Introdução: O diagnóstico das helmintíases intestinais em áreas de baixa endemicidade se tornou um desafio à prática clínica e aos programas de controle. O método de Ritchie está entre as técnicas mais utilizadas na rotina laboratorial para o diagnóstico de enteroparasitoses, porém apresenta baixa sensibilidade para detecção de determinados helmintos. O Kato-Katz é o método recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o diagnóstico de geohelmintíases, porém nem todos helmintos intestinais são identificados por esta técnica e sua sensibilidade diminui em indivíduos com baixa carga parasitária, dificultando sua detecção. Objetivo: Comparar o diagnóstico de helmintíases intestinais pelas técnicas de Ritchie e de Kato-Katz. Resultados: Foram coletadas 264 amostras de fezes no povoado Areia Branca, município de Pacatuba/SE, no mês de junho de 2022. Os métodos de Kato-Katz (KK) e Ritchie foram realizados em todas as amostras. No método de Ritchie foram detectados 29 indivíduos infectados (11%), dentre eles 13 (5,1%) por ancilostomídeos (ANC), oito (3,0%) por Schistosoma mansoni (SM), seis (2,3%) por Enterobius vermicularis (EV), dois (0,7%) por Trichuris trichiura (TT) e um (0,4%) por Strongyloides stercoralis (SS). O método KK identificou 13% (34/264) de infectados, dentre eles 27 (10,2%) por SM, quatro (1,5%) por TT e três (1,1%) por EV. O KK detectou mais indivíduos infectados que o método de Ritchie (34 vs. 29), porém as espécies SS e ANC não foram diagnosticadas. A falta de ferramentas diagnósticas que forneçam resultados precisos tanto em relação à presença da infecção quanto à sua intensidade, fatores que diferem em regiões de baixa intensidade de infecção, é um grande desafio. Conclusão: Os métodos disponíveis atualmente demonstram limitações significativas em suas sensibilidades e capacidades diagnósticas. Por isso se faz necessária a combinação de várias técnicas para auxiliar no diagnóstico de indivíduos infectados em regiões de baixa endemicidade.
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