21º Encontro Internacional de Música e Mídia: A sociedade do cansaço... A música como droga?

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De 17 a 19 de setembro Todos os dias das 10h00 às 19h30

Sobre o Evento

PORTUGUÊS

Em Sociedade do Cansaço (2015), Byung-Chul Han argumenta que o mundo contemporâneo substituiu a sociedade disciplinar, conforme teorizada por Foucault, por uma sociedade que prioriza desempenho e produtividade. Essa nova organização social, marcada por um excesso de positividade e baseada em relações dinâmicas, rápidas e, consequentemente, superficiais — ou líquidas —, se consolidou por meio de desdobramentos sociopolíticos que culminaram no avanço do neoliberalismo.

Dada a estreita relação entre cultura e ideologia, pode-se inferir que o contexto supracitado influenciou diretamente as manifestações artísticas e as mídias de modo geral. Ao longo da história, governos e elites dominantes frequentemente se apropriaram das artes como instrumento de propaganda ideológica. Ao mesmo tempo, sensíveis às transformações sociais e políticas, artistas responderam a essas demandas criando obras que dialogam — criticamente ou não — com o espírito de sua época. Essa relação dialética entre arte e contextos sociopolíticos atravessa a história do Ocidente.

No século XX, observa-se essa dinâmica no monopólio artístico sob regimes totalitários, evidenciado, por exemplo, nas diretrizes de Goebbels para o regime nazista de Adolf Hitler e na doutrina de Andrei Jdanov para o regime soviético de Stalin. A capacidade de transmitir significados e, com isso, mobilizar e influenciar sociedades fez do cinema um veículo privilegiado. No período pós-II Guerra Mundial, sobretudo nos anos 1950, a indústria cinematográfica, especialmente a estadunidense, soube explorar de modo incisivo as ansiedades psicológicas da Guerra Fria, capturando os temores e incertezas do cidadão médio diante da possibilidade de um ataque nuclear iminente. Nesse sentido, uma série de filmes de ficção científica se pautou em temas como exploração espacial, experimentos laboratoriais malsucedidos e invasões alienígenas que colocavam a humanidade em constante estado de alerta. Este tipo de temática respondia às demandas sociais por dialogar com um público sensível ao contexto sociopolítico de sua época.

Juliano de Oliveira (2018) destaca que a música soube empregar códigos musicais cujo potencial de alienar ou humanizar elementos da narrativa fílmica permitiu que ela atuasse como um poderoso instrumento de expressão simbólica, capaz de interagir com as dimensões poéticas e ideológicas do meio audiovisual. Dentre estes códigos, durante os anos 1950, tornou-se comum a associação de instrumentos eletrônicos e elementos da vanguarda musical com temáticas de ficção científica e terror, sobretudo envolvendo contatos com seres alienígenas, exploração espacial e experiências científicas malsucedidas.

Observando os desdobramentos das mídias ao longo do século XX e XXI, pode-se questionar até que ponto os meios audiovisuais e, em particular, a música dialogam com a sociedade contemporânea, caracterizada por sua dinâmica acelerada, fluidez, excesso de positividade, “adrenalina” e ênfase na produtividade — a “sociedade do cansaço” descrita por Byung-Chul Han.

Se, neste milênio, estamos vivendo uma nova versão da Guerra Fria — agora protagonizada pelas duas maiores potências globais, Estados Unidos e China — até que ponto os meios multimídia, conforme definidos por Cook (1998), refletem os anseios e tensões dessa nova configuração geopolítica? Como as narrativas expressam a complexidade contemporânea? Os gêneros cinematográficos clássicos seriam eficazes para explorar as ansiedades e expectativas de nossa época? Como a música se insere nesse sistema intersemiótico?

Este é o tema que norteia o 21º Encontro Internacional de Música e Mídia. O MusiMid convida profissionais do meio acadêmico, estudantes, além de pesquisadores independentes a participarem deste debate. Serão três dias de programação intensa, incluindo sessões temáticas, mesas-redondas, palestras, apresentações artísticas, seguindo três eixos principais:

  1. Paisagens sonoras na produção audiovisual contemporânea: As poéticas praticadas pela equipe de produção audiovisual/ cinematográfica, com especial destaque para o trabalho do roteirista e do compositor de trilhas musicais.
  2. A sociedade do cansaço: manifestações e práxis: Pesquisa conduzida pela empresa de consultoria CAUSE em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA e PiniOn apontam que o vocábulo foi o mais citado em 2024. Vivemos o “espírito de uma era de transformações rápidas e, muitas vezes, desorientadoras” (Machado apud Maraccini, 2024). Como as obras audiovisuais estimulam as percepções de ansiedade e cansaço?
  3. Produtividade, adrenalina e endorfina: Considerando-se a atual configuração geopolítica, como as narrativas lidam com a complexidade contemporânea? Se ainda são válidas as divisões em gêneros do cinema clássico, quais seriam mais eficazes em explorar as ansiedades e expectativas de nossa época a partir da música?

