V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia

V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia

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ARQUIVOS: CONSTRUÇÕES, ARRANJOS E (DES)MONTAGENS MEMORIALÍSTICAS

O arquivo é um espaço onde tudo se guarda, aquilo que se lembrar como também o que se quer esquecer: “É melhor você guardar isso.”; “guarde para não esquecer”; “mande para o arquivo morto”; “vamos arquivar essa história” –muitos e comuns são esses tipos de frases populares que ouvimos. Mas, afinal, o que guarda um arquivo? O que se intenta esquecer ou é possível se reter? Seja para esquecer ou para recordar tudo vai para o arquivo. Operando, portanto, o arquivo como depositário da memória morta, supostamente obliterada e posteriormente acionada para vir a público. Desse modo, este simpósio propõe um diálogo com práticas arquivistas, literárias e não literárias, naquilo que Derrida (2001) denomina de mal de arquivo, relevantes para a formação da memória social. “Mal de arquivo evoca sem dúvida um sintoma, um sofrimento, uma paixão: o arquivo do mal; mas também aquilo que arruína, desvia e destrói o próprio princípio do arquivo, a saber, o mal radical” (DERRIDA, 2001, p. 09). O arquivo, com sua capacidade de concentrar informações, desdobra-se e desestabiliza o próprio saber, semelhante ao trabalho psíquico que não só processa informações, mas também se mostra em forma de simulacro, esquivando-se muitas vezes daquilo que não se pode, não se quer ou não se deve revelar. Quanto a esse último, lembremos o negacionismo da tortura e de assassinatos de civis por parte de governos ditatoriais. Acolhemos também trabalhos de caráter biográfico e autobiográfico, arquivos digitais, diários, confissões e análises de textos ou arquivos de variadas fontes que pensem essa ideia do que “guarda um arquivo” e, mais do que isso, o perigo ou o fortúnio do que revela um arquivo.

COORDENADORAS:

Douglas De Sousa (UEMA)

Emanoel Cesar Pires de Assis (UEMA)

Henrique Borralho (UEMA)

Silvana Maria Pantoja dos Santos (UEMA/UESPI)

 

24 DE MARÇO

14:00 às 14:15 - FERREIRA GULLAR: ESCRITA, MEMÓRIA E ESQUECIMENTO

14:15 às 14:30 - AUTOBIOGRAFIA COMO ARQUIVO DA DITADURA: UMA LEITURA DA OBRA AINDA ESTOU AQUI, DE MARCELO RUBENS PAIVA

14:30 às 14:45 - HISTÓRIA E MEMÓRIA PRESENTES NOS REGISTROS DE DOIS MANUSCRITOS DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

14:45 às 15:00 - UM ARQUIVO DE SENTIMENTOS NEGATIVOS

15:00 às 15:15 - UM ARQUIVO DE SENTIMENTOS NEGATIVOS

15:15 às 16:30 - Debate.