Existe uma grande preocupação, no Brasil e em outros países, com a educação básica – em outras palavras, ensinar nossas crianças a ler, escrever, somar, subtrair. Essa preocupação é bem-vinda, urgente e necessária. E a boa notícia é que existe um enorme volume de pesquisa educacional sobre esse tópico, desde detalhadas análises estatísticas do desempenho dos alunos até riquíssimos trabalhos qualitativos sobre a alfabetização de crianças. E, claro, não há quem discorde que saber ler e escrever é fundamental.
O problema, entretanto, é que o mundo atual exige muito mais do que ler, escrever, adição e subtração. A lista de habilidades e conhecimentos necessários para o pleno exercício da cidadania no século XXI é tão extensa quanto controversa. A formação para o uso de Tecnologias tanto pelos alunos, quanto pelos professores é primordial para o desenvolvimento dessas habilidades, dentre todas elas temos o desenvolvimento do Pensamento Computacional.
Nesta época em que o mundo científico passa por transições cada vez mais frequentes e transformadoras, o pensamento computacional está cada dia mais presente nas transformações do ensino e da indústria, transformou também o perfil dos profissionais de todas as áreas, que não lembram em nada os estereótipos do passado, as pesquisas e os desenvolvimentos de novos conhecimentos passam necessariamente pelo uso do computador, não se usa mais apenas lápis e papel, mas programas de computador, através de modelos computacionais é possível otimizar grandemente o desenvolvimento de novos conhecimentos e novas ferramentas, pensar computacionalmente é identificar as tarefas do dia a dia que podem ser feitas mais rapidamente com o uso do computador, otimizando o tempo e o esforço necessário para realizar tal tarefa.
Mas os profissionais que temos hoje, ainda tem dificuldades em desenvolver essa habilidade, visto que, na maioria de nossas escolas, o que se faz é “adestramento digital”, ou seja, ensinam apenas o uso de ferramentas, sem aprofundar em como essas ferramentas podem ser úteis nas tarefas do dia a dia. Pior, estamos ensinando nossos alunos que a tecnologia serve para recombinar informações já existentes, e não para criar conhecimento novo. E o conhecimento novo não está na internet, facilmente encontrável em um mecanismo de busca com meia dúzia de palavras-chave. Ele está por ser descoberto. E diante da complexidade da ciência e da indústria dos nossos dias, quem não souber viver em simbiose cognitiva com as máquinas não terá muita chance de sobreviver.
Pensando nisso, a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDETEC) de Cascavel - Pr, levando em consideração a experiência de sua equipe na aplicação em tecnologias educacionais em escolas públicas, organiza através do Laboratório de Inovação o Curso de Imersão em Novas Tecnologias na Educação, que visa apresentar para professores, coordenadores e gestores educacionais às novas tecnologias disponíveis aplicáveis ao ensino.
Serão mais de 36 horas de atividades práticas no uso de novas tecnologias que podem fazer a diferença na qualidade do ensino do Paraná.
INVESTIMENTO: