: Literatura contemporânea; Brasil; Argentina; violência contra a mulher; feminicídio.
Eixo Temático 5: Estudos de Literatura Comparada.
MINICURSO 2 - "CRIATIVIDADE DIGITAL: TÉCNICAS DE IA PARA ESCRITORES"
Ministrante: Lucas Soboleswki Flores
Doutorando - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Profissional e acadêmico com formação em Comunicação Social - Relações Públicas (UCS) e Letras - Português (Uniasselvi). Tem mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade (UCS). Atualmente está cursando doutorado em Letras (UFRGS). Sua atuação profissional se concentra em relações públicas, com foco em estratégias de marketing de conteúdo, enquanto no meio acadêmico, desempenha o papel de professor e desenvolvedor de materiais didáticos para cursos de Comunicação e Letras, nas instituições Unialfa, Uniasselvi e UniCV. Em sua pesquisa de doutorado explora o uso da Inteligência Artificial na produção literária, evidenciando seu interesse em como a tecnologia pode influenciar a criação artística e literária.
O minicurso "Criatividade digital: técnicas de IA para escritores" é uma jornada imersiva projetada para estudantes, escritores, editores e entusiastas literários que desejam explorar o potencial da Inteligência Artificial (IA) na arte da escrita. O programa combina teoria e prática para desvendar as possibilidades criativas oferecidas pelas tecnologias de machine learning, capacitando os participantes a integrar ferramentas de IA em seus processos criativos. Ao longo do curso, os participantes serão introduzidos aos fundamentos da IA e do machine learning, com ênfase especial na aplicação dessas tecnologias no campo da produção literária. Eles aprenderão a compreender os mecanismos por trás das plataformas de IA, incluindo como essas tecnologias podem ser treinadas para compreender e imitar estilos literários variados. O minicurso é estruturado em tópicos que guiam os participantes em cada etapa do processo de criação assistida por IA. Inicia-se com uma introdução aos conceitos básicos de IA e machine learning, seguido por sessões práticas sobre a coleta e preparação de dados para treinar modelos de IA. Com foco especial no desenvolvimento de prompts eficazes, os participantes aprenderão técnicas para instruir as plataformas de IA a gerar textos que se alinhem com objetivos literários específicos, permitindo a criação de obras originais e inovadoras. Além disso, o curso abordará brevemente questões éticas e criativas relacionadas ao uso da IA na literatura, incentivando um diálogo sobre a autoria e a originalidade na era digital. Os participantes terão a oportunidade de trabalhar em projetos próprios, aplicando o conhecimento adquirido para treinar suas plataformas de IA e desenvolver peças literárias únicas.
Palavras-chave: Inteligência Artificial; IA; Escrita Criativa; Literatura Híbrida; Produção Literária.
Eixo Temático 7: Estudos de Literatura, Artes e Mídias.
MINICURSO 4 - "CONHECENDO OS ENUNCIADOS ADERENTES"
Ministrante: Maria das Dores Nogueira Mendes
Professora Doutora - Universidade Federal do Ceará - UFC
Professora Adjunta do Departamento de Letras Vernáculas (DLV) e do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL), ambos da Universidade Federal do Ceará. Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual do Ceará (2001), especialização em Linguística e ensino do Português (2005), mestrado (2007) e doutorado (2013) em Linguística pela Universidade Federal do Ceará. Em 2021, concluiu o estágio Pós-Doutoral na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). É líder do Grupo de Pesquisa Discurso, Cotidiano e Práticas Culturais (DISCUTA). Atua na área de Língua Portuguesa, com ênfase em Linguística e Análise do Discurso e desenvolve pesquisa sobre o investimento vocal na música popular brasileira, sobretudo, na cearense e em canções para crianças.
Ministrante: José Wesley Vieira Matos
Doutorando - Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT
Doutorando em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal do Mato Grosso. Mestre em Linguística e graduado do Curso de Letras Português-Espanhol pela Universidade Federal do Ceará. É integrante do Grupo de pesquisa Discurso, cotidiano e práticas culturais - Grupo Discuta (UFC) e do Núcleo de Estudos em Análise do Discurso e Ethos - NEADE (UNIR). Tem interesse nos temas: enunciados aderentes, metodologia científica e canções.
Este minicurso, de caráter introdutório, tem o objetivo de apresentar e divulgar uma das propostas mais recentes da Análise do Discurso de base enunciativa desenvolvida por Dominique Maingueneau, os enunciados aderentes. Para isso, por meio de aulas expositivo-interativas, dividiremos os assuntos em três momentos/encontros: (i) Bases epistemológicas da perspectiva de Maingueneau – apresentação e reflexão sobre os pressupostos que fundamentam as propostas do autor, tais como discurso, enunciação e gênero, destacando sua percepção heterogênea da discursividade; (ii) Definição e conceitos dos enunciados aderentes – discussão sobre a definição desse tipo de enunciado e sobre os conceitos propostos para analisá-lo, tais como sustentações institucional e ideológica, além da relação destes com outros conceitos do autor, como o ethos discursivo; (iii) Aplicações em múltiplos objetos – exercícios de análise em diferentes objetos (embalagens, tatuagens, roupas, veículos, animais) sob o prisma da aderência, demonstrando o amplo potencial da teoria. Além dos textos do autor francês (Maingueneau, 2020a, 2020b, 2021, 2022), apresentaremos também outros materiais bibliográficos produzidos que desenvolvem essa perspectiva (Freitas e Boaventura, 2022; Matos e Mendes, 2023; Matos, 2023). Ao final do minicurso, esperamos, de forma mais imediata, que os participantes tenham compreendido no que consiste essa nova proposta e tenham orientações básicas para a análise; já de forma abrangente, que entendam o movimento de expansão dos horizontes da Análise do Discurso, o que transforma os olhares sobre os fenômenos, como o elo entre as palavras e as coisas do mundo.
Palavras-chave: Enunciados aderentes, Análise do discurso, Dominique Maingueneau.
Eixo Temático 12: Estudos de Análise do Discurso
MINICURSO 5 - "FIGURAÇÕES DE PERSONAGENS MONSTRUOSAS: A LITERATURA DE AUTORIA FEMININA LATINO-AMERICANA DO SÉCULO XXI"
Ministrante: Fabianna Simão Bellizzi Carneiro
Professora Doutora - Universidade Federal do Catalão - UFCAT
Pós-Doutoranda em Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia. Integra o Corpo Docente do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Federal de Catalão, como Professora de Literatura, Leitura e Ensino. É membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem/UFCAT. É integrante do grupo Estudos do Gótico (CNPq) e pesquisadora do GT ANPOLL -Vertentes do Insólito Ficcional. Suas pesquisas têm ênfase em Estudos Literários, Literatura Comparada, Literatura Fantástica, Literatura Gótica, através de temas como: Literatura e alteridade, Identidade e Cultura, Crítica Feminista, Crítica Psicanalítica.
No ocaso do século XVIII, surgiram romances de escritoras como Ann Radcliffe (1764-1823); Jane Austen (1775-1817); Mary Shelley (1797-1851) que trouxeram uma galeria de personagens mimetizando (pelas vias do insólito, do espectral e do horror) o medo e o terror próprios de uma sociedade afeita aos preceitos patriarcais. Não somente mocinhas e heroínas, essas autoras construíram personagens perspicazes que assinalaram a submissão e repressão patriarcal ao confrontarem pais, maridos vis ou até mesmo um monge. Quase três séculos após, atestamos um tipo de produção ligada ao horror, de autoria feminina e na América de Sul, que guardadas as devidas especificidades tangencia a tradição gótica de autoria feminina europeia, muito embora nossos medos sejam de outra ordem. Se antes as mulheres eram submetidas a um pai ou marido tirano, hoje também são submetidas a duplas ou triplas jornadas de trabalho, chefes abusivos, incertezas de ordem financeira, remuneração desigual. Embora existam leis, as mulheres continuam recalcando incertezas e mal-estar perante um mundo que ainda as subjuga e as violenta. Conforme bem nos assevera a escritora argentina Samanta Schweblin, em entrevista concedida a Cristhiano Aguiar (2022, s/p): “normalizamos grande parte disso tudo. Do que mais escreveríamos senão a partir do insólito e do horror?”. Este minicurso, portanto, objetiva uma leitura crítico-analítica da produção literária das escritoras: Camila Fernandes; no Brasil, Mariana Enríquez; na Argentina e a equatoriana Maria Fernanda Ampuero, de forma a atestarmos como as figurações das personagens “monstruosas” metaforizam questões de fórum psicoemocional que assolam muitas mulheres na América do Sul e que tendem a se fixar de maneira ainda mais pungente ao longo das décadas do século XXI. A metodologia pauta-se na leitura de contos selecionados, bem como no diálogo interdisciplinar entre o corpus e a questão feminina nas sociedades atuais, através de textos de Gerda Lerner (2019); Amanda Pérez Montañés (2018); Heleieth Saffioti (2013). Também serão lidas pesquisas que teorizam sobre a literatura de horror, em especial o texto de Noël Carroll (1999) e David Roas (2014).
Palavras-chave: Literatura de horror; literatura latino-americana; gênero; violência.
Eixo Temático 4: Estudos do Insólito Ficcional
MINICURSO 6 - "ÉMILE ZOLA E L’AFFAIRE DREYFUS: LITERATURA E JORNALISMO"
Ministrante: Maria Inês Canedo Arigoni
Doutora - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Maria Inês Canedo Arigoni possui bacharelado em Comunicação Social e licenciatura em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Concluiu seu doutorado em Letras, área de concentração: Estudos de Literatura, no Programa de Pós-graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Como pesquisadora de estudos literários investiga especificamente as relações entre a literatura e a imprensa francesa do século XIX. Como jornalista desempenhou atividades de assessoria de comunicação por 15 anos para diversas empresas públicas e privadas.
O minicurso proposto inclina-se sobre o Episódio Dreyfus e seus vínculos com as escritas jornalística e literária. Analisa-se o engajamento de Émile Zola na luta pela absolvição do oficial judeu Alfred Dreyfus condenado por crime de alta traição na França, no final dos mil oitocentos. Um episódio que cindiu o país e levantou temas sensíveis para a sociedade, dividindo a imprensa a favor e contra o oficial, o que resultou nos movimentos Dreyfusista e Antidreyfusista. O objetivo é refletir e resgatar elementos históricos que colaboraram para a construção do ambiente político, literário e jornalístico do período. Pretende-se, assim, destacar os temas antissemitismo, nacionalismo, Monarquia Constitucional, República, Igreja, Estado e democracia que estiveram associados à conjuntura política e social da Terceira República francesa, relacionando-os ao Episódio Dreyfus. Também se pretende apresentar a estratégia midiática de autor na luta pela inocência do oficial, analisando os artigos jornalísticos de Zola especialmente J'accuse...! (ZOLA, 1999). Além disso, evidenciar as conexões entre a imprensa (dreyfusista e antidreyfusistas) e a opinião pública. Por fim, discutir as transposições literárias do L’affaire Dreyfus para ficção, sobretudo, para a obra Vérité de É. Zola sem deixar de mencionar Anatole France, Octave Mirbeau e Charles Péguy. A discussão será apoiada por textos organizados, teóricos e literários, a fim de explorar os elementos que conferiram relevância histórica e literária ao L’affaire Dreyfus, a citar: La civilisation du journal - Histoire culturelle et littéraire de la presse française au XIXe siècle (KALIFA et al., 2011), Presse et plumes – Journalisme et littérature au XIX siècle (THÉRENTY & VAILLANT, 2004) e La littérature au quotidien (THÉRENTY, 2007), Opinião Pública (LIPPMANN, 2008); L’affaire Dreyfus et la presse (BOUSSET, 1960); Émile Zola: De J'accuse au Panthéon (Pagès, 2008), L’affaire Dreyfus et l’opinion publique en France et à l’étranger (DENIS, LANGRÉE, & VEILLARD, 1995), Origens do totalitarismo (ARENDT, 2016), L'affaire Dreyfus, Les quatre évangiles d"Émile Zola (COSSET, 1990).
Palavras-chave: Dreyfus. Zola. Literatura. Jornalismo.
Eixo Temático 6: Estudos de Literatura, Memória e História
MINICURSO 7 - "A MEMÓRIA E IDENTIDADE NA LITERATURA ESTRANGEIRA"
Ministrante: Mariana Soletti da Silva
Mestra - Pontifícia Universidade Católitca do Rio Grande do Sul - PUCRS
Formada em Jornalismo, Letras-Inglês e Letras-Português pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, onde finalizou o seu Mestrado em Teoria da Literatura (Bolsista Capes I) e realiza seu doutorado na mesma área. Pesquisa literatura em língua inglesa e as reverberações da memória e identidade no que chama de literatura anglo-brasileira, escrita por imigrantes brasileiros de primeira e segunda geração no Reino Unido. No momento, com a Profa. Dra. Regina Kohlrausch, coordena o Grupo de Estudos em Literatura Inglesa vinculado à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (CnPq).
Este minicurso pretende explorar conceitos de identidade e memória atrelados à literatura a partir dos Estudos Culturais e da tentativa de hermenêutica de Paul Ricoeur. Seu objetivo é democratizar os conceitos de memória e identidade, juntos, através da literatura estrangeira, a fim de que se perceba a pertinência dos dois aspectos para o entendimento das obras. O curso abrangerá uma discussão profunda do conceito de identidade, para que se relacione com a memória e a história através de romances da literatura inglesa como “The Invention of Solitude”, de Paul Auster e “Stubborn Archivist” (2019) de Yara Rodrigues-Fowler, bem como através do romance “La Place” (2017), de Annie Ernaux. Primeiro, a discussão será feita a partir dos conceitos de identidade pessoal e coletiva, juntamente à memória, com o auxílio de autores como Stuart Hall (2004, 2016, 2021) e Joel Candau (2016), entre outros teóricos. Depois, realizaremos uma intersecção com o conceito de identidade narrativa de Paul Ricoeur (1991, 2012a, 2012b, 2012c), que se relaciona à memória e ao tempo tal como veremos nas obras ficcionais. Espera-se que seja demonstrada a importância vital dos dois conceitos para a formação de romances não só autobiográficos, como são, mas também para obras que, em geral, tratam da interpretação de si-mesmo, seguindo a concepção de identidade narrativa proposta pela teoria ricoeuriana.
Palavras-chave: Memória; Identidade; Identidade Narrativa; Literatura Estrangeira.
Eixo Temático 6: Estudos de Literatura, Memória e História
MINICURSO 8 - "A FRAGMENTAÇÃO DO HORROR NOS K-DRAMAS"
Ministrante: José Antonio Moraes Costa
Mestre - Universidade Federal do Maranhão - UFMA / Grupo de Pesquisa Ficção Científica, Gêneros Pós-modernos e Representações Artísticas na Era Digital - FICÇA
Mestre em Letras, na linha Estudos Críticos e Teóricos em Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFMA); Metodologias Ativas, Aprendizagem Exponencial e Internacionalização pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) Graduado em Letras - Português/Inglês e Literaturas brasileira, portuguesa e inglesa pela UFMA (2013). Experiência na área de docência, especificamente, como professor de línguas materna, estrangeira e literaturas de língua portuguesa, brasileira e inglesa. Na área literária, estuda e pesquisa sobre as relações entre Literatura e Cinema, Literatura Fantástica, Literaturas de Horror e Terror, Fantasia e suas vertentes, Literatura Gótica, Insólito ficcional e Ficção Especulativa. Educação: Elaboração de Projetos Educacionais com base em metodologias ativas e aprendizagem exponencial para a educação básica. É integrante do grupo de pesquisa FICÇA: Ficção Científica, Gêneros Pós-Modernos e Representações Artísticas na Era Digital (CNPq - UFMA). Participa do Grupo de Estudo do Fantástico da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Atualmente, professor de Língua Portuguesa na Secretaria de Educação de São Luís e Grupo Dom Bosco - São Luís - MA.
A nomenclatura K-Drama, abreviação de Korean Drama, foi criado para designar um tipo de programa de televisão sul-coreano que se utiliza de roteiros para ser apresentado como série regular. O termo “Drama” provém da palavra em coreano “deurama” cujo significado, por sua vez, vem do grego drama (“peça”, “ação”, “feito”), um derivado do verbo dran (“fazer”, “realizar”, “representar”). Há algumas décadas, produtos midiáticos do mundo asiático começaram a entrar timidamente no Ocidente. Recentemente, os produtos audiovisuais do universo coreano invadiram as plataformas de streaming oportunizando novas configurações para os estudos de horror. Nesse sentido, importa destacar que esses enredos apresentam importantes matizes da literatura de horror, algumas sob a ótica do sobrenatural como fonte constituinte, outras sinalizam uma série de componentes subversivos que provocam a desestabilização da realidade no enredo, conforme arrazoa David Roas em A ameaça do Fantástico (2016). Além disso, há uma série de produções circundadas por uma diversidade de medos, monstros morais, comportamentos estranhos e abjetos alimentados pelo mundo globalizado e tecnológico da sociedade pós-moderna, conforme disserta Júlia Kristeva em Estrangeiros para nós mesmos (1994) e como ratifica Noel Carroll em Paradoxos do horror (1999). Diante dessas proposições, entende-se que os k-dramas possibilitam importantes debates sobre os processos criativos de composição do horror no mundo oriental. Assim sendo, o presente minicurso almeja discutir as fragmentações do horror nos dramas coreanos a partir do sobrenatural, do medo, das monstruosidades e do abjeto. Metodologicamente, realiza-se um percurso investigativo de cunho qualitativo, pois analisa-se o processo de estruturação e composição desses textos audiovisuais, a partir de teorias já consolidadas pelo campo das narrativas de horror. Para tanto, utilizaremos os estudos ocidentais defendidos por Roas (2014), Kristeva (2016) e Caroll (1999). A partir deste minicurso, espera-se oportunizar novos olhares para as produções que se deslocam do universo hollywoodiano e sinalizam outros caminhos de compreensão de narrativas especulativas.
Palavras-chave: Horror; Narrativas audiovisuais; K-dramas.
Eixo Temático 11: Estudos Culturais, Pós-Coloniais e do Orientalismo
MINICURSO 9 - "UMA AUTORA INTERSECCIONAL: GÊNERO, RAÇA E CLASSE NA TRAJETÓRIA DE MARIA FIRMINA DOS REIS"
Ministrante: Mainara de Freitas Galvão
Doutoranda - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Formada em Letras Literaturas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ, especialista em Educação das Relações étnico-raciais pelo Colégio Pedro II, mestra em Literatura brasileira pela UERJ, e, atualmente, doutoranda em Teoria da Literatura pela UERJ.
O minicurso terá como intuito analisar o romance Úrsula (1859), da escritora e professora Maria Firmina dos Reis, a partir de uma abordagem interseccional. A autora viveu boa parte de sua vida em Guimarães, Maranhão. Foi uma das precursoras da literatura brasileira e uma das primeiras intelectuais negras do Brasil. A autora fundou uma das primeiras escolas mistas brasileiras e é reconhecida como uma das pioneiras na denúncia do regime escravocrata, por meio de Úrsula, que foi publicado pela Tipografia do Progresso. Agenor Gomes faz uma pesquisa minuciosa acerca do contexto no qual Maria Firmina dos Reis estava inserida. Assim, torna-se relevante analisar o percurso de uma escritora, filha de uma mulher ex-escravizada letrada, Leonor Felippa dos Reis, além de sua avó, Engrácia, uma mulher escravizada. Podemos observar que, para além do influente filólogo Francisco Sotero dos Reis, primo de Maria Firmina dos Reis, a autora descendia de escravizados. Podemos observar que, embora parte da família de Maria Firmina dos Reis fosse letrada no período oitocentista, foram inúmeras as dificuldades que se apresentaram no percurso literário da autora. Desse modo, podemos levantar algumas hipóteses: como Maria Firmina conseguiu publicar seu romance inaugural e seus textos posteriores? Quais eram os interesses de Maria Firmina ao publicar uma obra que abordasse a situação de negros e mulheres no período oitocentista? Como era estabelecida a relação de poder entre o Estado e a imprensa maranhense? É sabido que o mundo literário oitocentista reproduzia o modelo da sociedade patriarcal e escravocrata, dessa forma estabelecendo mecanismos de silenciamento e opressão para a produção literária feminina. Para analisar os espaços de poder negados a Maria Firmina, podemos evocar o conceito de interseccionalidade para uma compreensão mais precisa sobre como ocorreu o processo de apagamento da autora. Segundo Patrícia Hill Collins e Sirma Bilges, no livro Intersecionalidade, publicado em 2016, a intersecção é uma abordagem teórica que investiga as maneiras correlacionadas pelas quais diferentes sistemas de opressão, como raça, gênero, classe social, sexualidade e outros, se sobrepõem e se influenciam reciprocamente na vida dos sujeitos.
Palavras-chave: literatura brasileira; autoria feminina; literatura negro-brasileira.
Eixo Temático 8: Estudos de Literatura Marginal, Feminista ou Afrobrasileira
MINICURSO - 10 "INTRODUÇÃO À LITERATURA SUÍÇA ROMANDE"
Ministrante: Paola Karyne Azevedo Jochimsen
Doutoranda - Universidade de Coimbra - UC
Doutoranda em Filosofia pela Universidade de Coimbra (Portugal), concentra sua pesquisa em Literatura periférica brasileira e sua relação com a desconstrução de Jacques Derrida. Master of Arts (M. A.) - Romanistik pela Albert-Ludwigs-Universität Freiburg (Alemanha) e graduação em Francês pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), seus interesses abrangem Estudos pós/decoloniais, Literatura Brasileira e Latino-Americana, Estudos Francófonos e Escrita Feminina, especialmente de autoras suíças de expressão francesa, além de atuar como parecerista ad hoc.
Ministrante: Larissa Maria Ferreira da Silva Rodrigues
Doutora - Universidade Federal do Piauí - UFPI
Possui graduação em Letras-Português/Francês, Mestrado e Doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com linha de pesquisa na área da Linguística Aplicada. Foi bolsista de excelência na Universidade de Genebra (Suíça), durante o doutorado-sanduíche. Trabalha nas áreas de ensino e aprendizagem de línguas e formação inicial de professores de línguas. É integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada (GEPLA) da UFC. É Professora do curso de Letras - Português e Francês, na Universidade Federal do Piauí (UFPI), a frente de disciplinas de Estágio (teórico, de observação e de regência) em Língua Portuguesa e em Língua Francesa e de Metodologia do ensino de Língua Portuguesa e Literatura e do curso de Pedagogia, com as disciplinas de Didática da Língua Portuguesa e Leitura Literária na Escola no curso de Pedagogia. É professora colaboradora do PROFLETRAS/UFC.
O minicurso "Introdução à Literatura Suíça Romande" visa iluminar a posição singular da literatura da Suíça Romande, frequentemente ofuscada pela predominância da literatura de língua alemã na Suíça. Apesar de muitas vezes ser considerada secundária dentro do espectro das literaturas de expressão francesa, a literatura suíça romande oferece um campo fértil para explorar as contribuições das narrativas regionais ao diálogo cultural e literário mais amplo. Este curso propõe-se a explorar a diversidade e a singularidade dessa literatura, abrangendo desde a literatura religiosa, com suas vertentes católica e protestante, até a influente filosofia política. Uma atenção especial será dedicada à emergente literatura feminina no século XVIII, representada por figuras pioneiras como de Isabelle de Charrière, Isabelle de Montolieu e Isabelle Gélieu, ao trabalho precursor de Rodolphe Töpffer nos quadrinhos modernos, e à rica tradição da literatura de viagem, ilustrada por autores como Charles-Albert Cingria, Nicolas Bouvier e Ella Maillart. Além disso, o curso visa destacar a literatura contemporânea, apresentando novos nomes que continuam a enriquecer o panorama literário da Suíça Romande, revelando as tendências atuais e a evolução do campo literário. Através de uma abordagem qualitativa, o curso enfoca a apresentação e a discussão de trechos selecionados das obras desses autores, permitindo uma análise, ainda que breve, mas aprofundada dos elementos literários-chave. Essa metodologia promove uma compreensão enriquecida das temáticas, da evolução histórica e do impacto cultural da literatura suíça romande. As discussões serão conduzidas para fomentar o pensamento crítico e a apreciação das características distintas dessa tradição literária. A metodologia adotada é reforçada pelas contribuições de acadêmicos suíços renomados, incluindo Francillon (2022), Maissen (2019), Jakubec (2015), Rodriguez (2019) e Falconnier (2019), cujas análises críticas fornecem uma perspectiva valiosa sobre conceitos de identidade cultural e regionalismo literário. Este minicurso pretende revelar a literatura suíça romande como um reflexo da complexa identidade da região, engajando-se em discussões sobre pertencimento, multiculturalismo, plurilinguismo e transformação social, reavaliando sua posição e destacando a riqueza narrativa e os temas profundos que desafiam as noções tradicionais de centro e periferia na literatura mundial.
