Ana Lúcia é uma jovem mãe solteira que encontra dificuldades para criar seus dois filhos pequenos numa comunidade carente. Ela está desempregada e depende do seu pai, Bira, um motorista de ônibus em fim de carreira que vive com pouco mais de dois salários mínimos. O filho mais novo de Ana Lúcia é fruto de um relacionamento com Celinho, o chefe do tráfico da comunidade e isso deixa Bira contrariado. Para manter os netos longe do submundo, ele recusa de todas as formas que;o traficante ajude a sua filha e aos seus netos, mas a situação em que vivem de pobreza extrema leva Ana Lúcia a tomar uma decisão pelo bem das crianças. Ela sai de casa e vai viver em outra dentro da mesma comunidade alugada pelo traficante e se torna a amante oficial dele. As coisas melhoram e os dois meninos recebem boa educação com o dinheiro que Celinho dá para Ana Lúcia. Embora o mais velho seja filho de outro relacionamento da jovem, o traficante trata-o como se fosse seu. Bira se mete numa dívida com um pastor evangélico que pratica agiotagem na comunidade e perde a sua casa por não conseguir quitar a dívida. Ele engole o orgulho e pede ajuda à filha que leva o problema para o traficante. O pastor é obrigado a devolver não só a casa de Bira, mas também, além de perdoar as dívidas dos moradores da comunidade, devolver todos os bens que retirou deles. O que o traficante não sabe é que por trás do pastor existem policiais corruptos que vão cobrar a dívida. Celinho acaba sendo morto pelos policiais corruptos e a família agora fica a mercê do novo chefe da comunidade, Helinho Frajola, o segundo na hierarquia que quer ser dono de tudo que pertencia ao seu antecessor, até de Ana Lúcia. O sofrimento da família piora e eles conseguem escapar para outra comunidade. Anos depois os meninos crescem e o mais velho volta para vingar a morte do padrasto e tomar o comando da comunidade, enquanto o mais novo vira policial e tem a missão de impedir a violência no local. O destino irá colocar os dois em lados opostos.