Datas importantes:

Chamada para trabalhos: 1º de abril a 16 de junho

Resultado da seleção: 30 de junho

Envio dos trabalhos completos: de 04 a 29de agosto.

Data: 17 a 19 de setembro de 2025.

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ENGLISH VERSION

In Burnout Society (2015), Byung-Chul Han argues that the contemporary world has replaced the disciplinary society, as theorized by Foucault, with a society prioritizing performance and productivity. This new social organization, marked by an excess of positivity and based on dynamic relations, fast and consequently superficial—or liquid -, was consolidated through socio-political developments that culminated in the advance of neoliberalism.

Given the close relationship between culture and ideology, it can be inferred that the context directly influenced artistic manifestations and media in general. Throughout history, governments and ruling elites have often appropriated the arts as an instrument of ideological propaganda. At the same time, sensitive to social and political transformations, artists responded to these demands by creating works that dialogue - critically or not - with the spirit of their era. This dialectical relationship between art and socio-political contexts crosses the history of the West.

In the twentieth century, this dynamic is observed in the artistic monopoly under totalitarian regimes, evidenced, for example, in the guidelines of Goebbels to the Nazi regime of Adolf Hitler and the doctrine of Andrei Jdanov to the Soviet regime of Stalin. The intrinsic capacity to transmit meanings and, with that, mobilize and influence societies will be a privileged vehicle. In the post-World War II period, especially in the 1950s, the film industry knew how to exploit in an incisive way the psychological anxieties of the Cold War, capturing the fears and uncertainties of the average citizen before the possibility of an imminent nuclear attack. In this sense, a series of sci-fi films were based on themes such as space exploration, failed laboratory experiments and alien invasions that put humanity in constant state of alert. This type of theme responded to the social demands for dialogue with a public sensitive to the socio-political context of its time.

Oliveira (2018) highlights that music employed musical codes whose potential to alienate or humanize elements of the film narrative allowed it to act as a powerful instrument of symbolic expression, able to interact with the poetic and ideological dimensions of the audiovisual medium. Among these codes, during the 1950s, it became common to associate electronic instruments and elements of the musical avant-garde with themes of science fiction and terror, especially involving contacts with alien beings, space exploration and unsuccessful scientific experiments.

Observing the developments of the media throughout the twentieth and twenty-first centuries, it is worth questioning to what extent audiovisual media and music dialogue with contemporary society, characterized by its accelerated dynamics, fluidity, positivity excess, "adrenaline" and emphasis on productivity - the "burnout society" described by Byung-Chul Han.

If, in this millennium, we are living a new version of the Cold War—now starring the two major global powers, the United States and China—to what extent do multimedia media, as defined by Cook (1998), reflect the desires and tensions of this new geopolitical configuration? How do narratives express contemporary complexity? Would classic film genres effectively explore the anxieties and expectations of our time? How does music fit into this intersemiotic system?

This theme guides the 21st International Meeting of Music and Media. MusiMid invites academic professionals, students and independent researchers to participate in this debate. There will be three days of intense programming, including thematic sessions, round tables, lectures, and artistic presentations, following three main axes:

  1. Soundscapes in contemporary audiovisual production: The poetics practiced by the audiovisual/ cinematographic production team, with special emphasis on the work of the scriptwriter and composer of musical tracks.
  2. The burnout society: as if manifestations and praxis: Research conducted by the consulting company CAUSE in partnership with the Research Institute IDEA and PiniOn point out that the word was the most cited in 2024. We live in the "spirit of an era of rapid and often disorienting transformations" (Machado apud Maraccini, 2024). How do audiovisual works stimulate perceptions of anxiety and tiredness?
  3. Productivity, adrenaline and endorphins: How do narratives deal with contemporary complexity considering the current geopolitical configuration? If the divisions in genres of classical cinema are still valid, which would be more effective in exploring the anxieties and expectations of our time from music?

Deadlines

Call for papers: 1st. April to 16th. June

Selection result: 30th. June

Submission of the completed papers: from 4th. to 29th. August.