Palavras-chave: Literatura Suíça Romande, Identidade suíça, literatura de expressão francesa, diálogos francófonos.
Eixo Temático 6: Estudos de Literatura, Memória e História
MINICURSO 11 - "ANÁLISE DO DISCURSO DE BASE ENUNCIATIVA (DOMINIQUE MAINGUENEAU): O QUE É E COMO SE FAZ"
Ministrante: Ana Lourdes Queiroz da Silva
Doutoranda - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Doutoranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia (PPGL/ILEEL/UFU), na linha de pesquisa Linguagem, Sujeito e Discurso. Mestrado em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Maranhão, na linha de pesquisa Discurso, Literatura e Memória. Possui especialização em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Maranhão e graduação em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão. É professora do Magistério Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. Pesquisadora do Círculo de Estudos do Discurso - CED/PPGEL/UFU, certificado pelo CNPq, liderado pela Profa. Dra. Fernanda Mussalim. Desenvolve pesquisas na área de Linguística, com ênfase em Análise do Discurso, cenas de enunciação, ethos e pré-discursos.
Ministrante: Khal Rens
Doutorando - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Uberlândia (2015). Possui mestrado em Linguística pelo Programa de Pós Graduação em Estudos
Linguísticos (PPGEL-UFU). É pesquisador doutorando em Análise do Discurso de Linha Francesa. Dedica-se a temas como identidade linguística nacional, constituição de posicionamentos discursivos no campo da língua, relações entre língua e mídia. Participa do Grupo de Pesquisa CED (Círculos de Estudos Discursivos) filiado à Universidade Federal de Uberlândia. É membro da seguinte sociedade linguística: GEL (Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo).
Nesse minicurso, optamos por apresentar o quadro teórico-metodológico proposto por Dominique Maingueneau em sua obra Gênese dos Discursos, bem como alguns importantes conceitos teóricos propostos pelo autor em vários textos dispersos em diferentes publicações (Cena de Enunciação e Discurso Literário). Nessa perspectiva, compreendemos que na formação de linguistas, em especial daqueles que pesquisam fenômenos relacionados à enunciação, a texto, a discurso, é fundamental a compreensão da relação inextricável entre a enunciação dos discursos e sua circulação. Sem isso, muito se perde em poder descritivo-explicativo do funcionamento discursivo, das subjetividades que enunciam e do funcionamento das práticas sociais. Nesse sentido, objetivamos: (i) proporcionar o estudo da perspectiva empreendida por D. Maingueneau no quadro teórico da Análise do Discurso; (ii) apresentar introdutoriamente as principais hipóteses postuladas pelo autor na obra teórico-metodológica Gênese dos Discursos, bem como os conceitos de “cenas de enunciação”, “ethos discursivo” e “discursos constituintes”; e (iii) possibilitar reflexões sobre o papel da interdiscursividade, do ethos e da cenografia na legitimação dos discursos. A fim de alcançarmos esses objetivos, o minicurso contará com atividades síncronas, com diferentes formas de condução, a saber: exposição dos textos basilares por meio de slides, análise de dados e partilha de análises. Acreditamos que os conceitos apresentados nesse minicurso tenham alcance teórico nada desprezível, constituindo-se de instrumentos de análise de grande precisão para os diversos tipos de corpora trabalhados pela AD no Brasil.
Palavras-chave: Análise do discurso; Enunciação; Dominique Maingueneau; Ethos; Discursos Constituintes.
Eixo Temático 12: Estudos de Análise do Discurso
MINICURSO 12 - "SERTÃO E TERRITÓRIO: UMA ANÁLISE SOBRE A CONSTRUÇÃO DO SERTÃO NA LITERATURA DE RONALDO CORREIA DE BRITO"
Ministrante: Francisco Heitor Pimenta Patricio
Doutorando - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Doutorando em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mestre em Letras pela Universidade Regional do Cariri (URCA) e Graduado em Letras/Português pela mesma instituição. Desenvolve estudos voltados para as seguintes áreas: Literatura, Teoria Literária, Representações do Sertão, Cinema e Diálogos Intersemióticos.
Essa pesquisa tem como objetivo principal fazer uma análise sobre como o sertão aparece nas obras do escritor cearense Ronaldo Correia de Brito, que se propõe a trazer a imagem do sertão com uma nova roupagem à literatura nacional contemporânea. Entendemos que seus escritos, na maioria das vezes, se afastam parcialmente do estilo regionalista. No entanto, há momentos em que caem na armadilha de retratar imagens estereotipadas do sertão, sem desconstruir os estereótipos previamente estabelecidos pelos regionalistas e seus predecessores. Contudo, o autor obtém mérito na sua proposta de representar um sertão globalizado e que quebra as barreiras das fronteiras regionais, culturais, religiosas, entre outras, assim como uma espécie de dissolução e decadência. A pesquisa terá como base teórica as considerações de Ortiz (1998) sobre desterritorialidade, além do texto Uma Literatura nos Trópicos (1978) de Silviano Santiago. O ponto de partida do autor, que corroboramos, é que os “dramas humanos” perpassam as barreiras e fronteiras, são universais e podem se manifestar independentemente do espaço geográfico no qual os personagens se encontram. Também nos interessa, nesse sentido, discutir a noção de Universalismo, e como esta funciona como mecanismo de opressão sistêmica para as artes do chamado sul global. A título de exemplo, citamos dois romances do autor: Galiléia (2008) e Dora sem Véu (2018) que ilustram os fatores que citamos acima.
