No campo dos direitos sociais, temos acompanhado o desmonte da seguridade social e de demais políticas públicas a partir do corte de verbas e observando em especial a educação no Brasil, no contexto da pandemia, verificamos as inúmeras ações realizadas pelo Ministério da Educação no sentido de fazer emplacar o Ensino à Distância, sob a égide do Ensino Remoto Emergencial (ERE). No entanto, a imprevisibilidade da pandemia juntamente com o quadro de profunda desigualdade social que assola a mais distintas regiões de nosso país, desnudaram aquilo que há tempos os movimentos sociais em defesa da educação de qualidade vêm falando sobre esta modalidade de ensino. Todo esse cenário atinge em cheio o Serviço Social. As requisições feitas aos/às assistentes sociais no contexto de avanço do conservadorismo vão na direção oposta ao que preconiza o Projeto Ético-Político profissional: no lugar de uma formação crítica que pense a profissão como uma totalidade histórica, constituída de múltiplas dimensões (ético-política, teórico-metodológica, técnico-operativa, investigativa, formativa etc.), tem-se a formação pautada na razão instrumental burguesa, com o predomínio da técnica sobre as demais dimensões. Tal fato tem se acentuado ainda mais com o chamado Ensino Remoto Emergencial e agora com o estágio realizado também nesta modalidade nos cursos presenciais – o que, infelizmente, já era uma realidade no ensino à distância! Diante dessa complexa realidade, faz-se urgente e necessário debater a importância da formação em Serviço Social e do trabalho com qualidade com profissionais e estudantes, englobando supervisores de estágio. Partindo desta necessidade, em conjunto com o CRESS/MA constrói-se o evento com o tema “ESTÁGIO SUPERVISIONADO E FORMAÇÃO DE QUALIDADE EM SERVIÇO SOCIAL: eu também sou responsável!” voltado aos/as profissionais de Serviço Social, discentes e sociedade em geral.