200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA: UMA HISTÓRIA DE LUTAS E RESISTÊNCIAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS
No ano de 1822, há exatos duzentos anos, o Brasil tornara-se independente de Portugal em um processo que contou com a participação de diversos grupos sociais diferentes. Negros e negras escravizadas, indígenas, mulheres, enfim, tiveram em comum, durante muito tempo, o apagamento dos seus papéis durante os eventos que levaram à independência. Neste ano, comemora-se o Bicentenário da Independência do Brasil e é nesse sentido que o Centro Acadêmico de História Carlos Tadeu Melo Botelho, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, traz como tema para a VIII Semana de História da UESB os 200 anos de Independência: uma história de lutas e resistências dos movimentos sociais brasileiros.
Assim, para além de evidenciar o bicentenário da independência brasileira frente a Portugal, propõe-se discutir o papel dos movimentos sociais nos diversos embates por uma sociedade verdadeiramente emancipada, resgatando desde a participação popular no processo de independência até as lutas organizadas mais recentes, que marcaram e marcam a história do Brasil com a conquista de diversos direitos pelas trabalhadoras e trabalhadores. O intuito, com esta temática, é jogar luz sobre todos os atores que constroem concretamente este País e que lutam, até hoje, pela efetiva emancipação do Brasil.
Ao colocar os movimentos sociais no centro do debate temos como objetivo trazer à tona o a importância das lutas sociais e da participação política para transformação efetiva da nossa realidade. Nos últimos anos, estes movimentos têm passado por um grande refluxo no que se refere à mobilização política. Muito disso se deve ao recrudescimento do neoliberalismo que tem, cada vez mais, encontrado meios para desestruturar a atuação das organizações populares, seja através da desmobilização, seja através da repressão.
A atual conjuntura político-econômica do Brasil, por sua vez, é um reflexo direto dessa fragilização dos movimentos sociais, haja vista que com estes movimentos enfraquecidos, não se tem um enfrentamento efetivo dos diversos ataques da burguesia aos trabalhadores e trabalhadoras. Nesse período, à direita e à esquerda (hegemônica), a política tem sido resumida ao mero campo institucional, isto é, ao processo eleitoral dentro dos marcos e limites da democracia burguesa.
Assim, é compreendendo seu papel enquanto uma entidade política que nunca se furtou da luta em defesa das trabalhadoras e trabalhadores, que o Centro Acadêmico de História convida todas, todos e todes para VIII semana temática do curso de história da UESB. A programação do evento contará com diversas atividades, dentre as quais mesas redondas, minicursos, atividades de campo, exibição de curtas, exposição fotográfica e atividades culturais. Contamos com a participação de todes, e esperamos que tenham um ótimo evento.