Palavras-chave: Sertão; Ronaldo Correia de Brito; Imaginário; Discurso; Nordeste.
Eixo Temático 1: Estudos de Teoria e Crítica Literária
MINICURSO 13 - "A VELHICE FEMININA FICCIONALIZADA NA LITERATURA BRASILEIRA PRODUZIDA POR MULHERES: PERCURSOS E DIÁLOGOS"
Ministrante: Thalyta Costa Vidal
Doutoranda - Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI/UEPB). Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Linguagem e ensino, com área de concentração em Literatura e ensino (POSLE/UFCG). Integra o Grupo de pesquisa Observatório de Crítica e Literatura Menores (CNPq) e realiza estudos voltados para a literatura produzida na Paraíba com foco nos estudos culturais e na crítica feminista, assim como também dedica parte da sua produção acadêmica à recepção do texto literário de produção paraibana na sala de aula.
Ministrante: Tatiane Pereira Fernandes
Doutoranda - Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Doutoranda pelo programa de Pós-graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI), na linha de pesquisa Literatura, Memória e Estudos Culturais, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde também cursou o mestrado em Literatura. Graduada em Licenciatura plena em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, pela mesma instituição de ensino. É membro do Grupo de Pesquisa "Observatório de Crítica Literária e Literaturas Menores" (CNPq/UEPB).
Em meio às diversas ausências e silêncios, as personagens idosas ressoam no atual cenário literário brasileiro, sendo notada uma inclinação da feminização da velhice feminina no espaço narrativo (DALCASTAGNÉ, 2005). A partir dessa constatação, refletimos sobre a “conspiração do silêncio” na velhice (BEAUVOIR, 2018), ao mostrar um caminho da ausência à legitimação da voz da mulher idosa no contexto da literatura brasileira. Este minicurso tem como objetivo principal fomentar um debate a respeito da representação da velhice na literatura contemporânea produzida por mulheres, concentrando-se nas obras das autoras brasileiras Maria Valéria Rezende e Carla Madeira. Tal debate será construído em três etapas: inicialmente, abordaremos o panorama da interseção entre literatura e velhice, analisando conceitos essenciais como estereótipos, desafios socioculturais e a expressão da voz feminina nesse contexto, enquanto também examinamos obras fundamentais sobre o tema. Em seguida, examinaremos como as narrativas de Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles e Alê Motta, dentre outras escritoras, representam personagens idosas, explorando o corpo, a sexualidade, o desejo, a memória, a identidade e as relações intergeracionais por meio de uma análise de suas obras. Posteriormente, investigaremos como Maria Valéria Rezende desafia os estereótipos ao retratar o corpo envelhecido como um espaço de resistência e transformação, analisando a estética literária de seus textos e temas recorrentes em suas obras, especialmente em Quarenta dias (2014). Além disso, exploraremos também como Carla Madeira constrói, em A natureza da mordida (2022), o enfrentamento da memória, da velhice e da doença Alzheimer como propulsora do esquecimento. Para tanto, esse minicurso fundamentará seus debates numa perspectiva dos Estudos Culturais, na Crítica Feminista – ancoradas nas discussões de Secco (1994), Goldfarb (1998), Barbosa (2007), Figueiredo (2020), Xavier (2021), Zolin (2009) e Hooks (2019), e nos estudos do Imaginário, particularmente em relação aos arquétipos presentes na literatura à luz das ponderações suscitadas por Carl Jung, bem como de Estés (2018; 2023). Nesse sentido, ao final, espera-se que os participantes consigam, através das discussões instauradas, ampliar sua compreensão sobre a representação da velhice na literatura contemporânea, adquirindo ferramentas analíticas para explorar outras obras e perspectivas dentro desse campo de estudos literários.
Palavras-chave: Literatura contemporânea; velhice; arquétipos; memória; escrita de mulheres.
Eixo Temático 3: Estudos da Narrativa
MINICURSO 14 - "POR UMA TEORIA NEUROCIENTÍFICA DA LEITURA DA FICÇÃO"
Ministrante: Pedro Ramos Dolabela Chagas
Doutor - Universidade Federal do Paraná - UFPR
Doutor em Literatura Comparada (UERJ) e em Filosofia da Arte (UFMG). Professor de literatura brasileira e teoria literária da UFPR, com pesquisa sobre teoria da narrativa, do romance e da ficção. É autor de “1970: Arte e Pensamento” (Ed. UFMG) e “Todos eles Romances – A variação do gênero no Brasil, 1960-1980” (Ed. Unicamp). Desenvolve atualmente pesquisa em narratologia cognitiva e teoria da leitura.
Proponho tomar a teoria da consciência de Michael Graziano – a Global Workspace Theory, conforme apresentada em “Consciousness and the social brain” (2013) – como fundamento para uma teoria da leitura da narrativa de ficção. Discutirei como a GWT permite descrever a experiência da leitura como uma sucessão sequencialmente articulada de diferentes estados conscientes, emergentes da semiose do texto. Essa descrição situa a semiose como processo atencional responsável pela construção mental, de cunho imaginativo, dos conteúdos representados no texto, gerando os dados da atenção que, modelados por diferentes “esquemas da atenção” (na expressão de Graziano), originam os estados conscientes sucessivamente experienciados na duração da leitura. Se esses estados variam, é porque vários esquemas da atenção são aplicados à modelagem dos dados emergentes da semiose do texto, engendrando as imagens, afetos e juízos tipicamente associados à experiência da leitura. A apresentação prevê, pois, um breve comentário sobre alguns dos esquemas empregados na leitura, entre os quais se incluem a “folk psychology” (como esquema aplicado à simulação dos estados mentais dos personagens), a enação da ambientação espacial e das experiências corpóreas dos personagens, a emocionalização das situações ficcionais, a atribuição de tons e posturas (stance) aos enunciados, a esquematização moral de ações e comportamentos. Discutirei o apelo do texto a conteúdos de memória do leitor como o gatilho para o recurso a esses diferentes esquemas, cuja aplicação, por esse motivo, é sempre personalizada nalguma medida: cada instância de esquematização assumirá propriedades relativamente diferentes em cada leitor e processo de leitura, ocasionando experiências personalizadas do mesmo texto por leitores diferentes, ou pelo mesmo leitor em ocasiões diferentes. Em suma, se a narrativa de ficção tem o poder de alterar os estados conscientes do leitor, proponho fundamentar uma descrição desse processo na GWT de Michael Graziano, indicando a variedade de esquemas aplicáveis à manipulação dos dados a atenção produzidos pela semiose do texto, a partir de inputs de memória cujo acesso será motivado, em cada leitor, pelo processamento da organização textual da linguagem escrita.