Date: 17 to 19 September 2025.

Palestrantes

  • Juliano de Oliveira
  • Fernando Moraes Costa
  • Márcia Carvalho
  • Otavio Luis Silva Santos
  • Rodrigo Carreiro
  • Malena Contrera
  • Viviane Barbosa de Magalhães
  • Yuri Behr
  • Mauricio Ribeiro da Silva
  • Suzana Reck Miranda
  • Fernando de Oliveira Magre
  • Edson do Prado Pfutzenreuter
  • Gilles Menegaldo
  • Philippe Charles Francis Met
  • Stephanie Rhona Dennison
  • Paulo Henrique de Oliveira Lopes
  • Heloísa de A. Duarte Heloísa Valente
  • Paulo Cesar Baptista
  • Raphael Fernandes Lopes Farias
  • Zé Renato Rodrigues
  • Laura Loguercio Cánepa

Programação

10h00 - Heloísa de A. Duarte Heloísa Valente, Mauricio Ribeiro da Silva sessão de abertura e boas-vindas Abertura
Local: auditório

Sessão de abertura do evento, com a participação do Coordenador do Programa de Pós-Graduação da UNIP. Prof. Mauricio Ribeiro da Silva, a líder do MusiMid- Heloísa de A. Duarte Valente e autoridades presentes.

10h30 - Laura Loguercio Cánepa, Márcia Carvalho, Stephanie Rhona Dennison Palestra de abertura: Música e identidade: o caso do cinema da Irlanda do Norte Palestra Sessão Internacional
Local: auditório

A palestra se divide em duas partes. Na primeira, investiga a relação entre música e identidade no cinema da Irlanda do Norte, analisando como trilhas sonoras e música diegética refletem e influenciam a construção da identidade cultural e nacional da região. A partir de uma abordagem interdisciplinar baseada nos estudos culturais, o estudo examina filmes produzidos desde o final do século XX, explorando como a música articula questões de conflito sociopolítico, segregação comunitária e busca por reconciliação. Na segunda parte, discute-se a forma como compositores e cineastas integram elementos da música tradicional irlandesa e britânica, bem como influências sonoras contemporâneas. Nesse contexto, as paisagens sonoras do cinema norte-irlandês dialogam com a sociedade do cansaço, onde o excesso de estímulos e a saturação da escuta refletem dinâmicas de exaustão e identidade fragmentada. Assim, a música no cinema emerge como um espaço de resistência, evocando tanto o peso da memória histórica quanto a alienação e o esgotamento da contemporaneidade.

Stephanie Dennison.

Debatedor: Kleber Machado

Coordenação: Marcia Carvalho

14h00 - Fernando Moraes Costa, Laura Loguercio Cánepa, Rodrigo Carreiro, Suzana Reck Miranda Mesa-redonda 1: Mesa-redonda 1: Paisagens sonoras no cinema brasileiro contemporâneo Mesa-redonda
Local: auditório

Esta mesa-redonda explora as paisagens sonoras no cinema brasileiro contemporâneo, examinando a criação recorrente de atmosferas de medo, apreensão, ansiedade e hiper-estímulo. Dividida em três eixos – documental, ficcional e experimental – a discussão envolverá a análise das estratégias sonoras utilizadas em produções brasileiras para intensificar a experiência sensorial. No eixo documental, serão discutidos ouso de sons naturais, ambientes urbanos e a captura de registros cotidianos para reforçar o realismo ou criar um contraste com imagens aparentemente neutras, inserindo uma camada de suspense ou alerta. No eixo ficcional, serão abordadas as escolhas de design sonoro em filmes de terror e thriller, destacando como a trilha musical e os efeitos sonoros trabalham para ampliar sensações de perigo iminente, além do papel dos silêncios estratégicos na criação de tensão. No eixo experimental, serão exploradas a distorção perceptiva e de hiper-estímulo sensorial. Nesta abordagem, os sons se tornam protagonistas, evocando reações e sensações que ampliam as possibilidades expressivas do audiovisual contemporâneo.

