A Geografia tornou-se uma ciência autônoma somente no final do século XIX, mas enquanto forma de conhecimento passou a ser utilizada pela humanidade desde a pré- história. Desde o seu surgimento como ciência, vem passando por diversas mudanças. Atualmente a Geografia é considerada uma ciência bastante dinâmica e abrangente e isso se dá devido seu objeto de estudo ser o espaço geográfico, além disso, a Geografia é também crítica, por meio dela, é possível que um sujeito entenda toda a teia de relações que regem a sociedade e assim, transformar sua realidade, atuando de modo consciente, utilizando-se do raciocínio geográfico como estímulo indispensável dessa transformação. Portanto é fundamental que o Professor de Geografia conduza seus alunos a desenvolver o raciocínio geográfico, visto que este é tão indispensável, e isto pode se dá de diversas maneiras, por meio de aulas mais dinâmicas, debates e muitas outras atividades, afinal existe uma gama imensa de possibilidades, das quais os professores podem se valer para despertar em seus alunos esse raciocínio crítico. Mas o que queremos propor com este artigo é justamente a relevância que a leitura cartográfica pode ter para o desenvolvimento desse raciocínio, desde é claro, que esta seja feita corretamente, o que acontece é que, muitos professores não fazem o uso desta, em suas aulas, e por essa razão muitos alunos não sabem interpretar corretamente as informações contidas nos mapas, que são tão frequentes em seus livros didáticos, mas tão pouco usados, o ideal é que na mesma frequência em que se faz, o uso dos textos que estão presentes nos livros, seja feito dos mapas. A leitura cartográfica é a ponte que interliga a Cartografia à todos os conteúdos abordados pela Geografia, pois, enquanto uma se encarrega de estudar o espaço geográfico a outra o representa em um plano, o mapa é uma forma de linguagem, uma ferramenta didática, visual e deve ser utilizada por professores e alunos, sempre que necessário. O analfabetismo cartográfico é uma realidade sim, e não podemos nos conformar a este, visto que este pode tão facilmente ser revertido, a escola Monsenhor de Macêdo, localizada no Município de Palmeira dos Índios / AL, é um exemplo disto, pois as turmas de ensino médio, indicava bastante dificuldade no quesito cartografia, mas, que com o auxílio recebido, das alunas bolsistas do Pibid, que atuando juntamente com a professora de geografia da escola, tem avançado positivamente, este artigo trata em especial do trabalho que vêm sendo realizado na turma de 2° ano, na qual depois de um período de observação, foi realizado uma intervenção, com intuito de suprir a carência apresentada, a priori foram realizadas aulas dialogadas sobre a cartografia, sendo esta aplicada ao conteúdo de Industrialização, o qual estava sendo trabalhado seguindo o livro didático, por meio de leituras realizadas de alguns mapas que abordavam este assunto, jogos e debates, slides e a construção de mapas, utilizando como base mapas mudos, os alunos de fato aprenderam a diferenciar mapas de figuras de mapas, aprenderam a lê-los e compreenderam a importância de se fazer essa leitura, assim como a importância da Cartografia. Com isso conclui - se que a leitura cartográfica é algo simples, mas que pode fazer uma diferença positiva, quando bem utilizada ou negativa quando menosprezada. A realização deste trabalho, só se tornou possível, devido o apoio intelectual e financeiro que nos foi concedida pela Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por intermédio dessa oportunidade, adquirimos experiência e visão, detectamos um problema e estamos colaborando com a escola em questão para a solução.
Comissão Organizadora
ELUNEAL Pibid RP UNEAL
Comissão Científica
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