Palavras-chave:Narrativa de ficção, Teoria da leitura, Neurociência, Mente e consciência
Eixo Temático 1: Estudos de Teoria e Crítica Literária
MINICURSO 15 - "INSTÂNCIAS DO ETHOS E DA AUTORIA: ANALISANDO A IDENTIDADE SOCIODISCURSIVA DOS RACIONAIS MC´S"
Ministrante: Viviene Garcia de Figueiredo
Mestra - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrada em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia (PPGL/ILEEL/UFU), na linha de pesquisa Linguagem, Sujeito e Discurso. Bacharel em Linguística pelo Instituto da Linguagem – IEL, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Pesquisadora do Círculo de Estudos do Discurso - CED/PPGEL/UFU, certificado pelo CNPq. Pesquisa o ethos discursivo e o discurso do grupo de rap Racionais MC´s. Possui interesse na área de Análise do Discurso de base Enunciativa.
Ministrante: Maria Emília Oliveira Carleto
Mestra - Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestra em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia
(PPGEL/ILEEL/UFU), na linha de pesquisa Linguagem, Sujeito e Discurso.
Graduação em Letras Português pela Universidade Federal de Uberlândia.
Pesquisadora do Círculo de Estudos do Discurso - CED/PPGEL/UFU. Desenvolve
pesquisas na área de Linguística, com ênfase em Análise do Discurso.
Com este minicurso, pretendemos demonstrar e articular dois conceitos desenvolvidos por Dominique Maingueneau: ethos discursivo e funcionamento da autoria, por meio da análise das práticas discursivas do grupo de rap Racionais MC’s. O ethos discursivo, um dos efeitos de uma inscrição em uma determinada formação discursiva, é um dos planos da semântica global, segundo a qual todos os planos discursivos (verbais ou não) estão submetidos ao mesmo sistema de restrições semânticas de um determinado posicionamento discursivo. Já a autoria de uma obra, conforme Maingueneau, é organizada por três instâncias que são intimamente imbricadas. A essas instâncias o autor chamou de pessoa - que tem relação com a vida pessoal de quem escreve -; escritor - ligada à trajetória que o artista faz pelo campo discursivo, qual posicionamento adota, e inscritor - a instância relacionada ao enunciador do texto e mantenedor da instituição do discurso em que se insere. Nesse sentido, nosso objetivo é articular os dois conceitos de Maingueneau a fim de demonstrar como o funcionamento da autoria pode contribuir para a análise e demonstração da identidade sociodiscursiva de um corpus. Para tanto, iremos i) apresentar o funcionamento do ethos discursivo, a saber, das suas instâncias que compõem o ethos efetivo: ethos pré-discursivo, relacionado à imagem prévia que o coenunciador atribui ao enunciador antes de entrar em contato com o seu discurso; e o ethos discursivo (dito e mostrado) sendo o mostrado depreendido de uma maneira de falar, e o dito, daquilo que o enunciador diz de si mesmo em sua enunciação, ii) mostrar a relação intrínseca ethos/cenografia, como a cenografia valida e é validada pelo ethos e, por fim, iii) analisar como se dá o funcionamento e imbricamento das três instâncias constitutivas do funcionamento da autoria (a pessoa, o escritor, o inscritor) nas obras do grupo Racionais MC’s. O minicurso contará com atividades síncronas, com exposição dos textos teóricos por meio de slides, análises do corpus e partilha.
Palavras-chave: Ethos discursivo; Autoria; Racionais MC´s
Eixo Temático 12: Estudos de Análise do Discurso
MINICURSO 16 - "DIALOGISMO E LITERATURA"
Ministrante: Lucélia de Sousa Almeida
Doutora - Universidade Federal do Maranhão - UFMA
Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão UFMA,, Centro de Ciências de Bacabal - CCBa/MA. Líder de Grupo de Pesquisa Literatura, Enunciação e Cultura - LECult e Membro do Grupo de Pesquisa Literatura e Cultura, (UNB). Professora permanente do Mestrado Acadêmico em Letras, UFMA, Campus Bacabal, orienta trabalhos na linha de Literatura Cultura e Fronteiras do saber. Possui Doutorado em Letras (2019) pela Universidade de Brasília – UNB. Tem experiência na área de Letras Literatura, Memória e Cultura; Literatura e Sociedade; Estudos de base teórica relacionadas com as concepções de Mikhail Bakhtin, na literatura e em outros discursos; Estudos sobre Riso e Literatura; Crônica Literária.
O objetivo do minicurso é refletir sobre a ideia de Dialogismo. Serão discutidos temas caros ao pensamento de Mikhail Bakhtin, tais como: arte e responsabilidade, gêneros do discurso, o discurso no romance, alteridade, excedente de visão e relação dialógica na interação verbal. Na perspectiva de Bakhtin o funcionamento da linguagem na sociedade é essencialmente dialógica, em que cada palavra pronunciada é destinada a alguém e sempre carrega a expectativa de uma resposta. Segundo Bakhtin, o discurso é uma produção coletiva, mesmo que aparentemente seja feito por uma única pessoa, pois sua finalidade só é alcançada se houver participação do ouvinte, o outro. É na interação social que o indivíduo se percebe a si mesmo e ao outro, sendo alimentada pelos diversos enunciados que circulam na sociedade. Essa orientação dialógica é inerente a todo discurso vivo, pois o discurso inevitavelmente encontra-se com o discurso de outrem, participando de uma interação dinâmica e tensa. A única exceção seria um cenário mítico onde um único ser, como o Adão original, proferisse a primeira palavra em um mundo ainda não influenciado pela presença de outros discursos.
