Psicologia Bilíngue - Experiências práticas

Apesar da existência de profissionais psicólogas desde a década de 70, a Psicologia só começou a dar atenção, desenvolver referências teóricas e técnicas, assim como ações para a acessibilidade linguística para pessoas surdas, recentemente.
No Brasil, segundo o censo 2010 do IBGE, são quase 10 (dez) milhões de pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todo território, ainda que não conste quantas dessas pessoas são usuárias da LIBRAS como principal forma de comunicação. Este censo apresenta um número expressivo de pessoas que, possivelmente, apresentem demandas diversas que convocam a/o profissional da psicologia a direcionar suas produções e práticas à essa população.
Para tanto, foi pensado, pelo GTPBS
(Grupo de Trabalho Psicologia Bilíngue para pessoas Surdas), um encontro on-line, na configuração de mesa redonda, que possibilitasse um diálogo com profissionais não só da Bahia, como de todo Brasil, sobre a temática, apresentando o que seria a Psicologia Bilíngue, através da experiência prática de 2 (duas) psicólogas: uma surda e uma ouvinte; e convidado a uma reflexão sobre as lacunas relacionadas às políticas públicas, aos serviços de saúde mental e a inacessibilidade destas pessoas à atenção psicológica. A Língua de Sinais constituiu-se como principal meio de comunicação entre pessoas surdas, bem como surdas/os e ouvintes, no Brasil, desde de 2002, através da Lei Federal nº 10.436/2002, regulamentada pelo Decreto 5.626/2005.
Tendo mais recentemente a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) – Lei nº 13.146/2015, reforçando e garantindo, dentre outros direitos, o de acessibilidade linguística às pessoas surdas.
Com base no exposto, a/o profissional de saúde é consequentemente convocada/o a conhecer, se qualificar e ofertar atendimento eficaz a essa população, com domínio da língua de sinais. Se a comunicação é um aspecto importante nos diversos âmbitos profissionais, no caso da psicologia é
imprescindível que haja informações, “escuta” e comunicação direta nos serviços prestados. Portanto, compreender sua cultura e forma de comunicação de surdas/os que usam a LIBRAS é de fundamental importância para se estabelecer uma relação profissional e de confiança eficazes.

Mediação: Bruno Pierin Ernsen (CRP-03/18136)

Palestrantes:

Ms.Rita de Cassia Maestri (CRP-08/1966) - Pessoa surda

Ms. Edigleisson Alcântara Silva (CRP-02/16040)

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Data do evento

25 de agosto de 2020, 09h00 - 11h00

LOCAL DO EVENTO

Evento Online
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