Coordenação: Laura L. Canepa

Rodrigo Carreiro

Suzana Reck Miranda

Fernando de Moraes Costa

Fernando Magre

16h30 - Fernando de Oliveira Magre, Paulo Henrique de Oliveira Lopes Oficina: : Criação de trilhas e efeitos sonoros para filmes e audiovisuais Oficina
Local: auditório

Esta oficina pretende explorar o processo de criação tanto de trilhas sonoras como efeitos sonoros para produções audiovisuais enfatizados em ação, aventura, terror e suspense. Nosso objetivo é entender como o áudio contribui para a construção de cenas emocionantes, transportando o espectador para um estado de imersão total ou catarse. Através de exemplos práticos, os participantes aprenderão a perceber sons e músicas que acompanham o ritmo da narrativa e amplificam as emoções do público. Esta é uma oportunidade para explorar as nuances do som e sua poderosa influência nas produções audiovisuais, principalmente na construção de atmosferas e emoções que marcam e transformam a experiência dos espectadores. Conteúdo Programático 1. Introdução ao Design de Som (Sound Design) e Trilha Sonora (Soundtrack) - A importância do som no cinema e em audiovisuais. - Tipos de sons: Diálogos, sons ambientes, efeitos sonoros e música. - Quando a música não está presente na obra cinematográfica. 2. Elementos do Som em Ação e Aventura – Técnicas para sincronizar trilhas dinâmicas com cenas de ação. - Criação de efeitos sonoros que realçam movimentos, lutas e perseguições. 3. Construindo o Clima de Terror e Suspense - Uso de dissonâncias, frequências graves e ritmos lentos para evocar tensão. - Criando atmosferas com sons ambientes e efeitos que intensificam o suspense. Michel Chion – no livro “AudioVisio 4. Ferramentas e Processos Criativos - Softwares aplicativos e ferramentas comuns para edição e composição de áudio. - Técnicas de Foley e soundscaping (criação de paisagens sonoras). - A Inteligência Artificial na criação de trilhas de paisagens sonoras. 4. Ferramentas e Processos Criativos - Softwares aplicativos e ferramentas comuns para edição e composição de áudio. - Técnicas de Foley e soundscaping (criação de paisagens sonoras). - A Inteligência Artificial na criação de trilhas de paisagens sonoras

Paulo Henrique de Oliveira Lopes

Coordenação: Paulo Baptista e Fernando Magre

18h00 - Raphael Fernandes Lopes Farias Homenagens Homenagem
Local: auditório

Homenagens

Coordenação: Zé Renato Rodrigues

10h00 - Paulo Cesar Baptista, Zé Renato Rodrigues Sessões temáticas Mesa Temática
Local: auditório

Sessões paralelas de comunicações

14h00 - Edson do Prado Pfutzenreuter, Malena Contrera, Viviane Barbosa de Magalhães, Yuri Behr Mesa-redonda 2: Mesa redonda 2: Como a sociedade do cansaço se expressa pelas obras audiovisuais e vice-versa? Mesa-redonda
Local: auditório

Nesta mesa-redonda participam convidados da academia, trazendo contribuições para o entendimento da operacionalidade desse mecanismo de convívio social, em seus mecanismos de natureza perceptiva e psíquica. Sob a sociedade do cansaço: do turbilhão de imagens às palpitações. Esta mesa-redonda procurará apresentar, sob diversos aportes teóricos, como compreender as formas de expressão artística contemporâneas, tendo em conta os sintomas apresentados em um contexto de produtivismo e suas consequências éticas e estéticas. Malena Contrera apresenta aspectos teóricos sobre as teorias do imaginário, de modo a contextualizar o tema abordado dado, a partir de autores da psicologia analítica e a semiótica da cultura e da mídia. Vivane B. Magalhães XXXX Edson Pfützenreuter: trata de identificar mecanismos das imagens que colaboram para induzir sensações ou sentimentos relacionados ao medo, aflição e aversão. Em um videogame ou em um filme de suspense a paisagem sonora e a música desempenham um papel importante na criação de tais sensações no meio audiovisual Yuri Behr trata do movimento gótico, que atingiu o seu ápice na Inglaterra dos anos de 1980 e a partir de então espalhou-se pelo mundo. Temática pertinente e familiar aos dias atuais, que ao contrário de estarem inseridos numa estética particular tornaram-se normalizados. Todas essas são referências que aportaram no Brasil em meio ao caos e as ilusões da pós-abertura política e após. Lucio Agra apresenta aspectos do expressionismo alemão e como estes se vincularam suas imagens a uma estética do medo e terror no cinema; em seguida, trata da herança de espetacularização imposta pela colonialidade europeia à radical atitude em favor da corporalidade da presença ao vivo, característica dos povos originários. A violência do extrativismo europeu, no contexto do modo compreender o mundo Ocidental, percebe o outro, o diverso, como emanação do monstruoso e do maligno.