Palavras-chave: Dialogismo; Literatura; Inter-relação; Alteridade.
Eixo Temático 1: Estudos de Teoria e Crítica Literária
MINICURSO 17 - "ESCRITORAS MARGINALIZADAS: POR UM RESGATE DAS MULHERES MARANHENSES NA LITERATURA"
Ministrante: Gabriela de Santana Oliveira
Doutoranda - Universidade Federal Fluminense - UFF
Doutoranda em Estudos de Literatura pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre em Estudos teóricos e críticos em Literatura pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA); especialista em Recursos Gramaticais para Revisão Textual pela Faculdade Unyleya; graduada em Letras/Inglês pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e em Administração pela Universidade Ceuma (UNICEUMA). Atua nas áreas de Línguas e Literaturas Portuguesa e Inglesa. Pesquisadora vinculada ao Grupo de Estudo e Pesquisa em Lírica Contemporânea de Língua Portuguesa da UFMA e ao Grupo de Pesquisa Poesia e contemporaneidade da UFF. Membro do Conselho Editorial da Revista Pergaminho. Desenvolve pesquisas sobre crítica literária, com ênfase no estudo da lírica, tendo se dedicado à poesia maranhense de autoria feminina do século XIX e à poesia contemporânea. Além de ter publicado vários ensaios e organizado obras coletivas, é autora de Mariana Luz: Murmúrios e outros poemas (2021).
O Maranhão de outrora carrega a fama de “Atenas brasileira” por ter sido o berço de grandes vultos da estirpe de Gonçalves Dias, Sotero dos Reis, Odorico Mendes, entre outros. O objetivo desse trabalho é demonstrar que, no passado, as mulheres também escreveram, e escreveram muito, e, assim, comprovar que elas ofereceram uma contribuição de valor para a literatura e que, por esse motivo, são dignas de reconhecimento. Portanto, as análises e discussões do presente minicurso se debruçarão sobre o trabalho das autoras Jesuina Serra, Ana de Freitas, Ma Firmina dos Reis, Eponina Conduru, Carlota Carvalho, Laura Rosa, Mariana Luz e outras. Vivendo sob um regime fortemente patriarcal, é fácil imaginar que a participação em ambientes intelectuais e acadêmicos foi alcançada por algumas mulheres às custas de muito esforço. Hoje, porém, é triste constatar a situação de total ostracismo que existe em torno da maioria delas. Destarte, o que motiva esse trabalho é a morte social dessas escritoras. Após uma pesquisa que envolveu o estudo de bibliográfico de obras, principalmente, da historiografia literária maranhense e a análise documental baseada na pesquisa hemerográfica de textos jornalísticos, foi feito um levantamento das escritoras maranhenses do século XIX e dos primórdios do século XX. Elas foram professoras, jornalistas, tradutoras, funcionárias públicas, poetas, romancistas, cronistas, contistas, enfim, mulheres intelectuais e questionadoras que desempenharam trabalhos em vários setores da sociedade, sem descuidarem das atividades literárias. A proposta do minicurso é apresentar essas mulheres e suas produções. Logo, além dos apontamentos biobibliográficas das autoras estudadas, busca-se dar ênfase à obra literária de cada uma, isto é, não somente citar os títulos das obras, mas discorrer, mesmo que brevemente, sobre a estética presente nesses textos. Isso porque, estando a maioria dessas mulheres no completo esquecimento, entende-se que é fundamental trazer à tona suas vozes e a contribuição delas para a literatura maranhense.
Palavras-chave: Mulheres; Literatura maranhense; Escritoras Marginalizadas.
Eixo Temático 8: Estudos de Literatura Marginal, Feminista ou Afrobrasileira
MINICURSO 18 - "FORMAÇÃO E SABERES DOCENTES: SOBRE ENSINAR E APRENDER COM O OUTRO"
Ministrante: Suzane Castro de Araújo
Mestra - Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Mestra em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com linha de pesquisa em Educação Básica e Ensino Superior. Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional (LABORO - 2018), Concepções Pedagógica (USCS, 2014) e Gestão, Supervisão e Planejamento Educacionais (IESF - 2013). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA - 2012). Atualmente é Supervisora Pedagógica na Prefeitura Municipal de Bacabeira - MA e Professora Substituta na Universidade Estadual do Maranhão; Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Planejamento, Coordenação e Orientação Educacional e Docência do Ensino Superior.
O frenesi da sociedade atual traz o desafio de pensar sobre o dilema entre o quantitativo de conhecimentos versus a aprendizagem significativa. Frente a isto, diversos questionamentos atravessam a formação do docente: O que devo fazer com este ou aquele conhecimento teórico? O que é verdadeiramente significativo para a minha prática? Como fazer? A temática deste minicurso se faz necessária e pertinente no sentido de pensar a formação como uma ação contínua e intrínseca ao saber fazer docente. A formação docente implica nos saberes que são construídos ao longo das experiências profissionais. O diálogo que se faz entre a teoria e a prática se faz necessário na construção dessa profissão. Portanto, a proposta deste minicurso é refletir sobre a formação e os saberes docentes que contribuem na prática do ensino. Para subsidiar as discussões, Tardif (2009), Gauthier (1998), Imbernón (2010), Nóvoa (2009), Pimenta (1997) e outros irão colaborar na discussão sobre formação e saberes. A trajetória metodológica foi desenhada, na primeira parte, para uma análise bibliográfica e crítica sobre a temática e, na segunda parte , uma roda de conversa sobre as realidades e/ou perspectivas dos cursistas participantes. Como produto do minicurso, a construção colaborativa de um caderno reflexivo sobre os saberes docentes. O esperado é que os cursistas possam refletir sobre seus processos formativos e sua implicância na construção do saber fazer docente.
Palavras-chave: Formação; Sabedores Docentes; Prática do Ensino.
Eixo Temático 27: Estudos de Formação e Saberes Docentes
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