A leishmaniose cutânea constitui um sério problema de saúde pública e acomete mais de um milhão de pessoas por ano no mundo. O tratamento convencional apresenta diversas limitações, como graves efeitos adversos, tratamento prolongado e alto custo, tornando necessário o uso de estratégias como o reposicionamento de fármacos para o desenvolvimento de novas terapias. Por essa razão, fármacos anti-histamínicos foram reposicionados, sendo testados contra Leishmania spp. e demonstraram resultados promissores, indicando a necessidade de mais estudos. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do dicloridrato de meclizina (Mec), sobre Leishmania amazonensis (LTM2269) in vitro. Para tanto, promastigotas foram tratados com diferentes concentrações da Mec (1,56 a 100 ?M) por 24h, a viabilidade foi mensurada através do teste com resazurina e em seguida a Concentração Inibitória a 50% (CI50) foi determinada. Posteriormente, foram realizadas curvas de crescimento dos parasitos expostos a 1x CI50, 0,5x CI50 e 2x CI50, durante cinco dias, através da contagem em câmara de Neubauer. O valor constatado da CI50 da Mec foi de 35,21 ?M. As curvas de crescimento mostraram que todas as concentrações da Mec (35,21, 17,60 e 70,42 ?M) induziram uma redução na proliferação das promastigotas com significância (p<0,05) no terceiro e quarto dia em relação ao controle não tratado. Apesar dessa diferença, no terceiro e quarto dia, o crescimento das células tratadas com 1x e 0,5x CI50 foi retomado, ocorrendo possivelmente uma recuperação das células. Por outro lado, o tratamento com 2x CI50 provocou a formação de um platô entre o segundo e quarto dia, não mostrando um crescimento expressivo das células, indicando que nessa concentração a Mec apresenta um efeito leishmaniostático. Dessa forma, os resultados apresentados nesse estudo até o momento, formam alicerce para continuação da investigação da atividade leishmanicida do dicloridrato de meclizina.
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