Coordenação: Yuri Behr

Malena Contrera

Edson Pfützenreuter

Viviane Barboza de Magalhães

Lucio Agra

Yuri Behr

16h30 - Heloísa de A. Duarte Heloísa Valente Sessão MusiMid Palestra
Local: auditório

Heloísa de A. Duarte Valente, coordenadora do MusiMid, apresenta os trabalhos realizados pelo Grupo desde o 20º Encontro (setembro, 2024) até o presente.

17h30 - Philippe Charles Francis Met Palestra: The sound of giallo and post-gialllo Palestra Sessão Internacional
Local: auditório

We propose an in-depth analysis of the use of music in Italian giallo cinema. This genre emerged in the 1960s and stood out by combining elements of suspense, mystery, and horror. Focusing on emblematic composers such as Ennio Morricone, Bruno Nicolai, and the group Goblin, the research examines how soundtracks played a crucial role in intensifying the unsettling atmosphere characteristic of these films. The musical techniques employed will be explored, including the use of dissonances, hypnotic melodies, and experimental arrangements that contribute to developing narrative tension and constructing the genre's aesthetic identity. Furthermore, the study will discuss the influence of these compositions on viewer perception and their legacy in contemporary film music.

Philippe Met

Coordenação: Heloísa de A. D. Valente

18h30 Apresentação artística Apresentação Artística
Local: auditório

Programa a definir

10h00 - Paulo Cesar Baptista, Zé Renato Rodrigues Sessões temáticas 2 Mesa Temática
Local: auditório

Apresentação de trabalhos

14h00 - Juliano de Oliveira, Otavio Luis Silva Santos Mesa-redonda 3: Adrenalina e endorfina: criando drogas com sons Mesa-redonda
Local: auditório

Nesta mesa-redonda participam, além de pesquisadores da área acadêmica, artistas e profissionais do mercado. Busca-se discutir o papel das linguagens e produtos audiovisuais e seu impacto na sociedade. Keko Brandão apresenta seu trabalho como compositor de músicas para audiovisual. Juliano de Oliveira, sobre a semântica audiovisual. Otávio Santos: O ambiente criativo do compositor de trilhas musicais para audiovisual no século XXI é marcado por diversas peculiaridades que espelham diretamente o estilo de vida da sociedade corrente. Aprimoramentos tecnológicos nos recursos de produção (software e hardwares) da indústria audiovisual possibilitam maior celeridade na criação, resultando em prazos cada vez mais curtos para execução de projetos, demandando um processo de criação cada vez mais rápido por parte do compositor. Para que isso seja possível, este tanto deve estar atualizado em relação às ferramentas correntes quanto deve permanecer em processo contínuo de reconfiguração e abertura criativa, ou seja, apto a enquadrar seu processo de criação musical (com todas as suas etapas) dentro de um cenário de mercado em mutação constante. Se por um lado essa celeridade e esse estado de maleabilidade criativa favorecem o alto fluxo de produções típico desse início de século, por outro colocam em xeque cânones do fluxo de composição musical, ao passo que alinhar-se a essa realidade significa, por muitas vezes, abandonar tradições ligadas ao processo de composição musical relacionadas à notação, orquestração, harmonia, entre outras. contemporânea.

Coordenação: Juliano de Oliveira

Marco Dutra (a confirmar)

Otávio Santos

Oscar Fernando Fontoura Filho (Keko Brandão, a confirmar)

Juliano de Oliveira

Juliano de Oliveira

17h30 Sessão de encerramento Encerramento
Local: auditório

Encerramento

Palestra de encerramento: Echoes of the beyond: analyzing soundscapes in A ghost story and The lighthouse

This paper explores the integral role of soundtracks in shaping the atmospheric and emotional landscapes of David Lowery's A Ghost Story (2017) and Robert Eggers' The Lighthouse (2019). Both films are steeped in existential and psychological themes, with sound and music functioning as crucial narrative tools. In A Ghost Story, Daniel Hart’s minimalist score amplifies the film’s meditations on time, memory, and loss, while in The Lighthouse, Mark Korven's unsettling compositions intertwine with diegetic sounds, blurring the lines between madness and reality.

Gilles Menegallo

Coordenação: Fernando Magre

 

Às16h30 - auditório

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Local

Pinacoteca Benedito Calixto, 11045-400, Av. Bartolomeu de Gusmão, 15, Boqueirão, Santos, São Paulo
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Organizador

Centro de Estudos em Música e Mídia

www.musimid.mus.br